Annyeong haseyo!
Tudo bem com vocês?
Hoje eu trago um drama que apresenta Park Hyung-sik em um papel que vocês nunca viram antes. Uma trama densa e cheia de mistérios, vinganças e reviravoltas. Nada como uma história assim para maratonar no friozinho, debaixo das cobertas e com muita pipoca. Vocês não vão se arrepender.
Ficha Técnica
Drama: Buried Hearts/Corações Enterrados
Hangul: 보물섬
Direção: Jin Chang-gyu
Roteiro: Lee Myung-hee
Protagonistas: Park Hyung-sik, Heo Joon-ho e Lee Hae-young
Gênero: Mistério, Suspense e Thriller
Duração: 16 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2025
Disponível: Disney+,Telegram e Fansubs
Sinopse
Seo Dong-ju, um secretário corporativo reservado, consegue hackear um fundo secreto político de dois trilhões de dólares. No entanto, o destino toma um rumo cruel quando ele é atacado por Yeom Jang-seon, que desconhece o dinheiro hackeado. Dong-ju então perde a memória após sobreviver a uma experiência de quase morte. Esse ato desencadeia uma série de eventos em que Yeom Jang-seon percebe que o dinheiro desapareceu e decide recuperá-lo.
Fonte: Adaptado de https://en.wikipedia.org/wiki/Buried_Hearts
Protagonistas
Seo Dong-ju/Chu Seong-hyeon (Park Hyung-sik) é o Diretor Executivo e Líder de Equipe do Gabinete do Presidente para Cooperação Externa do Grupo Daesan, que está atrás de sua verdadeira identidade e de poder para realizar uma vingança sangrenta.
Yeom Jang-seon (Heo Joon-ho) é um professor de direito, ex-promotor de justiça e ex-chefe do Serviço de Inteligência da Coreia, que é o verdadeiro poder nos bastidores controlando o Kingmaker, por acreditar está construindo uma Coreia melhor, para isso não mede esforços em exterminar qualquer coisa ou qualquer um do seu caminho.
Huh Il-do (Lee Hae-young) é o CEO da Daesan Energy e genro de Cha Kang-cheon, presidente do Daesan Group. Um descarado, que só ambiciona riqueza, ao ponto de casar com a esposa do melhor amigo, que morreu misteriosamente.
Yeo Eun-nam (Hong Hwa-yeon) é funcionária da sede da Daesan Energy em Seul e neta de Chan Kang-cheon. Mora com Seo Dong-ju, até fazer um trato com o avô e se casar com Yeom Hui-cheol (Kwon Soo-hyun), sobrinho de Yeom Jang-seon (Huh Joon-ho), casamento que não durou muito.
O mocinho vingador
Com altos índices de audiência na Coreia e em várias partes do mundo, Buried Hearts / Corações Enterrados é um dos melhores dramas de suspense de 2025, só isso já é motivo para conferir. Como já dito antes, Park Hyung-sik arrasa no papel do mocinho vingador, enquanto o pior vilão da história fica a cargo de Huh Joon-ho. Esse ator se supera a cada nova interpretação de homens maus: você passa muita raiva. Apesar de não ter muito romance, a trama é maravilhosa, e eu, que sou boa em desvendar mistérios e encontrar os culpados, passei sufoco, além de levar várias rasteiras do roteirista. Ficava ansiosamente aguardando os próximos episódios, e olha que nem é o gênero que mais gosto.
Podemos acrescentar o fato de que o elenco foi escalado com precisão e deu um show, tanto os estreantes quanto os veteranos. O plot de Dong-ju morar com a neta do chefe e não fazer ideia da verdadeira identidade da amada foi sensacional. E o bichinho sofreu de amor… coitado. Outros dois pontos bem intrigantes são quando o protagonista desconfia que pode ser filho do pai de sua amada e, depois, quando descobre que na verdade é filho biológico do padrasto dela, um dos seus maiores desafetos. E, claro, uma boa história de suspense não poderia faltar aquele sujeito que manipula e elimina todo mundo, um maluco de carteirinha que só pensa em dinheiro e poder, e usa toda a máquina política para conseguir o que deseja.
A destreza com que Dong-ju consegue reverter o jogo e vingar todos aqueles que sofreram nas mãos do vilão e do seu próprio pai é incrível, mas preparem-se para as cenas fortes de violência. O arrependimento do pai do protagonista por ter tentado matá-lo diversas vezes, culminando em se oferecer como isca no lugar do filho, é marcante. Para finalizar, o Presidente Cha Kang-cheon (Woo Hyun) tem um filho fora do casamento, Ji Seon-you (Cha Woo-min), uma verdadeira fruta podre, que não caiu longe do pé, e que acaba matando o sobrinho Huh Tae-yun (Yoon Sang-hyeon), irmão de Dong-ju, por ameaçar sua posição no grupo.
É bom ter esperança, mas é ruim depender dela
O que eu posso elencar de ruim nesse drama? Nada. Mas o que eu menos gostei foi a falta de um romance mais apimentado. É lógico que os protagonistas não terminam juntos, até porque esse não é o foco da história. O nosso querido Dong-ju sofre para burro até conseguir dar a volta por cima e desmascarar o velhote vilão. Na verdade, a grande pergunta que permeia toda a trama é: quem é o verdadeiro monstro nessa história?
Uma coisa que angustia é a quantidade de maldades e mortes na série. Ninguém é totalmente inocente; cada um puxa a sardinha para o seu lado. Yeo Eun-nam é uma personagem chatinha e cheia de traumas, principalmente em relação à mãe, Cha Deok-hui (Kim Jung-nan), que é uma psicopata de carteirinha, obcecada em se livrar da filha, colocá-la em um casamento arranjado e fazer do filho o sucessor do pai. Além disso, odeia Dong-ju, que ela acredita ser filho do seu primeiro marido. Uma família totalmente disfuncional e louca.
Enterrar para baixo do tapete
A situação no Grupo Daesan é tão confusa que acaba levando todos os problemas para a casa do dono, administrada pela governanta Gong Jeong-ja (Seo Kyung-hwa), que esconde todos os segredos da família. E não podia dar outra: o Presidente Cha está em um grau inicial de demência, já fazendo coisas assustadoras, além dos lapsos de memória, que ficaram cada vez mais frequentes. Ele precisa se casar com sua amante, Ji Yeong-su (Do Ji-won), uma ex-âncora de jornal, para garantir o lugar do filho bastardo na família, tudo isso com o dedo de Dong-ju, mas também mancomunada com o vilão.
O único que se salva nessa casa é Huh Tae-yun, um garoto doce que vaga paralelamente a toda essa confusão, mas ainda assim acaba assassinado. Nem um dos bons escapa. A neurologista Kang Yi-hyeon (Noh Susanna), que usa a técnica da hipnose para recuperar as memórias de Dong-ju, também não é nada ética e compartilha os segredos do paciente com Huh Il-do. A morte desse pai degenerado marca a grande reviravolta da história: é o momento em que o protagonista assume as rédeas da situação e faz a roda da fortuna girar.
Sob meu ponto de vista
Eu achei a trama maravilhosa e bem construída, apesar de, na internet, ter dividido opiniões. Muitos acharam que houve reviravoltas demais, muitas pontas soltas e um final em aberto e nada convencional, só não conseguiram analisar a grandeza da obra como um todo. Eu acredito que essa era justamente a intenção: não criar uma trama fechada, com todas as questões resolvidas, mas sim algo que estimulasse o pensamento e a criatividade.
Logo se percebe que os personagens escondiam suas verdadeiras cores e intenções, algo que vai ficando claro no desenrolar da série. A trilha sonora tensa contribui para a sensação de mistério e suspense, engrandecendo a história. Buried Hearts foi uma experiência intensa e conquistou um lugar entre os melhores k-dramas do gênero em 2025. Vale muito a pena.
Considerações finais
Gostei muito: começou e terminou forte. O final foi uma preparação perfeita para a segunda temporada, que acredito que irá acontecer. Obra ambiciosa, sim, e que entregou o que prometeu. Não imaginava ver um personagem de Park Hyung-sik que não fosse romântico, mas sim multifacetado, com anseio de justiça e vingança. Arrasou.
A briga eterna entre Dong-ju e Yeom Jang-seon apimenta a história: uma verdadeira disputa de gato e rato para ver quem é mais sagaz. Fica a dica: se vocês gostam desse tipo de enredo, já coloquem na lista interminável de doramas que não se pode perder. Voilà!
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