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Mercy for none | K-Drama | Análise



Annyeong haseyo! 

Tudo bem com vocês?

Uma grata surpresa, “Mercy for none”, que conta a história de Nan Gi-jun, o maravilhoso do So Ji-sub, um ex-criminoso que abandonou a vida transgressora para viver isolado da bandidagem. Se você não tolera muita violência, melhor pular este drama. Ele retorna às suas origens contra sua vontade, para investigar a morte do irmão, o lindo do Lee Joon-hyuk, e punir os culpados, sem piedade.

 

 

Ficha Técnica

Drama: Mercy for none
Hangul: 광장
Direção: Choi Sung-eun
Roteiro: Oh Se-hyeong, Kim Kyun-tae e Yoo Ki-sung
Protagonistas: So Ji-sub, Heo Joon-ho, Ahn Kil-kang, Lee Bum-soo, Gong Myung, Chu Young-woo e Jo Han-chul
Gênero:  Ação/Mistério/Crime/Drama
Duração: 7 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2025
Disponível: Netflix, Telegram e Fansubs

 

Sinopse

Nam Gi-jun, ex-membro de uma gangue, abandona o mundo do crime após um ferimento. Onze anos depois, seu irmão mais novo, Nam Gi-seok, é assassinado, levando Gi-jun a retornar ao submundo para buscar vingança e descobrir a verdade por trás do crime. O drama é baseado no webtoon Plaza Wars.

 

Fonte: https://mydramalist.com/748031-plaza-wars

 

Protagonistas

 

Nam Gi-jun (So Ji-sub) é um lutador do submundo de Seul e ex-membro de uma organização criminosa. Ele rompeu o tendão de Aquiles e desapareceu, mas retornou depois de 11 anos devido à morte de seu irmão mais novo, Nan Gi-seok (Lee Jun-hyuk).

 

 

Lee Joo-woon (Heo Joon-ho) é o cabeça da gangue de Joowoon.

 

 

Koo Bong-san (Ahn Kil-kang) é o chefe da Bongsan, uma gangue rival de Joowoon.

 

 

Sim Seong-won (Lee Bum-soo) é o CEO da N.Clean, uma empresa de limpeza de traumas.

 

 

Koo Jun-mo (Gong Myung) é o filho de Koo Bong-san que deverá assumir as rédeas dos negócios de seu pai.

 

 

Lee Geum-son (Chu Young-woo) é o filho de Lee Joo-woon, que é promotor, mas ambiciona mesmo suceder o pai, e acobertar os seus negócios com o cargo público.

 

 

Choi Seong-cheol (Jo Han-chul) é um diretor de Joowoon, que se torna o assistente competente de Lee Joo-woon, depois que ele trai o pai.

 

Sem piedade

 

Para apimentar a história, têm dois chefões do crime, um com um filho desajustado e mal, e outro com um rebento que é promotor, mas almeja ser o chefe do crime e usar as engrenagens públicas para aumentar e garantir seu poder. Lógico que o brabo do lutador vai atrás de todos os envolvidos nessa trama e dá seu jeito de se livrar de um por um, com força e inteligência.

Com um elenco de estrelas, em pura sintonia, a trama vicia no primeiro episódio e você fica torcendo para o protagonista dar um fim nos vilões. Horrível se pegar querendo esse desfecho, mas…

Na verdade, tudo foi um plano do promotor para destituir o pai e pegar seu lugar, já que o chefe queria dar o cargo para o irmão de Gi-jun, e de bandeja levar os negócios do rival de seu genitor.

Anteriormente, os chefões haviam se rebelado contra o cabeça da máfia e acabaram dividindo o negócio em duas praças, Joowoon e Bongsan, mas ambos foram manipulados por um policial corrupto, que se aproveitou de toda a situação para os controlar.

Gi-jun, aos poucos, vai juntando as peças do quebra cabeça e faz todo mundo pagar pelos erros cometidos, inclusive ele. Uma história densa e cheia de reviravoltas, que faz você pensar o que a ganância, o poder e o dinheiro podem fazer na vida de uma pessoa. Um balaio de gatos e ratos.

 

Ciclo sangrento

 

O que me incomodou um pouco foi a quantidade de cenas violentas e sanguinárias. O personagem do Ji-sub realiza um verdadeiro banho de sangue macabro. A narrativa persegue a fundo a motivação dos personagens que não dá brechas para concessões, ou até mesmo desistência, pois todos deverão arcar com a consequência de seus atos e escolhas. Uma sessão de tiro, porrada e bomba para ninguém botar defeito.

Ji-sub foi o primeiro membro confirmado no elenco em Mercy for none. O nadador profissional e ex-vencedor da medalha de bronze nos Jogos Nacionais da Coreia do Sul ainda não havia estrelado nenhum K-drama ou filme para a Netflix, mas iniciou com o pé direito esta trajetória.

 

Não sobrou ninguém para contar a história

 

O desenrolar da história se dá a cada vez que Gi-jun usa seu taco de beisebol, em cada jogada que elimina um dos seus alvos nesta vingança. Não é só violência e vingança, é estratégia e planejamento. Não é à toa que o personagem seria o substituto do Grande Chefão. Com todo esse aparato e com cenas de deixar cair o queixo, o k-drama teve 73% de aprovação dos internautas, além de uma audiência  que alcançou o segundo lugar no ranking global de séries não inglesas da Netflix. Não é para qualquer um.

A série evita dramas e diálogos desnecessários, garantindo o ritmo e o movimento durante toda a película. Não tem mi mi mi. Os personagens são muito bem construídos com suas tipicalidades e características, não se apropriando dos estereótipos, mas com camadas infinitas de propriedade. Não se assemelham em atitudes e nem em desempenho. Um elenco, em sua maioria de veteranos, que arrasa. Todo esse conjunto só comprova como a Coreia do Sul está cada vez mais profissional e dominando este segmento, saltando na frente da maioria dos países.

 

 

Os coreanos sempre fazem as cenas de ação de John Wick* com mais apelo emocional e um estilo único brutal, no melhor nível com os menores orçamentos, vide as obras como “Squid game”, “My name”, “Game of death”, entre outras. E dizem que, na verdade, as cenas de John Wick é que são baseadas em muitos dos filmes noir coreanos do passado, alguns dos quais estrelados por So Ji-sub, como  “Rough cut” (2008) e “A company man” (2012). Em “Rough cut”, ele interpreta um ator que se une a um gângster para um filme, enquanto em “A company man”, ele interpreta um assassino profissional que começa a questionar sua vida.

Para quem não conhece: John Wick é uma franquia de mídia de suspense e ação neo-noir americana criada pelo roteirista Derek Kolstad e estrelada por Keanu Reeves como John Wick, um ex-assassino que é forçado a voltar ao submundo do crime que havia abandonado.

 

E as mulheres?

 

Uma reflexão é que quase não existem personagens femininas na história. As que existem, nem posso dizer que são personagens secundárias, são para lá de terciárias. Quatro mulheres, no meio de cinquenta homens. Não sei se há uma mensagem subjetiva nesta questão, mas acredito que é para intensificar a falta de romance, no estilo a que a obra se propõe. Talvez eles tenham o cuidado de nos querer poupar das atrocidades da vida. Cavalheirismo puro, ou não.

Realmente, esta obra não é para quem gosta de “As Princesas da Disney”, é para quem aprecia um drama de ação e suspense de tirar o fôlego. Outra curiosidade sobre a trama é que So Ji-sub presenteou o elenco do drama com um anel de ouro após o término das filmagens. O ator Ahn Gil-kang revelou que cada ator recebeu um anel de ouro, com peso de um don (aproximadamente 3,75 gramas), como forma de agradecimento pela colaboração. O protagonista também mencionou que eles poderiam vender os anéis, caso precisassem, mostrando sua generosidade. Isso é um hábito do ator em todo trabalho que participa. Fiquei só imaginando 54 anéis. Meu Deus, esse homem além de lindo, é milionário e bondoso.

 

Considerações finais 

 

Excelente essa história. Dá para maratonar em um dia. Os episódios não são grandes, e é isso deixa a trama ainda mais intensa. Fica claro que não precisa de muito tempo para contar uma boa história, e são só sete episódios. Vai conferir, tenho certeza que você vai amar como eu. No nível de ação, para mim um dos melhores do ano até agora. Mas não tem final feliz, tá? E nem romance. Uma dica só para quem gosta desse gênero.

 

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