Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Hoje eu trago a resenha de uma obra prima chamada “Daily dose of sunshine”.
“Nem todos podem alcançar a felicidade imediatamente, e a esperança nem sempre está ao alcance, mas ao longo da jornada da vida, podemos encontrar consolo na solidariedade de outros ou nas palavras reconfortantes. É quando experimentamos empatia, percebendo que não estamos sozinhos em nossos momentos difíceis, que encontramos a força para seguir adiante.”
Ficha Técnica
Drama: Daily dose of sunshine
Hangul: 정신병동에도 아침이 와요
Roteiro: Lee Ra-ha (webcomic), Lee Nam-kyu, Oh Bo-hyun, Kim Da-hee
Direção: Lee Jae-kyu
Protagonistas: Park Bo-young, Yeon Woo-jin e Jang Dong yoon
Gênero: Saúde mental
Duração: 12 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2023
Disponível: Telegram e Netflix
Sinopse
Jung Da-eun trabalha como enfermeira. Ela é transferida para a unidade de neuropsiquiatria do departamento de medicina interna. Esta é a primeira vez que ela trabalha com neuropsiquiatria, então tudo é difícil e estranho para ela. Mesmo assim, Jung Da-eun faz o possível para lidar com os pacientes e cresce como enfermeira com a ajuda da enfermeira-chefe Song Hyo-jin.
Dong Go-yun é um médico especialista em proctologia. Observando a enfermeira Jung Da-eun e seus modos puros, ele percebe que sorri ao vê-la e até se sente melhor por causa dela.
Jung Da-eun é amiga de Song Yu-chan. Ele parece ser uma pessoa muito inteligente, mas guarda uma dor que ninguém conhece.
Fonte: Adaptado de: https://asianwiki.com/Daily_Dose_of_Sunshine
Protagonistas
Jung Da-eun (Park Bo-young), enfermeira do terceiro ano do departamento de medicina interna, chega à ala psiquiátrica com uma mistura de entusiasmo e ansiedade. Sua transferência para este departamento é incomum, despertando a curiosidade de todos sobre os motivos de sua mudança.
Diante do novo ambiente na ala psiquiátrica, Da-eun se aproxima dos pacientes com um sorriso gentil e se esforça para compreender suas necessidades, como sempre fez. No entanto, ela reconhece sua inexperiência e a necessidade de aprender a cada dia.
Dong Go-yun (Yeon Woo-jin) é um médico da equipe de especialistas em doenças colorretais do hospital. Ele lida com um Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC) que se manifesta através do hábito persistente de estalar os nós dos dedos. Go-yun fica impressionado com a forma habilidosa e eficiente com que Jung Da-eun atende os pacientes.
Enquanto a observa, ele percebe que não fez o gesto de estalar os nós dos dedos durante todo o tempo em que ela interagiu com o paciente (o romance está no ar).
Song Yu-chan (Jang Dong-yoon) era atormentado por ataques de pânico desencadeados pela carga de trabalho avassaladora. Ele passava inúmeras horas, dia e noite, constantemente bombardeado por colegas solicitando ajuda, mensagens instantâneas e uma sobrecarga de tarefas. Eventualmente, atingiu um ponto de ruptura, sentindo-se esmagado por todos esses fatores. Sua respiração ficou difícil e o temor de que fosse perecer o dominou.
Cada vez que tentava voltar ao trabalho, sentia como se as águas estivessem prestes a inundá-lo por completo. Essa sensação o levou a desistir, pois os ataques de pânico tornaram-se insustentáveis.
Song Hyo-jin (Lee Jung-eun) por ter uma irmã que enfrenta esquizofrenia, se destacou de maneira evidente em relação às dificuldades associadas à responsabilidade de cuidar de uma paciente. Ao se mudar para um novo apartamento, ela teve que obter formulários de consentimento diretamente de seus vizinhos, por causa de sua irmã.
Atuando como chefe das enfermeiras, ela se tornou um apoio sólido para os pacientes e responsáveis da ala psiquiátrica, desempenhando o papel não apenas de uma irmã mais velha, mas ocasionalmente assumindo características de uma figura materna.
Desenvolvimento
“Ninguém nasce paciente e ninguém permanece paciente até o fim. As noites mais escuras dão lugar à luz solar. A luz brilhará sobre você.” Jung Da-eun
Esta resenha será um pouco diferente do que vocês estão acostumados. Se você ainda não assistiu a “Daily dose of sunshine”, recomendo que se prepare. Se já assistiu, vai entender o que vou dizer a seguir (de modo geral, todas vão entender).
Jung Da-eun é uma enfermeira muito dedicada. Ela desenvolve laços com os pacientes, o que pode ser perigoso na ala de psiquiatria. Seus dias são cansativos e complicados, lidar com os pacientes não é uma tarefa fácil para ela.
A equipe de enfermagem é como uma família, mas ninguém ali está imune aos desafios.
Min Deul-re (Lee E-dam) é uma enfermeira que não gosta da profissão, enfrenta problemas com sua mãe e desconfiança em relação aos homens. No entanto, ela se apaixona pelo psiquiatra Hwang Yeo-hwan (Chang Ryul), que a ajuda a lidar com suas questões. Decidindo seguir sua paixão, Deul-re deixa a enfermaria para se juntar à tripulação de animadores de um cruzeiro.
A chefe Song Hyo-jin, já apresentada anteriormente, enfrenta dificuldades com sua irmã, que sofre de um transtorno mental. Hyo-jin tenta ao máximo não incomodar os vizinhos com as crises da irmã, mas um dia decide enfrentar todos, mostrando a irmã e garantindo que ninguém correria riscos ali.
A Park Soo-yeon (Lee Sang-hee), Hong Jung-ran (Park Ji-yeon) e o Sr. Yoon Man-cheon (Jeon Bae-su) têm histórias muito importantes também.
É comovente acompanhar essa equipe, uma lição para levarmos para a vida em todos os episódios.
Song Yu-chan é um amigo extremamente leal, mas esconde um segredo: seus sentimentos por Jung Da-eun não se limitam à amizade. No entanto, ele perde a chance quando Dong Go-yun conquista o coração dela. É muito bom observar o apoio mútuo e como o processo de cura os alcança, um passo de cada vez.
Yu-chan volta ao trabalho, mais focado em controlar suas emoções diante das pressões, não se esforçando tanto para cumprir prazos e busca uma jornada de trabalho mais equilibrada.
Jung Da-eun e Kim Seo-wan (Roh Jae-won) eram muito próximos. Com a morte dele, ela desabou completamente, experimentando em primeira mão o que é ser paciente, e sua jornada não foi nada fácil.
Tudo o que foi apresentado neste drama é de extrema importância, porém, há algo na protagonista que você, minha amiga leitora, precisa vivenciar pessoalmente, então não revelarei.
O final do drama transmite a mensagem de que todos nós enfrentamos limitações, assim como cada personagem lidava com desafios em suas vidas. No entanto, sempre há uma escolha e uma maneira de superar situações difíceis, contanto que haja esperança.
Mas, e sobre o romance Anny, você não vai abordar? Vou fazer isso de maneira breve. Go-yun mostrou-se uma pessoa notável ao respeitar o processo de Da-eun, incentivando-a a melhorar, assim como ela fez ao lidar com o toque das mãos que ele tinha. Existe uma sutil cumplicidade entre eles, no entanto, o mais importante foi testemunhar como o amor desempenhou um papel crucial na cura de ambos.
“Prefiro ser alguém que fica na chuva com você.”
Pacientes
Oh Ri-na (Jung Woo-sun) recebe o diagnóstico de um distúrbio de personalidade bipolar e apresenta sintomas como súbita explosão de energia, alteração de caráter, comportamento sexual atípico, obsessão, entre outros, oscilando entre períodos maníacos e estados depressivos.
Ela se submeteu à influência de sua mãe, aderindo a uma vida que fora cuidadosamente delineada para ela. Sem vontade própria para ter suas experiências, com apoio da equipe e da Da-eun, ela conseguiu enfrentar sua mãe e teve alta do hospital, podendo continuar o tratamento ambulatorial.
Kim Seo-wan era um paciente imerso em um mundo mental associado ao jogo Lost Valhalla, acreditava profundamente que sua existência se desenrolava dentro desse universo virtual. Após enfrentar intensa pressão para passar em um exame, ele busca refúgio no videogame, mas diante de repetidos fracassos, sucumbe a delírios que o fazem crer que sua realidade está entrelaçada com o jogo.
A narrativa de Seo-wan culmina em tragédia. Após receber alta da psiquiatria, ele retorna ao seu lar, tentando reintegrar-se à rotina, inclusive retomando os estudos e buscando uma vida normal. No entanto, no desfecho doloroso, ele decide pôr fim à própria vida.
Kim Sung-sik (Jo Dal-hwan), com 40 anos de idade, está passando por um estresse que atinge níveis extremos, um gaslighting. Ele enfrenta dificuldades para dormir e também foi alvo de assédio pelo seu chefe. Seu melhor amigo é um gato chamado Capitão Gancho.
Transtorno de Ansiedade Social – Indivíduos que sofrem de transtorno de ansiedade social enfrentam desafios ao interagir em sociedade, pois temem e evitam o contato com outras pessoas. Experimentam a sensação de serem observados de perto por estranhos e ficam apreensivos ao falar sobre si mesmos. Os três sintomas principais desse transtorno incluem preocupação excessiva, mesmo em relação a pequenas coisas, e essa ansiedade persistente mantém a pessoa em um estado de tensão, causando sintomas como dores de cabeça, dor no peito e indigestão.
Jung Ha-ram (Kwon Han-sol) desenvolve um transtorno delirante temporário após ser vítima de phishing de voz e, durante esse período. Essa situação difícil leva Ha-ram a direcionar seu sofrimento, criando alguém para odiar, ressentir e assediar, e, infelizmente, essa pessoa acaba sendo a enfermeira Da-eun.
Da-eun enfrenta momentos desafiadores devido à Ha-ram que, constantemente, a confronta exigindo a devolução de 30 milhões de won, desenhando grafites nas paredes e difamando-a. No entanto, Da-eun fica atormentada ao perceber que, ao odiar o paciente, ela acaba se odiando ainda mais.
O Protetor Yoon (Jeon Bae-soo) a aconselha a apenas ouvir e, com coragem, ela decide ouvir a história do paciente Ha-ram.
Este episódio conta a história de Kwon Joo-young (Kim Yeo-jin), uma mulher que sofre de pseudodemência, destacando as dificuldades enfrentadas por mães que trabalham. Ela visita o hospital com sua filha Hayun, diagnosticada com depressão após ser vítima de violência escolar.
Durante a consulta, ao encontrar um telefone que não para de tocar, ela percebe que não consegue se lembrar das conversas e pede tratamento ao professor Cha Min-seo (Gong Seong-ha). Mães que desejam equilibrar o cuidado com os filhos e o trabalho enfrentam desafios.
A pseudodemência, literalmente “demência falsa”, apresenta sintomas semelhantes aos da demência, mas é um distúrbio provável sem lesões cerebrais, resultando em memória e concentração comprometidas. Desenvolve-se de maneira mais aguda e progressiva do que a demência real, sendo causada pela depressão. Diz-se que os sintomas dessa pseudodemência podem ser revertidos com o tratamento adequado da depressão.
Considerações finais
Como consideração final, vou deixar uma citação para que vocês reflitam sobre a vida, sobre vocês mesmas e sobre o ambiente em que vive.
“As pessoas tendem a afetar umas às outras de várias maneiras. Às vezes de maneiras tristes, às vezes de maneiras dolorosas e às vezes de maneiras que machucam todos ao seu redor. No entanto, às vezes, a pedra que lançamos para mudar a nós mesmos pode iniciar uma onda que não para em nós, mas também atinge aqueles que nos rodeiam.” – Enfermeira Jung Da-eun
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