Annyeong haseyo!
Tudo bem com vocês?
Hoje vou apresentar a resenha de um dorama interessantíssimo e com uma “pegada” de comédia italiana, sabe? Aquele famoso “seria cômico, se não fosse trágico”? Além de fazer uma grande referência a um clássico da literatura russa, “Crime e castigo” (Fiódor Dostoiévski). O que dizer de um enredo doido desse?
O drama conta a história de Lee Tang, interpretado pelo mega talentoso Choi Woo-shink, um jovem adulto desesperançado com a vida que, assim que retorna do exército, fica sem rumo e sem sentido na vida e, por acidente, se torna um assassino em série que consegue sempre se safar, mas não engana uma pessoa – o Detetive Jang Nan-gam.
É uma história divertida, intrigante e perspicaz, já que também nos testa o tempo todo, nos faz pensar na diferença entre a ética e a moral e, por muitas vezes, nos vemos justificando a conduta de Lee Tang. Todos os personagens são incríveis e complexos como a natureza humana exige e muito bem trabalhados.
Ficha Técnica
Drama: A killer paradox
Hangul: 살인자ㅇ난감
Roteiro: Kim Da-min
Direção: Lee Chang-hee
Protagonistas: Choi Woo-shink e Son Suk-ku
Gênero: Triller/Psicológico/Mistério/Comédia
Duração: 8 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Fansubs, Telegram e Netfilx
Sinopse
A história nos conta sobre Lee Tang, um universitário comum que acaba entrando em uma discussão com um cliente da loja de conveniência onde trabalha à noite. Durante essa situação, ele acaba inconscientemente balançando um martelo e matando o homem. Sofrendo com a culpa e morrendo de medo por ter assassinado alguém, Lee Tang acaba descobrindo um dia que a sua vítima era na verdade um serial killer procurado e lentamente ele percebe que possui um “dom”, uma “habilidade especial” para detectar pessoas essencialmente ruins. E assim ele acaba se achando um herói sombrio que apenas pune quem já agiu de maneira errada.
Fonte: Adaptado de https://mydramalist.com/729303-the-murderer-and-the-toy
Protagonistas
Lee Tang é o nosso protagonista mas não necessariamente é um mocinho. Ele está mais para um anti-herói. Um jovem adulto comum que enfrenta as dificuldades da vida adulta só que ele faz isso sem um pingo de vontade rsrsrs e em meio ao marasmo e a vontade de fugir para o Canadá ele acaba matando uma pessoa por engano. Esse é o pontapé inicial para nos apresentarem esse paradoxo de um assassino. Ele vai evoluindo de uma maneira bem interessante na história, sua aparência vai ficando cada vez mais sombria e entediada e vamos nos fascinando e nos julgando por simpatizarmos com ele, apesar de não conseguir amá-lo.
Jang Nan-Gam é um detetive obstinado que desde o início desconfia da inocência de Lee Tang, ele é dono do famoso “faro de detetive”. Com o desenrolar dos fatos essa desconfiança vai se tornando mais evidente e eles ficam nesse gato e rato infinito. Nan-Gam é a pedra no sapato de nosso justiceiro às avessas. Ele também tem uma história traumática e até triste com relação ao pai que ele tenta a trama inteira prender o responsável por seu pai estar em estado vegetativo.
Roh-Bin é o mentor da “apenas para heróis” e que convence Lee Tang de que ele é um herói e dotado de super poderes, de um dom e que no caso dele é o fato de que ele só mata pessoas que merecem morrer. Ele acaba desenvolvendo muita afeição, admiração e devoção ao seu herói. Ele tem uma história triste e um passado traumático e por essa razão que ele tem essa necessidade por justiça e super-heróis.
Song-Cho é um ex-policial que é procurado há anos pela polícia e principalmente pelo detetive Nan-Gam já que ele é o responsável pelo pai do detetive estar em coma há anos. Ele também tem uma história triste e traumática desde a infância. Ele foi o primeiro pupilo de Roh-Bin mas se desentenderam e ficaram anos sem se verem, até que Lee Tang aparece.
Desenvolvimento
A história começa nos mostrando uma família de classe média comum com jovens filhos adultos entre eles o nosso protagonista, Lee Tang e a sua irmã que por estar prestes a casar acredita que já cumpriu com a suas função social na vida e se sente no direito de desdenhar e perturbar o irmão recém dispensado do exército e que está passando por uma crise existencial. Os pais deles também querem que o filho tome um rumo na vida. E a única vontade de Lee Tang é tentar a vida no Canadá com um visto de estudo/trabalho mas ninguém o leva a sério.
Na faculdade acontece o mesmo que em casa, seus amigos desdenham dele e o chamam de fracassado. Só que o quê ele mais queria é que algo espetacular acontecesse em sua vida mas o amigo já acha incrível o fato dele nunca terminar o que começa e ainda gastar dinheiro com isso e que a nova fissura dele: ir para o Canadá não passa de uma fuga.
E a verdade é que Lee Tang é um jovem desesperançado, desempregado e perdido na vida após sair do serviço militar. Ele está entediado! Ele vai morar sozinho e trabalha em uma loja de conveniência durante a noite e vive sonhando com a possibilidade de ir embora da Coreia e se estabelecer no Canadá. Para isso ele vive assistindo a vídeos na internet sobre o país que ambiciona morar, mas a gente já saca que é apenas uma válvula de escape para as frustrações da realidade dele. Ele não está realmente se preparando para morar em outro país, mas pelo menos ele compra uma pintura que lembra uma paisagem canadense.
E para ficar contemplando a bela paisagem enquanto sonha ele quer pendurá-la na parede em frente a sua cama mas percebe que não há nenhum martelo em seu pequeno apartamento e quem diria que esse simples fato iria mudar toda a sua vida, não é mesmo? Pois bem, nosso desolado sonhador vai para o seu trabalho noturno, na loja de conveniências, e, acaba tendo uma dupla de clientes babadeira e um deles é bem inconveniente e isso já o deixa aborrecido, mas, são ossos do ofício, né? Quando seu turno acaba e o chefe entra na loja, ele pega um martelo emprestado e volta para casa.
Durante o trajeto ele percebe que há um homem estirado no chão e nota que é um dos clientes de mais cedo, o que o tratou mal e ele o chama mas não há resposta, Lee Tang deixa pra lá e mais a frente encontra o ouro cliente, o que era educado, então ele avisa que o amigo dele está dormindo no chão e que logo vai chover, mas o companheiro dele não dá a mínima. Lee Tang ainda insiste para que ele ajude o cara que está no chão mas ai é quando o caldo entorna.
O homem que parecia ser tão bondoso e educado começa a bater muito no Lee Tang e a cena é muito interessante, é estranhamente bela já que a música do radinho do agressor aumenta o volume e a melodia é perturbadoramente envolvente e acaba nos transportando para algum lugar nostálgico, mas, para o nosso protagonista, o transporta para uma época não muito boa, precisamente para o Ensino Médio quando ele era espancado pelos valentões da escola. E pronto! É o gatilho! Ele que nunca revidou nenhum tapa, por alguma força misteriosa, resolveu revidar justo naquele momento e com um martelo. E foi assim que ele fez a sua primeira vítima.
Tudo acontece muito rápido, muito no automático e de certa forma sem parecer que é real. Até que a chuva começa a cair, pessoas da rua parecem estar próximo daquele local e com todos esses fatos, Lee Tang, cai em si e fica apavorado! Apenas esperando que os transeuntes virem e percebam o que aconteceu, mas essas pessoas estavam tão bêbadas que dão meia volta sem nada perceberem, fazendo com que Tang dê um suspiro de alívio que não dura muito porque bem atrás dele há alguns metros de distância está uma mulher parada com um guarda-chuva e um cachorro, lascou! Ela viu tudo e vai se aproximando do nosso prota até que ele percebe que ela é cega! Rsrsrsrs nessa hora eu achei graça!
Dessa forma ele consegue fugir mas deixa a arma do crime para trás. Adorei a forma como as cenas se desenrolam! O diretor entrelaçou os momentos de tensão e de instinto quando ele estava matando com o momento presente, logo após o ato, quando ele já está em casa. Dá uma sensação de continuidade simultânea do evento. Como se estivesse acontecendo duas vezes por perspectivas diferentes. Eu achei lúdico e genial porque essa forma de contar a história traz certa leveza às cenas e um toque de humor macabro.
Aliás, esse humor trágico permeia boa parte do enredo e é por isso que fica tão forte pra mim essa “pegada” de uma clássica comédia italiana com seus elementos principais como personagem sem rumo na vida, totalmente deslocado do contexto, meio atrapalhado e bem inadequado ao universo de situações ao qual está inserido. Ai você junta todos esses requisitos aos atos praticados pelo personagem principal e percebe que o absurdo das soluções deixaria a história hilária se não fosse trágica. Achei sensacional.
Bom, o crime aconteceu e para casos assim temos a polícia para investigar e é neste momento que aparece o arqui-inimigo de Lee Tang, o detetive linha dura e carne de pescoço, Jang Nan-Gam que desde o início desconfia do nosso protagonista e dá muita aflição porque ele é sério e está sempre de olho no moço a espera de algum vacilo. E o nosso aprendiz de assassino tem santo forte porque até nas filmagens de segurança os céus o ajudaram.
A priori, Lee Tang é assombrado pela culpa que toma a forma de sua vítima. O diálogo de acusação do homem que foi morto vai mudando quando a identidade daquela vítima é revelada e ele não se tratava de um cidadão de bem vigilante dos bons costumes mas se tratava de um serial killer há muito tempo procurado pela polícia e é neste momento que a culpa de Lee Tang diminui vertiginosamente e agora ele passa a brigar violentamente com o fantasma de sua consciência em forma da sua vítima do beco.
Quando ele descobre que aquele homem que ele matou de forma acidental era alguém muito ruim, nosso prota fica mais tranquilo porque ele acabou meio que fazendo um favor à sociedade e não merece ir preso por isso. É quando ele dá uma respirada de alívio com toda a situação e começa a viver normalmente, ele só não esperava que a arma que ele usou para matar tinha sido pega por alguém e que esse alguém passaria a chantageá-lo.
Não há crimes perfeitos, não é mesmo? E a pessoa que pegou o martelo é ninguém menos que a mulher do guarda-chuva lá do fatídico dia e que não é totalmente cega!! Que azar, né? Ele e eu achando que o universo estava conspirando para que ele não pagasse por esse crime e vem o próprio universo e diz “Ieié! pegadinha do malandro!”
Precisamos fazer um adendo a respeito do Detetive Jang. Ao que tudo indica ele é filho de um antigo policial que está em coma em hospital e parece que ele quer a todo custo prender o cara que fez isso com o pai dele. Diferentemente dos outros policiais, Jang, não fuma mas é aficionado por goma de mascar. E ele é muito sério e desconfiado de tudo e de todos.
A mãe de Lee Tang é alguém influente na congregação religiosa a qual frequenta e parece ser respeitada. Lee Tang, ouve da mãe que a morte misteriosa do homem no beco, o que era um assassino em série, foi bem merecida e ela acredita que foi a “Justiça Divina” eu nem vou comentar sobre isso que é pra não trazer polêmica para o meu texto, seguindo.
Essa frase nos mostra como um paradoxo vai se formando com relação ao assassinato, né? Vai induzindo o telespectador a desculpar o ato do protagonista, já que matar um bandido procurado estaria tudo bem. Se a gente pensasse bem o que ele fez foi até bom, afinal, ele livrou a sociedade de um ser humano horrível e pecador, né? E é aí que reside o perigo, é assim que narrativas tendenciosas são construídas. E é neste momento que temos a grande influência do texto de Dostoiévski, será que todo crime merece um castigo?
Vai se relativizando certas condutas e dando um caráter de moralidade para se desculpar atrocidades. Porque o mais correto seria a punição dos dois, né? Um crime será sempre um crime. E o poder para punir qualquer criminoso está nas mãos de um terceiro imparcial que na trama é a figura do detetive. Mas esse dorama é justamente sobre isso: ele quer nos testar. E nós vamos percebendo com o passar dos capítulos que a moral é realmente plástica e vamos mitigando as atrocidades cometidas pelo protagonista sob a desculpa de “Ah! Mas ele só matou quem não prestava”, está tudo bem, né? Né?! Rsrsrs….
Voltando à trama, nosso aprendiz de “justiceiro” não tem um minuto de paz! Quando ele já está certo de que sua vida voltará ao normal, que o pecado dele nem foi assim tão grande, tanto que nem a polícia está mais atrás dele. Ele já pode respirar, né? Só que não, quando ele menos espera a tal mulher cega (que não é cega) vai atrás dele para chantageá-lo.
Deu ruim pro moço. E aí é um desespero para esse homem levantar o valor que ela exige; quando ele vai à casa dela entregar a quantia, acreditando estar comprando o silêncio da moça, que nada!! Ela diz que ele terá de pagar todo mês se não quiser que a polícia saiba quem é o assassino do beco.
Essa mulher é uma mau caráter? Ela é uma mau caráter! Ela se acha muito esperta e ameaçadora mas ela não contava com o fato de nosso projeto de matador ter um subconsciente muito doido, porque, quando ele imagina que será tratado por ela como o próximo cachorro dela, na coleira, o instinto assassino dele aflora e não dá outra – ele pega o martelo e a ataca! É bem lúdica a cena que antecede esse ato. Ele se desespera e foge loucamente deixando uma bagunça para trás! Ele é um criminoso muito descuidado, credo! Deixa um monte de pistas pelo caminho o que o salva é mesmo o destino!
Nesse caso, quem destrói todas as evidências desse crime é o cão-guia (Rex) da chantagista rsrsrsrsr eu achei macabramente engraçado. Mais uma vez a impunidade! E quando Lee Tang percebe que pode sair às ruas novamente, que ninguém suspeita dele, ele fica ainda mais tranquilo porque acaba de descobrir que a chantagista tinha matado os pais anos antes para pegar o seguro de vida deles.
Mais uma vez ele acredita que sua vítima merecia morrer, então está tudo bem!
E é quando acontece mais uma tragédia. Dessa vez, o parceiro do detetive está indo levar o Rex para o sacrifício e o cachorro reconhece a energia de Lee Tang nos arredores, ao mesmo tempo que dois valentões, meio adolescentes que tiveram um probleminha com o Detetive Nan-Gam reconhecem o policial amigo dele na rua, e, como estão bêbados eles ferem mortalmente o tal policial com uma garrafa e fogem.
Enquanto os dois bandidinhos estão entendendo a gravidade do que acabaram de fazer, dão de cara com Lee Tang extremamente bêbado e tentam roubá-lo. É, meus amigos, péssimo dia para serem delinquentes na Coreia. Afinal, Tang na manguaça já entregou sua consciência para o subconsciente há muito tempo e sabemos que o subconsciente desse rapaz não é bolinho, neam? Não deu outra! Os garotos foram “colocados pra dormir”!
Os corpos são encontrados em um terreno baldio; Lee Tang acorda cheio de hematomas em seu apartamento e ao lado dele, o martelo, uma pedra e um bilhete! Alguém o deixou em casa, mas quem?! Não foi apenas uma pessoa e sim duas!! Duas testemunhas ou futuras novas vítimas?! Só que ele ainda não sabe de nada.
E é aí que começa a segunda fase da história. No bilhete tem um endereço de um grupo no Telegram nomeado “apenas para heróis”. É um convite direcionado à Lee Tang. Ele fica apavorado porque percebe que mais uma vez matou alguém e não se lembra do ocorrido, tanto que ele acorda resoluto a se entregar. Ele recebe uma mensagem de um policial, já que, seu antigo empregador o denunciou depois que ele pediu o adiantamento e nunca mais voltou ao trabalho.
Lee Tang quer aproveitar essa oportunidade para se entregar, logo, ele junta as provas contra ele e coloca tudo em uma mochila e sai em direção à delegacia, no caminho, ele passa em um caixa eletrônico para depositar o dinheiro que roubou da mãe; quando ele está saindo do banco para ir à polícia ele é assaltado por dois homens em uma moto que leva todas as provas com eles. É, galera! Na Coreia também temos que ter cuidado com os motoqueiros rsrsrs e esses dois assaltantes acabam se livrando das provas contra Lee Tang! Inacreditavelmente, o destino o ajuda mais uma vez!! Ele acaba se machucando nesse assalto e vai parar em um hospital.
Esqueci de comentar que lá no caso dos dois bandidinhos um homem assumiu a autoria do crime, ele era o pai de uma das vítimas dos dois delinquentes. E esse pai foi um dos que ajudaram a levar Lee Tang para casa depois que ele matou os dois tranqueiras. Na verdade, esse senhor é uma testemunha mas acobertou nosso herói às avessas porque ele de fato estava no local para matar os dois abusadores de sua amada filha. No hospital os dois se encontram e o senhor que ajudou o Lee Tang o ajuda novamente a fugir da polícia que está lá, inclusive esse pai o trata como herói e agradece ao Tang por ter matado quem tanto causou dor a filha dele.
O policial que está no hospital é o Detetive Nan-Gam e ele não acreditou em nada do depoimento do pai da menina, ele sabe que o responsável pelas mortes foi outra pessoa, aliás, ele é o único que sabe que o Lee Tang está envolvido, o famoso “faro de detetive”. E esses dois – Lee Tang e Nan-Gam – vivem se esbarrando. Quando Tang está saindo do hospital quem é que o vê? Sim o detetive que tenta pegá-lo mas não consegue!
Depois dessa situação, Lee Tang, toma uma decisão! Ele resolve fingir que se mudou para o Canadá e deixa uma carta de despedida para a família. Só que na verdade ele se torna um andarilho que está decidindo o que fazer da vida e como lidar com o fato de ser um assassino. Enquanto ele passa os dias tentando entrar em contato com “Apenas para Heróis” ele vai aceitando a sua persona. Até que um dia, no metrô, ele encontra um jovem com cara nerd que se apresenta como “Apenas para heróis” e o Lee Tang desconfia mas aceita a sua companhia e os dois vão ao apartamento desse carinha.
E é aí que o negócio engrena! Esse moço que mudou seu nome para Roh-Bin (fazendo referência ao Robin, de Batman, rsrs) começa a palestrar sobre o “dom” de Lee Tang! Bin tem um senso distorcido sobre o que é Justiça e acaba, em meio ao seu discurso, implantado na mente de Tang o fato de que ele é um herói nato.
Um escolhido dos céus. Afinal, todas as vítimas dele eram pessoas que não prestavam e ele as matou intuitivamente, e esse era o dom especial dele, ele tem o instinto de só escolher quem realmente merece morrer. Lee Tang, apesar de balançado, ainda questiona e diz que se ele resolvesse, do nada, matar alguém que encostasse nele em um metrô, por exemplo, essa pessoa deveria morrer porque era ruim? Bin devolve a pergunta com outra pergunta “Você já teve essa vontade?” ao que ele responde que não.
Depois dessa conversa maluca, Lee Tang, sai da casa de Roh-Bin e fica dias andando em meio à multidão para testar a veracidade daquela “teoria” e assim ele faz, até uma noite, em meio a uma aglomeração ele esbarra em alguns homens e tem a vontade de matá-los e não é que aqueles dois era mesmo criminosos?!
E mais um homem com quem ele esbarra na multidão também desperta nele a vontade de matar, ele fica na dúvida, mas sequestra o cara e espera o nerd que acha que é o Robin ir até ele e investigar se esse homem merece mesmo morrer, como Roh Bin é um hacker, durante o cativeiro da pretensa vítima, ele descobre que o cara é um traste! E é assim que Lee Tang se convence de que de fato ele tem um “Dom” muito especial e que não se trata de um vilão mas um herói que faz a Justiça que o Estado não consegue. Essa vítima era um promotor!
Esse Roh Bin é um velho conhecido da polícia. Nan- Gam já teve problemas com ele antes em um antigo caso, aliás, caso esse que o atormenta até hoje, acho que está relacionado com o pai dele. Roh-Bin parece ser um influencer que vive fazendo lives a respeito de bandidos e criminosos e atacando a polícia e a justiça de não fazerem bem o seu trabalho.
Nan-Gam procura ajuda de Roh Bin nesses casos de morte que estão acontecendo na cidade mas que ninguém consegue achar o responsável e nem as pistas. Logo pra quem ele foi pedir ajuda, né? De qualquer forma Roh Bin se faz de doido e Nan-Gam não acredita muito nele porque ele não acredita em ninguém, né? Tá certo ele! Pena que ele cai na armadilha desse projeto de super herói e acaba sendo punido pela corporação e é afastado por um tempo.
E agora Nan-Gam é só ódio por dentro e com toda certeza vai caçar quem estar por trás dessas mortes e ele sabe se tratar de Lee Tang, e, agora, ele também acredita que o Bin está envolvido nesse rolê, aliás, ele adotou o Rex que acho que será fundamental na captura do assassino. Nesse ponto da história a gente fica meio confusa e questionando os nossos valores, já que fomos levados a acreditar que o Tang não é o cara mau e então nos vemos torcendo para que o detetive não o pegue,rsrsrs.
Afinal, a narrativa apresentada ao Lee Tang sobre o “dom” é contada para a gente, espectador, para que a gente compre a ideia de justiça e assim fiquemos do lado do “justiceiro” quando na verdade o mais correto é o discurso do Detetive que diz que a Justiça deve ser feita através das investigações, do devido processo legal e com uma sentença e que um cara que mata gente ruim, também é ruim. Aqui a gente deixa o nosso sentimento de insatisfação com as impunidades nos dominar e compramos a ideia de que ele realmente é um herói.
Porque é uma delícia ver gente que não presta pagando por seus crimes mas também não é legal uma pessoa fazer isso por conta própria, sob seu julgamento exclusivo de Justiça. Em algum momento isso se torna ainda mais perigoso. Sobre essa parceria entre Tang e Bin (Batman e Robin) nos é revelado o fato de que Tang é o terceiro a “trabalhar” com Bin.
O que aconteceu com os outros dois? Inclusive, Bin, afirma que Tang já conheceu um dos dois (acredito que o pai da menina lá) e o segundo ele nunca mais quer ver na vida, quanto a esse segundo acho que é o mesmo cara que o detetive Nan-Gam está procurando. E é o mesmo cara que aparece procurando Lee Tang!!
Durante todo esse processo e o desenrolar desses eventos que mencionei acima, Lee Tang, vai se transformando. Ele vai se tornando mais confiante, mais certo de seu destino e do “dom” que carrega e para honrar essa “bênção” ele treina para isso, se especializa, se refina nas técnicas e adquire aquele “ar” de um detentor de um grande poder. Ele se dá muita importância e a cada vez que ele se safa e que as coisas conspiram ao seu favor, ele se torna mais certo de seu talento e menos culpado de seus atos, como todo típico psicopata.
Mas lá no fundo ele sabe ser errado o que ele faz porque ele continua sendo atormentado pelos fantasmas de suas vítimas que perguntam a ele por quanto tempo ele ainda vai se safar? Ele nem imagina que o Detetive Nan-Gam está na cola dele, mesmo afastado oficialmente ele segue investigando Lee Tang e está se aproximando.
Nos próximos episódios aparece o cara que está procurando o Lee Tang, o ex-policial que eu acho que é o mesmo que Nan-Gam procura e que também deve ser o segundo cara que “trabalhou” com Roh-Bin e que o mesmo não quer nem ver pintado em ouro!Esse cara é a treva! Ele é realmente é um psicopata bem cruel e maluco!
Enquanto isso Lee Tang parece estar em conflito com a sua consciência mas segue acreditando nas baboseiras de seu mentor, Bin, que afirma que essa nova sensação faz parte do “dom” dele e tudo isso quando Lee Tang tem a sua verdadeira identidade revelada e ligada a um assassinato do qual ele não é o responsável. Ele foge e acho que está perto de ser capturado; ele e o outro maluco lá, porque neste ponto da história eu ainda acredito que o detetive conseguirá prender os dois e será respeitado na polícia.
O nome do malvadão é Song Cho e de fato ele é o cara que o Nan-Gam está procurando há anos! E ele é realmente o primeiro cara que foi doutrinado pelo tal do Roh-Bin e aqui nós vemos que o mentor nerd criou um monstro!! A criatura se virou contra o criador já que Cho entra em contato com Bin porque quer se encontrar com o novo pupilo dele, Lee Tang.
Acho que ele está se sentindo enciumado, preterido e substituído. Só que o próprio Cho diz que abandonou Roh-Bin porque não acreditava mais nas teorias dele, aqui eu acho que o Song Cho se acreditou muito maior que o seu mentor e que ele de fato se tratava do “Herói da Geração”. Acho que foi nesse momento que Song Cho rompeu com Bin porque como ele se acreditava uma dádiva não faria mais sentido ele receber ordens de ninguém!
E ele se acreditou capaz de decidir quem mereceria morrer e o porquê. Exatamente como o Kira de “Death Note” ele se achou acima do bem e do mal. E eu acho que o Lee Tang ficou no meio desse caminho porque ele sempre soube que matar era errado mas encontrou uma justificativa absurda para não se entregar e dar sentido às mortes que ele provocou, tanto que ele sabia ser errado o que ele fazia ao ponto de viver atormentado pelos “fantasmas” de suas vítimas. Lá no fundo ele sabia mas já não se incomodava tanto porque sempre se justificava para esses fantasmas e meio que aceitou esse ser o preço pago por ser um herói.
E conforme ele foi entrando no papel de “herói” era visível como isso o consumiu fisicamente porque ele foi se tornando soturno, frio, quieto e a sua aparência foi ficando estranha e passava uma aura sombria, desesperançada e que apenas seguia o fluxo e os comandos de seu mentor que sempre sumia com as provas e o mantinha seguro, ele vai se tornando atormentado e paranoico, cada vez mais parecido com o personagem principal de “Crime e Castigo”.
O mesmo não acontecia com o Song-Cho que carecia de qualquer traço de arrependimento esse aí já matava por prazer e com muita crueldade, e, qualquer discussão era motivo.
Song Cho fala a Bin que ele quer encontrar com Lee Tang.
Durante esse encontro com Lee Tang que é bem tenso por sinal, já que Cho é um maluco megalomaníaco que se crê herói e que gosta de falar enquanto Tang se mantém em silêncio, apenas observando e esperando. Cho quer saber qual é o método que Tang usa para escolher as vítimas já que ele só mata criminosos, não erra nunca! Ele fica encantado e propõe ao Tang que os dois trabalhem juntos; Lee Tang escolheria as vítimas e Cho as mataria.
Mas no momento que Cho toca em Tang ele sente aquele frisson, aquele arrepio que o impulsiona a matar e o ataca mas é facilmente dominado por seu oponente e quase é assassinado, só não morreu porque os capangas que estavam com o Bin apareceram bem na hora, na verdade, eles estavam atrás de Cho o tempo todo. Lee Tang foge e encontra com o Bin e confesso que fiquei com dó do menino Tang porque ele chorou de medo rsrsrs, me julguem!
Depois desse embate que deu errado, Roh-Bin e Lee Tang, traçam um plano de fuga. Afinal, não tem mais condições de ambos permanecerem na Coreia. Enfim, tanto a polícia quanto Song-Cho querem a cabeça dos dois. Então, Roh-Bir organiza tudo com seu herói favorito mas não conta a ele que apenas Tang irá fugir, a ideia de Bin é assumir os crimes para que Tang possa viver bem e fazendo o seu “trabalho” em outro país.
Ele realmente acredita que Lee Tang é um agraciado pelos céus, afinal, ele não erra uma vítima! Por essa razão ele arma tudo para que seu querido possa se salvar, mas o projeto de herói percebe a intenção de seu mentor e acaba desistindo de tudo e vai ao encontro de seu mestre.
Enquanto Lee Tang está tentando chegar até Bin, Bin vai ao encontro do detetive Nan-Gam para pedir ajuda para capturar Cho. No início ele se nega mas depois que Cho mata o pai do detetive, Nan-Gam, sai desembalado atrás do assassino de seu pai e quem está dentro de seu carro? Bin!! E os dois conversam. Em um primeiro momento o detetive quer saber porque ele está em seu carro e ele diz que sabe onde Song-Cho está, assim, o detetive para para ouvi-lo.
Roh-Bin diz que quer ajudá-lo na captura de Cho mas pede que ele deixe Lee Tang em paz já que ele acredita se tratar de um herói, de uma pessoa que realmente tem um dom especial. Nan-Gam fica com tanta raiva e tão indignado com o argumento que para o carro, agride o Bin, e diz que o que eles dois fazem não é justiça e sim vingança! Mas aí, meus amigos, nesse momento Bin devolve o argumento e diz que, Nan-Gam, está indo atrás de Cho para vingar a morte do pai, como isso pode ser diferente do que o Lee Tang faz?
E esse argumento cala fundo na alma do detetive e na minha também rsrsrs acho que nesse momento o policial humanizou um pouquinho as ações de Tang apesar de não concordar com elas. Bin volta para o carro e os dois se dirigem ao local onde Song-Cho está esperando encontrar apenas Bin e Tang. Durante o trajeto Bin conta ao detetive o seu plano que não nos é revelado até quase o final.
Os dois chegam neste lugar abandonado para o último ato com Song-Cho. Bin entra sozinho e tenta dar uma enrolada no maluco e ele diz que o interesse dele é única e exclusivamente em matar o Lee Tang e que não quer nada com o Bin. Nesse momento Nan-Gam aparece e Song-Cho pergunta se ele está lá para vingar a morte do pai e diz ao detetive que ele deveria era agradecê-lo já que o seu amado pai, que estava em coma há anos, se tratava de um policial corrupto metido em tráfico de drogas.
Os dois começam a atirar um no outro, mas a arma de Nan-Gam é de verdade e ele encurrala Cho, os dois estão nesse impasse quando Lee Tang entra sorrateiramente nesse local e aproveita que ambos estão distraídos e consegue esfaquear Song-Cho mas não o mata, os dois têm uma briga corporal e Bin acaba se envolvendo, e, aí estão os três brigando e tentando evitar que a arma de Cho dispare, Nan-Gam mira em Song-Cho mas acaba acertando Roh-Bin e Lee Tang crava a faca no abdômen de Cho.
Lee Tang chora a morte de seu mentor e eles realmente se apreciavam. Song-Cho está mortalmente ferido e Tang o questiona porque as coisas tiveram que acabar assim? Por que ambos não poderiam viver suas vidas separados sem atrapalhar ninguém e Song-Cho disse que não seria possível. Na verdade, Song-Cho, já estava morrendo, ele estava muito doente e acho que a vida dele ficou sem sentido. Antes de morrer ele nos conta sua história e revela a verdade horrível sobre o pai do detetive Nan-Gam e como ele conheceu o Bin e eu fiquei com pena dele também, rsrsr.
O detetive ficou incrivelmente decepcionado com a verdadeira face de seu pai e de sua mãe e meio que não teve coragem de punir o único sobrevivente desse embate, Lee Tang, todo o diálogo dessa cena final é muito denso, triste e nos divide sobre o que é certo e errado porque também coloca em xeque a ideia da Justiça feita pelos homens, né? O pai dele representava o Estado sendo usado de forma deturpada: a mão que deveria punir com justiça era mesma que cometia crimes sob o manto da impunidade disfarçada de legalidade.
Enquanto o detetive está entre o choque e a decepção, Tang, confessa ao policial que ter matado a primeira vez foi muito difícil mas que depois ele acabou se acostumando. Ele até pede que o detetive o mate, talvez para que acabe com tudo? Para acalmar a sua atormentada consciência? Nessa hora a gente entende que se ele não morrer, ele jamais parará de matar! Afinal, nesse “ofício” ele encontrou sua missão na vida, sua maneira de ser espetacular. De certa forma ele realmente tinha um dom, né? Ele só matava quem tinha um passado tão ruim quanto o dele.
O fato é que o policial abandona o lugar sem matá-lo, sem prendê-lo. Ele simplesmente vai embora e o Lee Tang até tenta retirar o corpo de seu mentor daquele local mas o lugar todo pega fogo e mais uma vez todas as pistas são destruídas. Antes de ir embora, Nan-Gam, conta o plano de Bin para Tang e diz que ele queria que Lee Tang fosse para outro país viver sua vida lá e que Bin assumiria autoria de todos os crimes. E assim foi feito, Tang foi para as Filipinas viver sua vida de foragido sem imaginar que o detetive jamais o entregou.
Ele só descobriu que estava sem nenhuma ficha criminal quando a polícia do local onde ele estava vivendo percebe que ele é um ilegal no país e o manda de volta para a Coreia. E ele fica bem aliviado.
Nan-Gam deixa de ser policial e vive sua vida tranquilo com seu cachorro e ainda em contato com o antigo amigo da polícia. Assim que Lee Tang pisa na Coreia ele vai visitar a mãe mas sem que ela o veja e de alguma forma ela descobre que o filho foi vê-la e que de certa maneira está bem. E é assim que se encerra o contato dele com os que ele ama.
O dorama não nos mostra mais a família dele e entendemos que ele prefere nunca mais encontrá-los. Nan-Gam só percebe que Tang está de volta à Coreia porque na televisão noticiam a morte de alguma pessoa com um passado sombrio, na hora ele saca quem é o assassino rsrsrsrsr e é assim que nos despedimos dessa história. Será que o detetive voltará para a polícia? Será que quem irá prender Lee Tang é o antigo parceiro de Nan-Gam? Lee Tang continuará impune? Não sabemos.
Considerações finais
Algumas coisas ficaram martelando em minha mente enquanto eu assistia a essa história. O primeiro ponto que me chamou a atenção é que nas duas primeiras mortes temos uma “pegada” meio tragicômica que nos fisga, e, depois de fisgados vamos sendo levados para dentro do universo do Lee Tang e vamos nos angustiando com a sua angústia e receio de ser preso. As coisas vão ficando mais tensas quando o detetive Jang mira seu faro policial para o suspeito certo e a gente vai temendo por ele.
Enquanto vamos nos preocupando, vamos percebendo as mudanças no caráter do Lee Tang que vai passando de amedrontado para confiante e até cínico. Ele vai se desculpando por seus atos conforme vai descobrindo o real caráter de suas vítimas o que também mexe com a gente. Quando ele se encontra com o Roh-Bin aí é que o negócio desanda de vez e tanto Lee Tang quanto nós, espectadores, já estamos minimamente convencidos de que as ações desse assassino nem são tão graves assim e que realmente ele parece ter um “dom”. Essa visão fica mais fácil de ser aceita porque o roteiro nos brinda com as atrocidades cometidas pelas pretensas vítimas e dá tanta raiva e nojo que a gente de fato quer que eles paguem pelo o quê fizeram, né?
Outra questão que ficou gritando aos meus ouvidos é o fato da impunidade que o dinheiro gera, mas não apenas o dinheiro como, também, o gênero. O caso da menina que foi abusada sexualmente pelos dois bandidinhos e que a mãe deles passava pano e ainda se sentiu no direito de fazer barraco no enterro da menina, que se matou por causa do filho dela. Que raiva daquela mulher!! Uma mulher que não se sensibiliza pelo sofrimento causado a outra mulher me dá asco!
Outra história horrível foi o da filha que sempre foi mau caráter e amava torturar os outros, incluindo uma prima, e, por fim, assassinando os próprios pais para ficar com o dinheiro deles; Me entristeceu muito a história do Roh-Bin que perdeu os pais vítimas de um assassinato brutal dentro da própria casa e sem que ele tivesse ouvido nada, ele era uma criança! A cena dele pitico em um velório foi tristíssimo e o fato da polícia nunca ter pego o responsável acabou gerando nele a vontade de ter um super herói que acudiria as pessoas em seus problemas. Com isso dá para entender o porquê dele ser obcecado com a necessidade de servir a um herói.
Outra história triste e revoltante é a daquela mulher que teve seu vídeo íntimo vazado pelo namorado. Nossa!!! Esses casos me revoltam demais! Ela é a vítima mas é tratada como lixo, como culpada e o erro dela foi ter confiado em um canalha. Aliás, o outro canalha que apareceu na vida dela bem mereceu morrer daquele jeito mesmo. O caso dela me indignou demais, tudo errado!
E a história do Song-Cho também foi bem difícil, né? O cara viveu uma infância difícil com um pai assassino e foi resgatado pelo policial, pai do detetive Nan-Gam. Cho o admirava e idolatrava tanto que quis se tornar policial mas o estigma de ser filho de um assassino o perseguiu durante sua vida e não o permitia crescer dentro da corporação porque o seu herói não deixava. Ele foi muito humilhado até que se decepcionou de vez com o policial quando descobriu que ele era um corrupto responsável indiretamente pela morte de uma inocente, foi ali que o Cho passou para o outro lado e se tornou um assassino como o pai. Para ser “melhor” que o pai ele acreditou nas teorias de Bin e se creu herói. Triste.
Por fim, a história do Gan-Nam que foi de abuso físico e psicológico praticado pelo próprio pai que sempre o humilhava por nada. Ele decide ser policial para que as pessoas o respeitassem e quando o pai ficou em estado vegetativo ele achou que deveria vingá-lo pelas vias da lei. Descobrir que o pai era tudo o que ele mais detestava o quebrou, tanto que ele resolveu largar a polícia. Mas eu acho que ele era tudo o que um verdadeiro policial deveria ser: ético, correto, metódico, enfim ele começou a duvidar de tudo ao ponto de deixar o Lee Tang solto.
Aliás, ter deixado o Lee Tang solto foi muito humano da parte do detetive porque ele também acabou se “envenenando” com a teoria do herói, né? Parecia que dentro do senso distorcido de justiça daquele herói ele tinha bem mais noção e assertividade do que ele, enquanto policial. Por vezes a vingança e a Justiça andam de mãos dadas.
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