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Resenha do dorama: The atypical family



Annyeong haseyo! 

Tudo bem com vocês?

Hoje trago para vocês a resenha de “The atypical family”, o dorama que marca o retorno do maravilhoso Jang Ki-yong depois da dispensa do exército.

É uma história de fantasia, que retrata de maneira lúdica as questões sobre a saúde mental em forma de superpoderes. Este dorama me trouxe fases de contentamento, em um primeiro momento confesso que achei chatinho e arrastado, mas aí, depois dos quatro primeiros episódios melhorou e confesso que esperava os próximos capítulos com uma certa ansiedade, só que lá pro oitavo/nono capítulo foi ficando chatinho de novo e, apesar de não ter odiado, não vou dizer que figura na minha lista de queridinhos. E admito que a história teve bons momentos.

Vamos lá?

 

 

Ficha Técnica

Drama: The atypical family
Hangul: 히어로는 아닙니다만
Roteiro: Joo Hwa-mi
Direção: Jo Hyun-taek
Protagonistas: Jang Ki-yong e Chu Woo-hee
Gênero: Psicológico/Romance/Fantasia
Duração: 12 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Fansubs, Telegram e Netfilx

 

Sinopse

The atypical family conta a história de Bok Gwi-ju e sua família, em que todos os membros, exceto seu pai, herdaram superpoderes específicos e vêm de uma longa linhagem de ancestrais igualmente abençoados.

O poder de Gwi-ju é viajar de volta no tempo para eventos que ele vivenciou. Sua irmã Bok Dong-hee pode voar, e sua mãe Bok Man-heum pode, através dos sonhos, ver o futuro, incluindo grandes eventos familiares, mortes e até mesmo números vencedores de loteria e ações. Ela acumulou uma fortuna para eles e manteve a grande casa da família.

Mas os superpoderes da família agora estão em declínio, devido a doenças crônicas e incompatibilidades com estilos de vida modernos — depressão, insônia, bebida, obesidade.

No entanto, suas vidas mudam depois de se entrelaçarem com Do Da-hae, que é uma bela vigarista que consegue atrair a atenção de Gwi-ju, ao mesmo tempo permitindo que ele ignore a depressão e recupere sua habilidade de viajar no tempo.

 

Fonte: Adaptado de https://en.wikipedia.org/wiki/The_Atypical_Family

 

Protagonistas

 

Bok Gwi-ju (Jang Ki-yong) é o filho mais velho da família Bok e o seu superpoder é voltar no passado, mas ele só pode retornar aos seus momentos felizes e, como ele se torna viúvo e pai solo, mergulha na depressão e tem o seu poder ficou totalmente comprometido.

 

 

Do Da-hae (Chu Woo-hee) é uma mulher misteriosa que conquista a todos, principalmente a matriarca da família Bok, mas ela não passa de uma golpista que está interessada no dinheiro deles. Porém, ela esconde um passado bem triste e talvez uma ligação mais profunda com o Gwi-ju. O fato é: ela parece ser a cura para os problemas da família Bok.

 

Desenvolvimento

 

A história começa com uma família em um penhasco na praia, trata-se da família Bok. A matriarca parece desesperada porque a família perdeu os seus poderes.

Eles estão neste penhasco para testarem mais uma vez seus poderes: a matriarca, Sra. Bok Man-heum (Ko Du-shim), tem a habilidade de sonhar com o futuro, mas não consegue dormir; a irmã, Bok Dong-hee (Soo-hyum), não consegue mais voar por causa da obesidade; Bok Gwi-ju está depressivo e não consegue mais voltar no tempo, pois seu poder está ligado a momentos felizes da sua vida; sua filha Bok I-na (Park So-yi) aparentemente não manifestou nenhum tipo de habilidade paranormal, e o patriarca, o Sr. Eun Sun-gu (Oh Man-seok) é apenas um civil; os poderes provém do lado da sua esposa.

 

 

Do nada, Gwi-ju desaparece e reaparece sendo resgatado da água por Do Da-hae, que também estava na praia naquele momento. A família dele acredita que ele estava tentando se matar, porém, não era nada disso. Por alguma razão, ele tinha se transportado para aquele lugar e tudo isso para encontrar com a Da-hae, mesmo eles não se conhecendo.

A Sra. Bok fica curiosa para saber quem era a mulher que tinha salvado seu filho, e eis que o destino se encarrega de colocar as duas mulheres cara a cara: Da-hae é a nova massagista da clínica que a Sra Bok frequenta na esperança de conseguir relaxar e voltar a dormir. E apesar dela ser uma cliente VIP, nenhuma das massagistas gostava de atendê-la. Afinal, além de muito excêntrica, ela também é bem exigente.

Da-hae se oferece para fazer a massagem na rabugenta e, após sua massagem e uma xícara de chá, a matriarca finalmente adormece. Quando ela acorda, a Sra Bok não só está agradecida por ter finalmente dormido, como reconhece a Da-hae como a mulher que salvou o Gwi-ju de se afogar.

 

 

Neste momento eu pensei “Que delícia! Mais um dorama de romance gostosinho, no qual tudo se encaixa, com uma mocinha fofinha que a sogra adora. O problema vai ser conquistar o filho depressivo e será lindo!”, e essa impressão foi corroborada quando a Sra. Bok quis dar a ela uma generosa gorjeta, que ela prontamente recusa. Que pessoa boa e honesta. E foi assim que a Sra. Bok conseguiu que a Da-hae a atendesse em domicílio. Pronto! Ela iria se encontrar com o Gwi-ju para se apaixonarem e tudo estava indo muito bem no roteiro bem água com açúcar que a gente ama, rsrs!

Quando a Da-hae chega na casa dos Bok para atender a matriarca da família, a gente tem um vislumbre da escuridão e do buraco onde o Gwi-ju vive: seu quarto parece uma caverna! Há garrafas de bebidas por todo o lugar! Confesso que a cada cena dele me dava uma angústia! Ele realmente encarnou muito bem esse papel de alguém que é atormentado por uma culpa e que culmina em uma depressão. Impressionante!

 

 

Com Da-hae na casa, eles têm o seu primeiro contato, mas não foi nada auspicioso. Logo de cara ele não gostou dela, foi extremamente antipático, mas, ainda assim, ela continua tentando se comunicar com ele. Eu já estava achando ele um grosso. até que ela provoca um pequeno acidente na cozinha e se faz de santa e boazinha. Aí eu pensei “Ué” e acendi uma “red flag”! Aí tem! Ela parece querer chamar a atenção dele, só que não surte nenhum efeito, mas o mesmo não acontece com a mãe dele, que acaba se encantando mais ainda com Da-hae.

A mãe fala que a Da-Hae foi a mulher que o salvou de se afogar, mas ele não dá a mínima e a chama de interesseira, afinal, ele acha que ela foi lá para conseguir algum tipo de recompensa. Sensato! A mãe é muito emocionada, parece estar encantada e isso porque ela nem imagina o porquê do chá da Da-hae fazer efeito: ela coloca alguma coisa nessa bebida, por isso ela dorme após as massagens. Gente, essa mulher é uma trambiqueira! Ela fez tudo de caso pensado para se infiltrar na família Bok, pois eles são muito ricos e ela está de olho no dinheiro deles.

 

 

Aliás, toda a fortuna deles provém dos seus poderes, mais especificamente dos poderes da mãe,  já que ela tem sonhos premonitórios e usa essa habilidade para descobrir os números da loteria, quais ações investir, enfim, ela usa seu poder para enriquecer a família, mas como está sofrendo de insônia não tem mais tido os sonhos e as suas finanças estão ficando comprometidas. É por isso que ela olha para a Da-hae como sua tábua de salvação, ela não só salvou o filho no mar como fez com que ela dormisse.

A senhora conta a triste história da vida de seu filho para Da-hae! Zero senso de preservação! Ela conta como Gwi-ju era alegre, feliz, otimista, inclusive, o bonito costumava trabalhar como bombeiro, porque amava ajudar as pessoas. Tudo isso mudou no dia em que ele e sua família sofreram um acidente de trânsito e sua esposa foi uma vítima fatal.

 

 

Depois desse episódio, ele se consumiu em tristeza, culpa, frustração e álcool. Mesmo amando sua filha, ele não conseguia se comunicar com ela. I-na é a filha adolescente dele, uma fofa, mas igualmente sofrida! Ela acha que foi a responsável pela tristeza de seu pai e também acha que a avó não se dá muito bem com ela porque ela nunca gostou da mãe dela.

Lembram que a Sra. Bok sonha com o futuro, né? Pois bem, ela sempre foi contra a união do filho com Lee Se-yeon (Jung Min-a) porque ela sabia que não daria certo. Inclusive, quando ela morreu descobriram que ela estava grávida de outro homem! Tanto que a Sra. Bok acha que a I-na não é mesmo sua neta, até porque ela é a única de sua descendência que ainda não manifestou qualquer poder.

 

 

Bom, e essa senhora conta toda a vida do filho para uma mulher que ela acabou de conhecer, vinda de sei lá onde, para oferecê-lo de bandeja para essa forasteira!! Sério! Eu achei o ó!! O cara precisa de remédio, de ajuda profissional e não de um casamento!! Misericórdia!! Mania de achar que mulher é centro de reabilitação para homem!! E muito pior é a frase “a filha precisa de uma mãe” gente?!

A I-Na também precisa de ajuda, de terapia, de atenção!! A menina perdeu a mãe muito nova e o pai se consumiu na própria dor!! Ela é órfã de pai vivo, minha gente! E a avó dando uma de alcoviteira?! E fica pior quando ela convida essa mulher para morar na casa com eles!!

E quem é essa tal de Do Da-Hae? Eu achava que era uma trambiqueira, mas, não!! Ela é um golpista profissional, minha gente! E ela já estava de olho na família Bok; ela não age sozinha!! A “família” dela são os seus comparsas!! A “mãe” dela é uma mafiosa porfissa, Baek II Hong, já foi até presa! Ela não é mesmo mãe da Da-Hae mas sim a antiga agiota do falecido pai da massagista, essa mulher é a treva e têm mais duas pessoas nessa gangue Grace Kang, seria uma irmã, e, o Hyung Tae, um tio. Ninguém desse núcleo presta! Eu tomei antipatia deles desde o início e conforme fui conhecendo o ranço foi aumentando.

 

 

Essas pessoas não brincam em serviço!! Eles já estavam de olho na família Bok como próximo alvo e cada um tem seu papel nessa trama. Da-Hae é a futura esposa do filho da família, aliás, ela já teve dois outros casamentos anteriores, tudo para dar o golpe nos maridos; Grace Kang é infiltrada para trabalhar na academia da família que é administrada por, Dong-Hee, a irmã do Gwi-Ju; Hyung-Tae vigia todas as pessoas da família Bok e a Baek II Hong arquiteta os planos e mantém todos sob controle.

Dessa vez o casamento é mirando no dote que será alcançado, já que, o primeiro filho da família Bok que se casar vai herdar o prédio onde fica a academia, o que vale muito! E a Dong-Hee quer muito esse prédio!! Já o Gwi-Ju não parece muito interessado mas sua mãe quer que ele se case, de preferência com a Da-Hae. Afinal, ela teve um sonho com a moça onde ela estava usando o anel da família Bok, logo, ela acha que é um bom presságio mas não tem muita clareza porque o sonho não estava nítido.

 

 

E é por essa razão que ela convida a Da-Hae para morar na casa deles e se casar com seu filho!! Simples assim! Do nada! E o pior, ela também aceita como se tivessem oferecendo uma xícara de café! Aqui eu confesso que já estava irritada e até cansada da insistência dessa senhora para casar o filho com qualquer pessoa! Ele não estava afim, falou que não queria e também nunca confiou nessa mulher, sempre a achou muito suspeita!! A irmã dele também não confia nessa mulher que a mãe quer que se case com o irmão dela! Sensatos!!

Quando a Da-Hae vai morar com eles e ser meio que a babá da família, ela percebe uma atmosfera diferente no ar. Entende que eles são meio excêntricos, principalmente, a filha de Gwi-Ju. Ela é uma adolescente bem retraída e calada que fica o tempo inteiro no celular e usa óculos de grau grandes e pesadíssimos, ela vive no mundinho dela. Na escola, ela é quase invisível. Apenas um garoto a percebe e é o garoto que ela gosta.

 

 

Fora isso ela não se entrosa com ninguém e também não tem nenhum amigo. A vida dela em casa também não é fácil, já que lá ela também parece não existir. Eu gostei demais dessa personagem e tinha muita empatia por ela, sabe? Perdeu a mãe muito novinha e ninguém a acolheu devidamente, ninguém a conhece ou de fato presta atenção nela. O pai a ama mas não sabe como se aproximar de sua filha. E é aqui que a Da-Hae me irrita mais!! Porque ela vai se aproximando dessa frágil  garota para conquistar os favores de seu pai.

Achei baixo demais brincar com as fragilidades das pessoas por causa de dinheiro!! Tudo tem um limite, né? O cara tá depressivo, a filha solitária e extremamente carente de atenção e a pessoa usar isso pra dar golpe?! Só ficava pensando quando eu iria começar a gostar da mocinha e do amor que eles iriam desenvolver, confesso que até o episódio 6 eu não gostava dela!

 

 

E em meio às sensações estranhas que aquela família lhe causava foi a I-Na que contou o segredo de sua família para a golpista!! Ela disse que os Bok’s possuem poderes sobrenaturais e que ela deveria fugir enquanto ainda era tempo, já que nada de bom acontecia com as pessoas que se envolviam com eles. Claro que a Da-Hae não acreditou em nada do que ela ouviu!! E a I-Na deixou claro que não confiava nela, que sabia que ela era uma trambiqueira! Porque o superpoder dela é ler a mente das pessoas!! Mas ninguém sabe disso!!

Quando Da-Hae se encontra com a sua gangue ela conta o que ouviu sobre os poderes da família mas ninguém acredita nisso e todos acham graça. E assim ela vai convivendo com a família Bok e meio que vai se afeiçoando com a I-Na porque ela acredita que a menina está sendo intimidada na escola, como ela já havia sido um dia. Ela tenta encontrar a verdade com a garota que diz que não sofre bullying, mas não acredita muito. Agora, é fato que a Da-Hae consegue perceber a existência da I-Na tanto que até ajuda o Gwi-Ju em alguns momentos importantes dele com a filha. Nessas horas, eu até simpatizava com ela mas aí ela vinha com uma canalhice e eu voltava a não gostar dela!!

 

 

Ela forçava muito uma situação para que o Gwi-Ju a notasse e a visse como sua futura esposa, mas ele não cooperava! Aí coisas estranhas aconteciam entre esses dois porque ela “adivinhava” ações que o Gwi-Ju iria fazer com ela, como, por exemplo, o dia em que ele a ajudou no Shopping quando o alarme de incêndio disparou e ela congelou de pânico! E ele meio que a confortou, só que ele não lembrava de nada disso e achava que ela estava mentindo.

E outras situações do tipo aconteciam, mas ele sempre negava. Até que de tanto ficar pensando no que ela falou ele recuperou o seu poder de voltar ao tempo!! Curiosamente ele agora poderia voltar mas apenas nos momentos em que ele viveu com Da-Hae, sem serem momentos felizes!! E o poder dele sofreu uma mutação já que agora ela era a única que nessas situações poderia vê-lo e toca-lo!!

 

 

E não foi apenas essa a mudança de seu poder, agora, como ele poderia tocar e interagir com ela do passado essas ações repercutiam no futuro!! Finalmente o poder dele poderia servir para alguma coisa! Já que esse poder dele era meio inútil, né? Voltar ao passado, nos momentos em que foi feliz, mas isso não ajudava ninguém em nada e ainda o deixou ansioso e deprimido, já que os seus momentos felizes eram substituídos pela frustração de nunca conseguir ajudar ninguém; não melhorar a vida de ninguém e ainda piorava a vida dele!

Afinal, a sua primeira esposa acabou se cansando dele e de suas ausências constantes, principalmente, quando um amigo dele morreu em um incêndio, durante o trabalho, eles dois eram bombeiros.

 

 

Gwi-Ju se sentiu muito culpado pela morte do amigo, já que aconteceu no dia em que sua filha nasceu. Por essa razão, ele foi dispensado do trabalho e não pode fazer os resgates daquela ocorrência fatídica. E em uma busca desesperada de tentar salvar o amigo, ele ficava voltando incessantemente para o dia em que a I-Na nasceu, tentando mudar alguma coisa. Apesar de ter tido uma pequena mudança na cena, ele nada conseguia mudar.

E o resultado disso foi que o seu casamento se desgastou ao ponto de sua esposa querer deixá-lo por outro. Afinal, ela vivia sozinha, já que ele entrou em uma obsessão de tentar mudar o passado e acabou estragando o presente. Foi assim que ele entrou em depressão; tudo piorou quando sua esposa morreu no acidente de carro, afinal ele também estava no carro. Naquele momento ele retornou, mais uma vez, ao passado e não sofreu o acidente. Quando ele voltou tudo já havia acontecido. Ele, simplesmente, já não conseguia controlar mais o seu poder!

 

 

Aliás, esse incêndio é crucial para a história. Já que tudo que se relaciona a esse evento e a Da-Hae estão intimamente ligados. Lembra que eu falei que a golpista congelou no shopping? É porque ela tem pânico de incêndio, fumaça e tudo que remete a fogo, e, tudo porque ela foi uma das vítimas desse incêndio que matou o amigo do Gwi-Ju!!

E aí, meu amigos, a história vai ficando mais interessante porque o sonho que a Sra. Bok teve dela usando o anel de sua família foi nessa tragédia; e essa coisa de apenas a Da-Hae conseguir fazer os poderes de todos voltar, e, o poder do Gwi-Ju está muito ligado a ela porque as mentiras dela se misturam com a verdade e o cara começa a cair na dela porque ele a vê como um porto seguro. Apesar dela não acreditar que nenhum deles tenha poder algum,que são apenas um bando de excêntricos!

 

 

E, conforme o Gwi-Ju vai entendendo que a Da-hae é o futuro dele, ele vai se apagando a ela. E no momento em que a gata descobre que eles realmente possuem superpoderes, ela entra em pânico e quer parar com o plano de dar o golpe naquelas pessoas.

Neste momento, ela vai falar com a mãe mafiosa que não acredita em nada disso e ainda a ameaça! Afinal, ela tem uma dívida com essa bruxa!! E, Da-Hae, ainda tenta continuar com sua farsa ao ponto de forjar uma certidão de casamento com o Gwi-Ju e diz a ele que foi o “ele” do futuro que fez isso, ele fica na dúvida, ela exige que ele registre o casamento, mas, ele não confia tanto assim nela, né? Só que ela explana pra família Bok a certidão falsa e a Sra Bok fica muito feliz com a notícia porque essa raposa já sacou que a fonte dos poderes deles está relacionado com aquela mulher.

 

 

Dessa forma, a Sra. Bok quer oficializar tudo, só que depois que a Da-Hae tem mais uma prova da veracidade dos poderes deles, ela fica apavorada real e foge!! Vai até a sauna que ela mora com a sua gangue e diz a “mãe” que pra ela deu, que aquela gente é perigosa!! Eles não têm chances contra eles; a mulher não quer saber de nada disso e entra em cena ameaçando a família para que se casem com a sua filha, afinal, ela estava morando na casa deles e eles não estavam agindo de maneira correta. Só que a essa altura a Sra Bok foi tomada pelo bom senso e resolveu dar uma investigada na moça e se chocou com o que descobriu, e, só aí ela se mostrou estar contra essa união.

 

 

Ela decidiu tarde demais ouvir a voz da razão porque a essa altura o filho dela, Gwi-Ju, já estava apaixonado pela vigarista, agora era ele quem queria se casar!! A mãe surta, tem um sonho e decide que eles podem se casar em uma festa pomposa na residência dos Bok em uma cerimônia íntima.

E quando o casamento está pra acontecer, o inesperado acontece: Da-Hae desiste de se casar e habla tudo na frente de todos, que ela queria dar o golpe juntamente com a gangue dela e ainda finaliza com um “A sra Bok já deveria saber que isso ia acontecer porque ela deve ter sonhado com isso” no que a senhora confirma! E o único que estava perdido nesse rolê é o noivo que fica arrasado!! E ele estava todo empolgado, jurando que esse seria um momento feliz que ele sempre voltaria, o pobi!

 

 

E, assim, a noiva foge e deixa o pai Bok triste porque ele acredita que essa mulher é a certa para seu filho, já que ele sabe como ela melhorou o poder de seu filho e o tanto que ele estava melhorando com ela; I-Na se choca com a revelação da verdade de sua quase madrasta, porque, apesar dela saber que ela era uma pilantra, ela não achou que ela não iria até o final, e, em meio a todo esse cabaré, a Dong-Hee mostra o que encontrou na mala da Da-Hae: o anel da família!! Mas aí não faz sentido nenhum ela ter essa joia sendo que esse objeto ela levou com ela para a casa dos Bok. Só que naquela circunstância parecia que ela havia furtado o cofre da família.

Aqui vemos um Gwi-Ju arrasado, mais uma vez, pelo amor, só que, dessa vez, ele consegue voltar no tempo, e, sempre que faz isso interage com a Da-Hae e vemos que esses dois se afeiçoaram. Nessas voltas ao tempo eles vão se conectando só que dessa vez é real.

E é quando vamos entendendo a história de vida da Da-Hae, a mulher é mega sofrida e abusada desde a adolescência e com um pai tranqueira que deixou de herança para ela uma agiota!! A cada volta no tempo, Gwi-Ju, vai entendendo a moça e se apaixonando mais por ela, e, ela sempre o rejeitando porque como ela também gosta dele, não quer lhe fazer mal! E nessas voltas ao passado descobrimos que quem salvou a Da-Hae do incêndio não foi o amigo bombeiro, mas, o Gwi-Ju. Foi naquele momento que ele deu o anel para ela!! Eles já estavam destinados desde o início e que na vida não há coincidências!

 

 

E, confesso, que a história só ficou boa pra mim depois que o casamento não aconteceu. Afinal, eu estava muito indignada que aquela mulher poderia usar as fraquezas dessas pessoas pra se dar bem, independente do motivo. Como eles decidiram humanizar a protagonista, eu aceitei a explicação, rsrs.

E aí, tudo vai mudando na trama, sabe? Porque todo mundo da gangue vai parecendo mais humano; a Grace começa a desenvolver uma amizade com a Dong-Hee; a I-Na já se afeiçoou a Da-Hae tanto que sempre foge para a casa dela e a Da-Hae também gosta da garota e o Hyung-Tae também parece simpatizar com a garotinha. Agora a Baek II Hong, a mafiosa, essa é uma incógnita!!

Mas, a mafiosa, acaba falando algo muito interessante, porque apesar dela querer se dar bem com os poderes daquela família ela percebe que eles não conseguem se desvencilhar da Da-Hae, que ela representa para eles uma família!! Algo que eles não são. E é verdade, sabe? A Sra. Bok é tão obcecada em faturar fortunas com o seu poder que esquece da própria família, não liga muito para os filhos, só se preocupa porque eles também perderam seus poderes.

 

 

Quanto ao seu marido, ele vive só na casa. Na verdade, ele é o elo de conforto de seus entes mas não é valorizado e em meio a essa solidão/carência, ele acaba indo se distrair em bailinho da terceira idade, um lugar que ele vai pra dançar mas que dá um B.O pro coitado, enfim.

E com todo esse contexto a mafiosa diz a Da-Hae que o que aquelas pessoas procuram é uma oportunidade de viverem dentro de uma “família feliz” e apesar das coisas erradas que eles fizeram, eles veem nessa gangue essa oportunidade. E o dorama é sobre isso mesmo, sabe? A solidão em suas várias facetas e as suas consequências na saúde mental/emocional das pessoas.

A partir desse ponto da história todos os personagens vão se humanizando e se convertendo em pessoas que geram empatia na gente, inclusive, a trambiqueira! Aqui eles vão nos vender uma personagem complicada e com a vida cheia de injustiças para que a gente “passe um pano” e aceite essa relação como algo bonito e romântico.

 

 

Eu admito que o Gwi-Ju, nas suas voltas no tempo, vai conquistando a moça ao mesmo tempo que descobre que ela faz parte do seu passado. E foi aqui que eu buguei, rsrsr. Porque, ela é o futuro dele ao mesmo tempo que ele é o passado dela mas eles nunca se encontraram de forma linear no tempo, rsrs. Uma loucura!! E aí, essa relação realmente não me ganhou! Eu gostei dos personagens separadamente, porque como casal, não senti química e não gostei de como eles começaram essa relação com golpes e mentiras, enfim.

Ela acaba sendo aceita na Família Bok, a contragosto, e os dois vão vivendo esse romance e brincando de família feliz até que a matriarca tem um dos seus sonhos premonitórios onde vê a morte de seu filho. É por essa razão que ela aceitou a Da-Hae na família, para que o filho tenha seus últimos momentos feliz e com quem ele ama. Da-Hae não aceita essa fatalidade e diz que fará de tudo para que esse sonho não se concretize, a sogra diz que não tem como mudar as premonições que ela tem.

 

 

Pois bem, ela monta todo um plano mirabolante com o apoio de todos os membros da família Bok, menos o Gwi-Ju. O que a Da-Hae quer é sumir da vida dele forjando a própria morte, assim, ele voltaria a ficar tão deprimido que não conseguiria mais voltar no tempo, e, consequentemente, ele não poderia mais salvá-la daquele incêndio do passado. Porque, de acordo com o sonho da Sra. Bok, a morte dele aconteceria no salvamento de sua amada.

Ok, eu achei esse plano de um egoísmo ímpar!! Que mania que as pessoas têm de decidirem o futuro dos outros sem perguntar à pessoa interessada!! Que amor é esse?! Que quer adoecer o cara mais uma vez?! Nossa! Não tem condição de apoiar uma coisa dessas sob qualquer pretexto!! O cara volta para o fundo do poço mas acaba descobrindo todo o plano e a encontra e reclama com ela exatamente o que eu disse agora a pouco sobre esse egoísmo!

Inclusive, a mãe mafiosa também não acredita na morte da Da-Hae e vai atrás dela. A gente acha que ela vai fazer algum mal à moça mas aí a gente vê, que, na verdade, ela estava procurando pela filha que ela amava mas não sabia demonstrar!! Achei lindo isso, ela acabou se rendendo ao fato de que se afeiçoou de verdade àquela órfã! Dessa forma, todo mundo se reconcilia e as duas famílias se unem como parentes e tudo é belo por um tempo.

 

 

Porque, todos estão à espera do dia em que Gwi-Ju vai voltar ao passado e não vai mais voltar!! E esses momentos são de ansiedade para Da-Hae e os pais Bok. A sentença de morte de seu filho está lançada e pode ocorrer a qualquer momento. Enquanto isso não acontece eles vão aproveitando ao máximo seus momentos juntos, inclusive, Gwi-Ju, se reconcilia com a I-na, na verdade, eles, finalmente, se conectam como pai e filha. E vão colecionando momentos felizes juntos.

 

 

Como nem tudo na vida são flores e a gente precisa concluir a história, não dá pra ficar nessa lenga-lenga por mais tempo. Assim, vamos nos encaminhando para o momento que Da-Hae será salva pelo Gwi-Ju lá no passado. E quando isso vai acontecer? Sim, em um momento todo especial para I-Na com o pai, a bichinha tá toda empolgada para apresentar sua dança para o papi dela. Ela consegue apresentar e fica bem feliz até que um incêncio acontece no colégio e é bem nesse momento que o pai volta ao passado!

Todos se salvam do incêndio atual, e, lá no passado, Gwi-Ju, como era de se esperar salva a Da-Hae mas não retorna ao presente e o sonho da Sra. Bok se concretiza. Só que lá no momento de salvar a amada, Gwi-Ju, promete a Da-Hae que ele irá retornar para ela justo no momento em que ela achar que não é mais possível. E, assim, todos vão vivendo suas vidas com a ausência do Gwi-Ju ao mesmo tempo que esperam pelo seu retorno em algum momento. Anos se passam e o filhinho da Da-Hae com o Gwi-ju herdou o mesmo poder do pai, ele volta no passado e pode trazer coisas de lá e adivinha quem ele traz de volta? Sim! o seu papai!!

 

 

E é assim que acaba essa história! Uma história interessante que ousou abordar tema tão espinhoso como o da saúde mental, e, fazer isso de uma maneira tão lúdica e leve mas sem perder a profundidade. As questões emocionais mal resolvidas nos atrapalham de manifestarmos a nossa essência, a nossa natureza. A culpa aprisiona; a necessidade de satisfazer os sonhos e aspirações dos outros, dos pais nos sufocam ao ponto de não conseguirmos mais alçar voos e trilhar nossos caminhos; a ansiedade e as preocupações excessivas nos impedem de termos paz e tranquilidade, nos impedem de termos uma boa noite sono.

 

Considerações finais

 

Esse dorama foi um mix de sensações. Eu não estava gostando mas acabei me rendendo a ele com algumas ressalvas. Primeira coisa que não curti foi a atuação do Jang Ki-Yong; gosto dele mas esse papel eu o achei meio canastrão, rsrs. Além de ter achado o personagem pouco carismático e meio bobo. Não consegui gostar do casal. Achei que começou errado demais para aceitar aquela relação, mas, consegui gostar dos dois separadamente.

Achei mega interessante a forma como abordaram as questões emocionais, como já falei. E preciso enaltecer a personagem mais maravilhosa da trama: I-Na. Ela era um doce, sofrida, passou muita verdade nas suas emoções e questões da adolescência. Amei!!

Foi uma boa história, mas senti falta de algumas explicações. Achei meio confuso a ligação do presente-passado dos protagonistas e vários personagens subdesenvolvidos na trama. A vilã era pra ser a mafiosa-mãe mas acabou que ela se redimiu e o vilão se tornou o noivo tranqueira da Dong-Hee?! Nada a ver!! Achei que foi meio às pressas e ficou sem sentido. O pai Bok também foi subaproveitado, entre outros furos. Muita gente pra pouca história.

O que realmente salvou foram as reflexões quanto às relações emocionais e os poderes, achei diferente. Não é um doramão mas também não é um flope. Essa foram as minhas impressões e as de vocês?

 

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