Annyeong haseyo!
Tudo bem com vocês?
Hoje vamos de dorama sem noção, com história absurda! Pense num dorama ruim, misericórdia! uma grande perda tempo!
Ficha Técnica
Drama: DNA lover
Hangul: DNA 러버
Roteiro: Jung Soo-mi
Direção: Sung Chi-wook
Protagonistas: Choi Si-woon, Jung In-sun, Lee Tae-hwan e Jung Eugene
Gênero: Romance/Comédia/Melodrama
Duração: 16 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Fansubs, Telegram e Viki
Sinopse
A pesquisadora genética Han So-jin está cansada de ter relacionamentos ruins. Sendo assim, ela recorre à sua especialidade, a pesquisa de DNA, na tentativa de encontrar seu par perfeito.
Ao analisar a compatibilidade do DNA de possíveis pretendentes, a doutora nutri a esperança de achar sua alma gêmea. Essa busca a leva a dois homens muito diferentes: o obstetra Shim Yeon-woo e o elegante, mas cabeça-dura, bombeiro Seo Kang-hoon.
Quando ambos se apaixonam por ela, Han So-jin finalmente percebe que precisará fazer uma escolha que não seja baseada apenas em dados científicos.
Fonte: Adaptado de https://br.mydramalist.com/760447-dna-lover
Protagonistas
Shim Yeon-woo (Choi Si-won) é um médico obstetra/ginecologista herdeiro do hospital no qual trabalha. Vindo de uma família totalmente disfuncional, se tornou um cético com relação a relacionamentos amorosos. Ele os teme e sempre foge de compromissos mais sérios e é tido como um homem que encanta as mulheres, metido a grande conhecedor do gênero. Um chato!
Han So-jin (Jung In-sun) é uma geneticista, biomédica especialista em DNA que também teve uma família complicada e sempre se sentiu sozinha na vida. Após a morte traumática do pai e o abandono da mãe, desenvolveu uma obsessão por encontrar sua alma gêmea vinda da compatibilidade do DNA. Uma chata também!
Seo Kang-hoon (Lee Tae-hwan) é um bombeiro incrível!!! Ele é o melhor amigo da So-jin e está sempre cuidando dela. Um fofo, mas que não foi muito bem desenvolvido e foi engolido pela falta de trama, poderia ter sido um ótimo personagem, mas faltou substância no papel e não estou culpando o ator, apenas não teve conteúdo a ser explorado.
Jang Mi-eun (Jung eugene) é outra personagem que foi subaproveitada e que também se perdeu na história maluca e fraca do dorama. Ela representava a oportunidade de um ótimo debate sobre relacionamentos não monogâmicos, mas que ficou no estereótipo e na superficialidade sem realmente debater as relações poliamor, ficou mais no fetiche e preconceito.
Tentando entender o que aconteceu
Como eu inicio o relato deste dorama? Geralmente, eu começo dando uma pincelada na história para contextualizar vocês, mas desta vez farei diferente porque não tem uma história propriamente dita para ser contada.
Eu até aguardei a estreia com alguma esperança de que o dorama fosse legal, apesar de ter o Siwon no elenco. A temática de ter o amor explicado cientificamente me picou de curiosidade para saber como esse enredo se desenvolveria.
Imaginem!! Nos foi prometido um clichê maravilhoso, daqueles que a gente sabe ser previsível mas que se derrete assistindo, porque, geralmente, nos deixam com o coração quentinho e confortado com um amor água com açúcar sem grandes pretensões. Era para ser a história de uma cientista focada no DNA para encontrar seu par ideal e ser feliz para sempre, uma romântica pouco convencional; e o par seria um homem cético com relação ao amor e a durabilidade dos relacionamentos fazendo um contra ponto com a visão da mocinha, e, em meio a todo o processo de desenvolvimento da relação, nós, seríamos conquistadas com aquele “resiste e se rende” que a gente ama ver nas histórias de amor.
Crie galinhas, mas não expectativas
Nada disso aconteceu, uma pena! Primeiro, teve personagem demais para tão pouca história; segundo, os protagonistas não tiveram química e estava tudo muito caricato.
Foi sofrível ter que assistir a uma mulher adulta se comportando como uma criança para ser fofa como forma de sedução, piorou ainda mais ver uma cientista tão sem noção com relação à realidade que se fechou para os sentimentos e apenas focava no que a combinação do DNA de seus parceiros mostravam. Apesar de ter tido vários namorados ela parecia uma criança que não aprendeu nada com as relações, não amadureceu.
Personagem sem substância
O personagem do Siwon, Yeon-Woo foi apático!! No primeiro episódio era o puro exagero entre a comédia pastelão e a sedução. O cara “pegador” que sempre se apaixona sem nunca se apaixonar, mas não convenceu. No decorrer da trama ficou ainda mais sem sentido e no afã de trazerem profundidade para o personagem começaram a colocar uns elementos que foram se perdendo no desenrolar da história, como a mãe depressiva dele que, após ter sido abandonada pelo traste do marido, acabou ignorando a existência do filho, e este ficou ferido emocionalmente a ponto de não querer ter relacionamentos duradouros. E essa mulher mega magoada sempre aceitava o cara de volta quando seus casinhos acabavam, assim, ela passou a vida inteira esperando esse homem.
Mesmo trazendo esse dramalhão todo, para tentarem construir um personagem complexo, profundo e marcado por traumas familiares, a história não engrenou e o personagem não brilhou.
Um dramalhão mal construído
Não foi apenas a infância de Yeon-woo que foi difícil, So-jin também sofreu abandono afetivo de sua genitora, que nunca quis ser mãe mas teve duas filhas e as abandonou para viver a vida como artista plástica; o pai da moça sofrendo com a rejeição da esposa acabou se matando e foi nesse contexto saudável que a cientista se criou, seu apoio emocional veio do amigo de infância, Kang-hoon, que se tornou bombeiro e de seu pai dono de um restaurante, eles acabaram sendo a família dela.
Depois de tanta tristeza e abandono, So-jin foi para a terapia? Não! Ela preferiu criar uma tese onde o DNA diria quem seria seu par ideal com quem ela viveria para todo o sempre e assim nunca mais seria abandonada e não ficaria sozinha. Gente? Como assim?! Uma pessoa adulta acreditar nisso e viver em função dessa loucura?! O pior é que focaram tanto nesse ponto que a trama ficou mega chata e quando ela estava “namorando” – fazendo o experimento com o Yeon-woo – não conseguiram desenvolver o relacionamento para que virasse amor porque ficaram presos demais no lance da objetividade da ciência.
E venhamos e convenhamos, uma pessoa da ciência ficar ficcionada nessa loucura a ponto de não ter percebido que relacionamentos, sentimentos fogem do alcance que a objetividade científica exige e que nas questões do coração há variáveis infinitas que fogem totalmente do controle traçado pelo racional é no mínimo absurdo. Sérioooo!! Não dá!!
O médico até tentava trazer a So-jin para a realidade de uma relação mas ela continuava tratando os dois como experimento, ficou muito sem graça, não conseguiram transicionar para uma relação pela qual a gente torcesse, sabe?
Indo de mal a pior
Outro ponto controverso foi que para fazer parte desse “relacionamento”, Yeon-woo, trapaceou e fez parecer que ele fosse o DNA compatível com o dela, não precisava mas foi assim que aconteceu. Era para no processo dessa “brincadeirinha” eles se apaixonarem de verdade e a gente se envolver junto com eles, só que não rolou.
Primeiro, porque a cientista permaneceu cientista o tempo inteiro, enquanto ele tentava o romance, mas, no decorrer da trama ele ficou melancólico e influenciado pela história dos pais ao ponto de terminar com a So-jin depois de tanto enganá-la fazendo com que ela acreditasse que de fato eram alma gêmeas.
Ai, nesse momento, ambos já estavam apaixonados mas não nos convenceram e o dorama ficou mais chato, arrastado e sem sentido. Ela acabou descobrindo que o seu DNA Lover era o amigo bombeiro que magicamente descobriu que sempre a amou, também não tivemos uma transição suave, constante e convincente para um triângulo amoroso, mas, que nos foi empurrado mesmo assim. Confesso que sempre achei que ela combinava muito mais com ele do que com o médico. Só que a história já estava tão ruim que eu só queria que acabasse logo. Não precisava ter 16 episódios!
E você acha que depois de descobrir quem realmente era a alma gêmea dela ela iria finalmente descansar na busca incessante por companhia? Não meus amigos!! O negócio ficou ainda pior porque ter que assisti-la tentando aceitar o fato de que o DNA Lover era o amigo foi muito ruim, afinal a má vontade dela era gritante pois ela já estava apaixonada pelo o médico mas ainda queria provar que seu experimento estava certo. Uma chatice a mais em um enredo que já estava insuportável.
Tarde demais para alguma profundidade
Aqui entendo que a crítica era dizer que em assuntos do coração a razão não dá pitaco, apesar de não concordar muito com isso entendo ser senso comum e também a proposta desta história. Talvez eles quisessem nos dizer que o amor é imprevisível, que não escolhemos por quem nos apaixonamos e que não há garantias em nenhum relacionamento, que se deve aproveitar o que se apresenta na vida e entendermos que o amor é trabalhado e cultivado continuamente, não existe mágica.
Em um primeiro momento pode até não ser planejado mas continuar juntos, sim! É um plano que demanda o esforço dos dois. Pena que a história não soube ser tão profunda, sabe? A ideia desse dorama foi até boa, pena que foi mal executado.
Se não vai desenvolver pra que colocar um tema controverso?
Esse questionamento que faço é referente a um personagem, dentre tantos outros, que foi muito subaproveitado, Jang Mi-eun. Acredito que ela foi criada para gerar o questionamento a respeito dos relacionamentos não monogâmicos, ela era uma poliamor e, inclusive, namorou Yeon-woo, mas sua trajetória ficou perdida na trama por falta de profundidade e conhecimento sobre o assunto: a não monogamia. O assunto foi citado mas não foi trabalhado, entende?
Ela era uma não monogâmica que vendeu apenas a ideia do oba-oba e em apenas duas cenas meio que falou seriamente sobre o assunto. Mostrou apenas o preconceito que ela sofria por ser livre em seus relacionamentos, apenas a visão fetichizada e estereotipada como se ela fosse apenas uma pessoa promíscua, quando na verdade ela possui a capacidade de conseguir se envolver emocionalmente com mais de uma pessoa ao mesmo tempo, mas não necessariamente ao mesmo tempo.
Só é livre nesse sentido. Poderíamos ter tido mais seriedade aqui, sabe? Foi uma oportunidade perdida e que poderia ter sido utilizada para abrir o debate na sociedade, mas não rolou.
Sabe quando a ideia é até boa e nova mas faltou um trabalho de preparo, pesquisar para saber do que de fato se tratava? Aí fizeram o negócio meia boca que acabou trazendo mais preconceito e desconfiança para as pessoas que vivem esse tipo de relacionamento.
Piorou bastante quando da metade pro final da história ela resolveu que amava apenas ao Yeon-woo e começou a ser aquelas mulheres estereotipadas dos doramas que fica rivalizando com outra por homem, achei o ó!! Totalmente desnecessário e fora do contexto; cheguei a pensar que ela e o bombeiro teriam um relacionamento mas isso não aconteceu, acho que foi porque ficaram tão focados na história sem noção dos protagonistas que não conseguiram desenvolver a de mais ninguém, inclusive a dos protas.
Até que enfim acabou
Chegando, finalmente, ao desfecho dessa bomba, no último episódio o Yeon-woo sumiu na trama, literalmente. Durante metade do capítulo e confesso que não senti a falta dele; o cara só vai aparecer quando os dois ficam juntos. O roteirista quis criar um problema emocional no Yeon-woo que decidiu se retirar do país por um período sabático para que ele deixasse que a So-jin vivesse com seu DNA Lover, depois dele tê-la salvado do cara que matou o pai dele.
Ele se acreditou responsável pela quase morte e perseguição que a amada sofreu e em um último ato heroico e romântico deixou que ela fosse para viver o que tanto sonhou com sua alma gêmea, enquanto ele ia lidar com essa perda no exterior, aff!! Odeio isso, sabe? Decide por ela, não conversa e tudo para se sentir o mártir do amor, não suporto essa cafonice!!
E ficou ainda pior porque não teve um enredo, um contexto, uma transição decente para que a gente torcesse por isso, sabe? Aí, durante o sumiço desse personagem eles correram para terminar o final dois outros 200 personagens, nem preciso dizer que não ficou bom, né? Todo mundo teve um fim corrido, mal construído e pouco desenvolvido achei desrespeitoso com o elenco, sério!
Mas foi assim que as coisas aconteceram, os casais secundários poderiam ter brilhado mais mas ficaram esquecidos de lado e só lembraram deles no último episódio e foi ruim e cheio de vergonha alheia.
Foi horrível a cena final do casal principal!! Muito sem graça, sem sentimento, sem a menor necessidade. Nos dois últimos episódios apareceram mais personagens só para linkar os dois principais e não funcionou. Realmente o roteiro foi bem fraco.
Considerações finais
A minha última consideração é um conselho: não assistam a essa bomba! Quem avisa amigo é. Foi uma grande perda de tempo, poderia ter ido assistir ao filme do Pelé, como diria o Chaves. Sei que toda dorameira tem uma lista infinita para assistir, logo, pulem esse e vejam outra coisa.
Maaaaas, se ainda assim você quiser muito tirar as suas próprias conclusões, vá por sua conta e risco e depois deixe suas impressões no comentário, vou amar ler e dizer “Eu avisei!”, rsrsrs.
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