Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
E a indicação de hoje é Melo Movie, um dorama da Netflix que soube equilibrar muito bem emoção e leveza, entregando uma história cheia de cumplicidade e afeto. O romance é encantador, mas o que realmente me prendeu foi a relação entre os irmãos. Cada cena deles transborda sentimentos genuínos, e eu me emocionei em todos os momentos. A narrativa é sensível, sem exageros, e nos faz refletir sobre o valor da família, do apoio mútuo e das segundas chances. Se você gosta de histórias que tocam o coração, essa é uma escolha perfeita!
Ficha Técnica
Drama: Melo movie
Hangul: 멜로무비
Roteiro: Lee Na-eun
Direção: Oh Choong-hwan
Protagonistas: Choi Woo-sik, Park Bo-young, Lee Jun-young e Jeon So-nee
Gênero: Romance/Drama/Vida
Duração: 10 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2025
Disponível: Telegram e Netflix
Sinopse
“Melo movie” é uma história sobre os sonhos e o amor de jovens que também carregam feridas e traumas.
Ko Gyum se torna um crítico de cinema depois de trabalhar como ator extra. Ele ama tanto filmes que seu objetivo é assistir a todos os filmes feitos no mundo. Kim Mu-bee então entra em sua vida. Ko Gyum é muito curioso sobre ela e ele até gosta do nome dela que soa como “filme”.
Kim Mu-bee começou a trabalhar na indústria cinematográfica devido ao seu amor e ódio por seu pai (que amava filmes mais do que ela) e sua própria curiosidade sobre o que exatamente é um filme. Ela tem uma vida tranquila e pacífica na indústria cinematográfica, mas Ko Gyum, que se destaca muito, de repente aparece na frente dela e causa mudanças em sua vida.
Enquanto isso, Hong Si-jun se considera um gênio, mas ele ainda é um compositor desconhecido. Sua ex-namorada, Son Ju-a, trabalha como roteirista.
Fonte: Adaptado de https://asianwiki.com/Melo_Movie_(Netflix)
Protagonistas
Ko Gyeom (Choi Woo-sik) perdeu os pais ainda jovem e foi criado por seu irmão mais velho, Ko Jun (Kim Jae-wook). A relação entre eles sempre foi forte, e Ko Jun se tornou seu porto seguro. Desde pequeno, Ko Gyeom era uma criança alegre por natureza, sempre chamando atenção por onde passava e cultivando uma paixão profunda por cinema. Ele começou sua jornada no mundo dos filmes como figurante, mas, com o tempo, a vida o direcionou para um caminho diferente: o de crítico de cinema.
Kim Mo-bee (Park Bo-young) sempre foi uma garota forte e tinha uma grande admiração pelo pai, mas, ao mesmo tempo, carregava um sentimento de rejeição. Ele vivia ocupado com o trabalho e era apaixonado por cinema, sonhando em dirigir seu próprio filme. No entanto, um trágico acidente no set de gravação interrompeu esse sonho, ele faleceu e acabou deixando uma marca profunda em sua vida. Apesar da dor, Mo-bee decidiu seguir os passos do pai e se tornou diretora.
Luzes, câmera… destino!
Ko Gyeom e Kim Mo-bee se conheceram no set de gravações. Ele, sempre carismático e cheio de brincadeiras, conquistava facilmente as pessoas ao seu redor, enquanto ela, focada no trabalho, tentava manter a seriedade. Mas, com Gyeom sempre por perto, era impossível ter um dia tranquilo. Com o tempo, ele acabou revelando seus sentimentos por ela, e os dois começaram um relacionamento. No entanto, a felicidade durou pouco. De repente, Gyeom desapareceu sem deixar rastros. Seu irmão havia sofrido um grave acidente e precisava dele mais do que nunca. Cinco anos se passaram até que seus caminhos voltassem a se cruzar.
Irmãos, amigos e porto seguro: uma relação que emociona do início ao fim
O que mais me impressionou neste dorama foi a relação entre os irmãos. Desculpem, dorameiras românticas, mas não dá para negar que, além do romance, foram eles que carregaram o drama por longos episódios!
Ko Jun, já adulto, assumiu a responsabilidade de criar o irmão mais novo, abrindo mão da própria vida. Ele era um homem fechado, difícil de entender, pois parecia não ter emoções. Sem amigos, sem namorada, sua existência girava apenas em torno de Ko Gyeom. Para Gyeom, no entanto, seu irmão era seu bem mais precioso. Quando Ko Jun sofreu o acidente, ele esteve ao seu lado em todo o processo de recuperação. Eram mais do que irmãos: eram amigos, confidentes, um porto seguro um para o outro.
Os filmes que assistiam juntos tinham significados diferentes para cada um, mas eram um elo forte entre eles. Foi lindo ver essa dedicação mútua, e, no fim, ficou claro que Ko Jun era feliz porque escolheu estar ao lado do irmão. Mas o luto sempre é mais difícil para quem fica. Ko Gyeom perdeu a pessoa que mais amava e precisou encontrar um novo caminho.
E Mo-bee teve um papel fundamental antes, durante e depois dessa jornada. O amor que eles construíram foi genuíno, crescendo com o tempo e se tornando um suporte essencial para ambos.
Dividindo o milho da vida: amor, família e escolhas
Mo-bee ainda carregava o ressentimento em relação ao pai. Ela queria fazer filmes, mas sem que isso a afastasse das pessoas que amava. No fundo, havia algo essencial que precisava acontecer: perdoá-lo, mesmo após sua partida. Sua mãe fez o possível para preencher esse vazio, mas foi só depois que Mo-bee percebeu o quanto era amada.
Esta é uma história clássica sobre os impactos de uma paternidade mal resolvida. É difícil quando o sustento da família e os sonhos consomem o tempo que deveria ser dedicado ao que realmente importa. Será que o equilíbrio entre essas coisas realmente existe? Cada dia me convenço mais de que não, é quase impossível ter tudo.
Quando Mo-bee e Ko Gyeom encontraram abrigo um no outro, foi uma forma de não se sentirem sozinhos, de aprender a se amar apesar das falhas e de perdoar as ausências. Gostei de ver o crescimento deles, a leveza das brincadeiras e a profundidade dos traumas que carregavam. O amor cura! Acho engraçado quando dizem: “Mas precisa de outra pessoa? Não consegue ser feliz sozinho? O importante é ter amor-próprio!” Se isso fosse verdade, não existiriam tantas pessoas no mundo. Fomos feitos para ter relacionamentos: pai, mãe, irmãos, tios, amigos, parceiros… Sozinho é impossível, alguém precisa dividir o milho, né? 😂
Mo-bee realizou o sonho do pai, mas seu segundo filme fracassou. Isso só mostrou a realidade da vida: dias de luta, dias de glória, e o único caminho é seguir em frente. Já Ko Gyeom desistiu da crítica de cinema e agora está tentando encontrar um emprego. Mas, do jeito que ele conduz suas entrevistas, ninguém vai contratá-lo tão cedo… Então, por enquanto, só lhe resta atormentar sua namorada no set de filmagens! 😆
Deixando ir: a difícil arte de apoiar sem esperar nada em troca
Esse casal, ou melhor, ex-casal, realmente passou por altos e baixos. Hong Si-jun (Lee Jun-young), inicialmente, me parecia egoísta e difícil de simpatizar, e, de fato, foi. Não foi à toa que Son Ju-a (Jeon So-nee) decidiu terminar — o amor, muitas vezes, é também saber quando é hora de deixar ir.
Si-jun teve um pai que não o apoiou em seu sonho, o que justifica sua distância, mas também tinha pessoas ao seu redor que acreditavam nele. A grande questão é que, muitas vezes, a solução não está em olhar apenas para o próprio umbigo. Já Ju-a, embora tenha sido compreensiva e verdadeira com seus sentimentos, observava Si-jun de longe, apoiando-o de forma silenciosa, ouvindo suas composições e sempre acreditando em seu talento. A falta de diálogo entre eles foi realmente um problema sério. Quando o roteiro dela foi escolhido para se tornar um filme, ela não pensou duas vezes antes de confiar a Si-jun a trilha sonora. O filme acabou sendo um fracasso, mas a trilha sonora foi um grande sucesso, o que ajudou Si-jun a alcançar seu sonho.
Agora, o que dizer de Ju-a? Ela continuou sendo honesta consigo mesma e, apesar do fracasso, ouviu o álbum, aceitando o resultado. Acredito que ela entendeu que apoiar alguém não significa ser melhor ou pior, mas simplesmente ter empatia e fé na pessoa. Achei a personagem dela uma verdadeira querida, uma mulher que, mesmo com todas as dificuldades, soube agir com dignidade.
O término do relacionamento deles foi a melhor decisão, já que Si-jun ainda precisava evoluir. Sua personalidade fria e egoísta não permitia que ele fosse verdadeiramente capaz de se entregar a alguém como Ju-a. Essa separação foi essencial para o crescimento dele, mesmo que não tenha sido fácil.
Quanto à amizade deles com Ko Gyeom, fiquei com a impressão de que era uma relação um pouco estranha. Não consegui ver muita reciprocidade nesse vínculo, mas Ko Gyeom soube amar as pessoas do jeito que elas eram. Quando ele estava dormindo no carro, com medo de voltar para a casa após a morte do irmão, Si-jun, de maneira silenciosa, levava suprimentos para ele. Esse gesto de cuidar sem palavras foi um verdadeiro sinal de crescimento de Si-jun, algo que ele talvez nunca tenha demonstrado antes. Nem sempre precisamos de palavras de consolo; às vezes, apenas saber que alguém se importa e está ao nosso lado, sem julgamentos, já é o suficiente.
O fato de Si-jun ter ido até Ju-a para conversar sobre o término foi um grande passo para ele. Essa atitude exigiu humildade e coragem, e, honestamente, acredito que, se eles tivessem ficado juntos, eu acharia estranho. O término foi essencial para que ambos seguissem seus próprios caminhos e, quem sabe, evoluíssem de maneira mais saudável.
Considerações finais
No geral, foi um dorama muito bom, daqueles que você assiste e sente que a mensagem realmente foi passada! Como mencionei antes, o que mais me conquistou foi a relação entre os irmãos. Foi tão bem construída que consegui sentir na pele o peso dos sentimentos que eles carregavam, algo que, infelizmente, não encontrei no romance, embora tenha gostado deles juntos.
Ficou uma reflexão para mim: amem os seus, a família sempre será o bem mais valioso que podemos ter. A vida nos leva por caminhos diferentes o tempo todo, e nem sempre a história segue como o roteiro. No final, todos ali estavam vivendo suas vidas, um dia de cada vez.
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