Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Com temas pesados, mas bem atuais, e que podem gerar gatilhos, “Reborn” teria sido um sucesso, se a dinâmica da história fosse maior e a mocinha mais determinada. Dá uma conferida e deixe sua opinião.
Ficha técnica
Drama: Reborn
Mandarim: 焕羽
Direção: Li Yao Bo
Roteiro: Qian Jing Jing e Xu Zi Yuan
Protagonistas: Zhang Jing Yi e Zhou Yi Ran
Gênero: Romance
Duração: 23 episódios
País: China
Lançamento: 2025
Disponível: Viki, WeTv, Telegram e Fansub
Sinopse
Em 2007, a garota de 16 anos Qiao Qing Yu e sua família, atormentados por rumores sobre a morte de sua irmã Qiao Bai Yu, foram forçados a se mudar de sua pequena cidade de Shunyun para a capital provincial de Huanzhou.
Para restaurar rapidamente a vida normal de sua família, Qing Yu, com a ajuda de seu colega de classe Ming Sheng, começou a procurar a verdadeira causa da morte de sua irmã.
Conforme a verdade gradualmente se revelava, Qing Yu ficou chocada com a injustiça que sua irmã Bai Yu havia sofrido e resolveu buscar justiça para ela.
Fonte: Adaptado de https://mydramalist.com/754391-huan-yu?lang=pt-BR
Protagonistas
Qiao Qing Yu (Zhang Jing Yi) é uma estudante tímida, mas determinada em defender sua família e descobrir a verdade sobre a morte da irmã , Qiao Bei Yu (Wu You). Por causa disso, acaba se metendo em várias confusões e cruzando o caminho de pessoas perigosas e desprezíveis.
Ming Sheng (Zhou Yi Ran) é um rapaz amante dos esportes, que tem uma relação difícil com o pai por causa de um mal entendido. Não suporta injustiças, e é o grande protetor de sua amiga de escola, Qing Yu.
Só apertar o gatilho
A trama gira em torno do mistério envolvendo a morte da irmã de Qing Yu, Qiao Bai Yu. Na busca pela verdade, a estudante se depara com vários temas como injustiça, preconceito, depressão, suicídio, DST, HIV, egoísmo, falta de empatia, assédio sexual e uma enorme pressão familiar. A coitada não tem um minuto de paz, até porque a família é totalmente disfuncional, e vive na idade da pedra, mesmo para quem mora na área rural da Vila de Nianqiao.
Mas a história não é tão simples assim, os avós paternos, encantados com a extrema beleza e talento para dança da neta mais velha, tiram Bai Yu dos pais e passam a criá-la, mas ela acaba se envolvendo com o primo adotado, Qiao Jin Rui (Ting Xuan Huang), e fica grávida. Apesar das tentativas de voltar para o lado de seus pais e irmãos, eles a devolvem, todas as vezes. Abandonada pelos tios, avós e primo, e desiludida com o rumo que sua vida tomou, Bai Yu se transforma completamente, além de se envolver com indivíduos barra pesada, como o criminoso Hei (Li Si Bo), passando a ter um comportamento, totalmente, devasso. São diversos os fatos que a levam à sua desgraça total, como seu aborto e ter contraído HIV, o que a levou ao suicídio. Sua má fama se espalha, ao ponto de afetar a moral e o nome de sua família, além do negócio dos pais.
A relação de Qing Yu e Ming Sheng é bonita de acompanhar. Iniciada com uma antipatia mútua, vai crescendo e se fortalecendo, à medida que eles se aproximam, e passam a se respeitar por suas convicções e personalidades. Destemida, a protagonista vê em Ming Sheng, além de um protetor, alguém em que pode confiar e contar. Pena que o romance só acontece no último episódio. Tem até coerência, pois Qing Yu está determinada a resolver seus problemas familiares e buscar justiça para irmã, só que podiam ter desenvolvido mais esse relacionamento, a não ser que estejam pensando em uma segunda temporada.
O casamento do primo foi para o beleléu
Uma coisa que me incomodou foi a dinâmica dos episódios. No meio da trama, os episódios estavam tão arrastados que quase dropei. Foi uma dificuldade para terminar. Outra coisa foi a falta de profundidade na abordagem de assuntos tão relevantes. Me pareceu que o roteirista estava com vergonha de falar sobre determinados temas. Uma pena, pois teria sido um diferencial da história. Peguei ranço da mãe de Qiang Yu, Li Fang Hao (Liu Dan), que apesar da atriz ter feito um excelente trabalho, sua história era fraca, e decepcionou como mãe, já que abandonou uma filha, além de não ter notado todo sofrimento que ela estava passando. Mesmo depois de ter ficado doente e depressiva, Fang Hao manteve suas atitudes centralizadoras e repressoras. Não consegui ter empatia nenhuma.
A virada da trama, quando Qiang Yu joga lama no casamento do primo e foge, nos faz perceber que essa família é muito cheia de preconceitos e falta de solidariedade. O que mais importa para eles são as aparências, o que os outros pensam deles. Também é muito fraco o amor de Jin Rui pela prima, desistiu na primeira pressão dos parentes, e logo arranjou uma noiva para casar. Um canalha que iludiu a moça. Sem falar no tal do Hei, que homem asqueroso, desprezível, além de bandido. Ele que destrói a reputação de Bai Yu por puro despeito, espalhando que a garota mais bonita da cidade e uma dançarina talentosa, era portadora do HIV positivo. Depois ainda atormentou Qiang Yu para assumir o lugar da irmã como sua namorada, além de infernizar a família da moça e destruir o seu negócio.
Sinceramente, não consigo entender o que tem acontecido com os roteiristas chineses, começam muito bem e depois surtam. Estou, realmente, decepcionada com o rumo que estes dramas estão tomando, mas mesmo assim a audiência dos chineses no Brasil cresceu 20%. Uma tristeza, pois os atores são excelentes e os argumentos também. Vamos aguardar pelos próximos lançamentos.
Demorou, mas aconteceu
O casal de protagonistas tem uma química maravilhosa, mas vive se despedindo e se afastando ao longo de todo o drama. Sei que cada um deles tem seus próprios problemas, mas vamos lá, assim não dá. O bom é que quando colocam ordem na casa, se orientam em suas carreiras e tem a certeza que suas famílias estão nos trilhos, voltam a se reunir para, juntos, viver o momento deles. Um processo de resgate legal também é de Ming Sheng e de seu pai, Ming Qiu Xin (Cao Wei Yu), que se aproximam quando o médico passa por uma situação caluniosa, e o filho consegue provar sua inocência, além de aceitar o relacionamento dele com a enfermeira, Fang Yan Qiu (Lu Xiao Lin)
A amizade de Qing Yu e Wang Mu Mu ( Wang Yi Di ), a melhor amiga de Ming Sheng, se solidifica com o tempo e por terem interesse em comum, inclusive o gato. A primeira apoia a amiga em relação a violência doméstica que esta sofre em casa por causa do pai, que acaba falecendo de câncer pouco tempo depois. As duas ainda se unem por causa da dança. A história é ótima, mas a passividade de Qing Yu me cansa. Mesmo sendo corajosa para desvendar o caso da irmã, ela cede tudo para a mãe. A trama podia abordar o empoderamento feminino com mais força, mas não foi isso o que aconteceu.
Moral da história, Bai Yu se suicidou, pois não aguentou a pressão da sociedade, pois a doença estava controlada. Muitas vezes, as pessoas não percebem que certas atitudes podem matar e causar dores profundas, as quais muitos não têm estrutura para lidar. O drama quer mostrar que abrir o coração para a verdade, e encarar os problemas de frente, podem ser o caminho para alcançar a paz. Lógico, não esquecendo de se tratar, principalmente, das doenças da alma, muito comuns no nosso século.
Gostei, mas nem tanto
Achei deprimente esse personagem da protagonista. Admiro ela ser filial, acho que é um dever de todos, que é a resposta do nosso amor a quem nos deu a vida, mas na minha opinião, Qing Yu é abnegada. Não tem desejos, nem objetivos e ambições, ela decide sua vida em nome desta responsabilidade com sua família, graças a Deus, que no final ela ajustou seu caminho profissional e seu amor com o que realmente queria. Até que enfim, mas demorou hein.
Na minha opinião, o verdadeiro herói da história, uma pessoa de sentimentos, que segue seu coração e luta pelo que quer: Ming Sheng. Depois de ajudar a resolver a mediação médica do pai, ele decide dar um fim na perseguição de Hei à família Qiao, se fazendo de vítima para poder finalmente o enquadrar. Lógico que o caso vai para justiça e o mafioso é preso e condenado, até pelo crime de expor a antiga namorada. Golpe de mestre.
Finalmente, a família de Qiao Qing Yu se livra das garras do clã do pai, após a morte do avô. A única reação admirável da mãe da prota foi a surra que ela deu na cunhada, mas ainda teve que ficar de cuidadora do sogro até a sua passagem, sofrendo humilhação atrás de humilhação. Só que achei muito pouco os castigos sofridos por essa família e pelo Hei. Muito legal a escolha da protagonista, que apesar de ter passado para o curso de finanças, começa a trabalhar de meio período em um centro de aconselhamento, e seguir a carreira de terapeuta. Sua família muda de cidade e vários pretendentes se declaram para a gata, mas seu coração já tem dono. Os momentos de romance entre nossos pombinhos foram poucos, mas uma coisa não se discute: Ming Sheng é o farol na vida de sua amada, e sempre, estava lá para ela, mesmo que silenciosamente.
Considerações finais
O reencontro do nosso casal foi maravilhoso até porque teve um beijo. Final feliz? Sim, e eu espero com uma nova temporada para dar a chance a esses pombinhos de vivenciarem esse sentimento. Para mim, muitas questões desse drama foram neglicenciadas como a questão da relevância da AIDS, do suicídio e outras mais. Acho que deveriam ter um olhar mais sensível e profundo para essas abordagens, tudo parecia muito corriqueiro. Mas o que não tem remédio, remediado está. Drama razoável, mas muito lento e superficial. Quem acompanhou? Deixe aqui sua opinião.
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