Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Já quero começar dizendo que não gostei deste drama. E, para muitas dorameiras chatas, não gostar significa não ter entendido a história – como se discordar fosse sinônimo de burrice, só que dito de forma mais educada. Mas eu defendo que todo mundo tem o direito de não gostar de algo! Para mim, a história se arrastou demais, entregando apenas migalhas de suspense.
Ficha Técnica
Drama: The wicth
Hangul: 마녀
Direção: Kim Tae-gyoon
Roteiro: Kang Pool
Protagonistas: Jin Young e Roh Jeong-eui
Gênero: Mistério/Fantasia
Duração: 10 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2025
Disponível: Telegram e Fansub
Sinopse
Lee Dong-jin é um analista de dados muito requisitado que usa suas aguçadas habilidades de percepção para conduzir pesquisas. No entanto, existe uma coisa que ele nunca conseguiu descobrir: por que coisas ruins parecem sempre acontecer com as pessoas ao redor de sua ex-colega de escola e antiga paixão, Park Mi-jeong?
Após as mortes estranhas do pai dela e de vários colegas de classe do sexo masculino, Mi-jeong passou a ser chamada de “bruxa” e se distanciou da sociedade por acreditar ser amaldiçoada.
Uma década depois, Dong-jin e Mi-jeong se reencontram, e agora Dong-jin está determinado a desvendar os mistérios por trás dessa “maldição” de uma vez por todas, mesmo colocando a própria vida em jogo para libertar Mi-jeong.
Protagonistas
Lee Dong-jin (Park Jin-young) é um analista de dados que atua em consultoria. Seu projeto atual consiste em estudar os limites de frustração dos clientes do cassino para mantê-los sempre voltando. No momento, ele está determinado a seguir Mi-jeong, na esperança de desvendar o mistério que a cerca.
Park Mi-jeong (Roh Jeong-eui) é conhecida como a “bruxa”, um apelido que carrega desde que os garotos que se apaixonavam por ela acabavam morrendo. Ela trabalha atualmente como tradutora, preferindo se manter isolada em seu quarto, tentando evitar que sua maldição atinja mais alguém.
Estatísticas e perseguições
Nos flashbacks da faculdade de Dong-jin, descobrimos que ele escolheu se formar em estatística na esperança de explicar racionalmente todas as mortes que cercam Mi-jeong. Ele chegou a escrever um relatório inteiro refutando a teoria da “bruxa”, mas seu professor apontou falhas em sua argumentação. Frustrado, Dong-jin abandonou seu emprego e se mudou para o bairro de Mi-jeong. O que parecia ser apenas curiosidade logo começou a se transformar em obsessão.
Determinando a desvendar o mistério, ele viaja para sua cidade natal e vasculha o galpão de armazenamento da escola em busca de registros antigos. Durante suas investigações, descobre um padrão: todas as vítimas dos acidentes estavam sentadas em um raio de 10 metros de Mi-jeong. Se alguém ficasse a essa distância, conversasse com ela mais de 10 frases, confessasse seus sentimentos e Mi-jeong soubesse seu nome, essa pessoa morreria.
Decidido a testar a hipótese, ele consegue um emprego como entregador e passa a deixar compras na casa de Mi-jeong. Assim, os dois finalmente ficam cara a cara pela primeira vez. No entanto, ao quebrar várias regras de uma vez, ele acaba se machucando. É então que descobre um detalhe crucial: se Mi-jeong também se apaixonar, a pessoa não morre.
Com isso em mente, Dong-jin decide levar sua missão até o fim e aposta tudo na última variável: o coração de Mi-jeong.
Antes de partir, ele deixa um USB para ela e um quebra-cabeça para seu amigo, o detetive Kim Joong-hyuk (Lim Jae-hyuk), contendo todas as informações sobre sua pesquisa e os esforços para libertar Mi-jeong da maldição. Joong-hyuk, então, vai até ela e revela tudo. No fim, ele coloca a decisão nas mãos de Mi-jeong: ela pode denunciá-lo por perseguição ou ir atrás dele.
Dong-jin parte para uma cidade austríaca e espera por sua resposta.
Um romance questionável: Quando a premissa não sustenta a história
Antes de começar a falar sobre minhas impressões, precisei organizar alguns pontos. O primeiro é que o próprio protagonista sabia que era um perseguidor, e até seu amigo detetive reconhecia isso. Romantizar essa dinâmica é estranho, mesmo considerando o contexto escolar. Eles apenas trocavam olhares, mas nunca tiveram uma interação direta.
Mi-Jeong sabia da existência dele, mas não tinha ideia de que ele a orbitava. Afinal, ela mesma nunca tentou entender essa “maldição”, apenas a aceitou e se isolou. Para mim, sua tristeza e sofrimento não foram suficientes para justificar essa passividade, tornando difícil sustentar a trama. “Ah, mas o dorama era para ser assim.” Sim, eu entendo, havia uma ótima premissa e um mistério que poderia ter sido melhor explorado, mas, no fim, não funcionou para mim.
E como eles poderiam ter tido contato? Simples: trocando bilhetes, por exemplo ou qualquer outra coisa. Ele até colocou um toldo para ela, então por que não enviar mensagens? Mas não, ela permaneceu com aquela expressão de “gato de botas”, apenas aceitando tudo, o que me irritou profundamente e ele como um perseguidor curioso pelo fenômeno.
Um quarteto promissor, mas mal aproveitado
Mi-Jeong e Dong-Jin tinham tudo para ser o casal do ano. Uma bruxa e um profissional de estatística? A combinação era inusitada e cheia de possibilidades.
Voltando ao ambiente escolar, vemos que Dong-jin tem um bom coração e é um grande amigo, algo evidente em sua relação com Joong-hyuk, que mais tarde se tornou detetive. No entanto, ele poderia ter sido muito mais explorado no enredo, trazendo mais ação em vez de tantas repetições de cenas.
O romance entre ele e Heo Eun-sil (Jang Hee-ryung) também merecia mais profundidade. Ela era a única amiga de Mi-jung, o que já era um alívio em meio a tantos momentos solitários. Esse quarteto tinha tudo para ser o melhor squad, mas o detetive demorou demais para aceitar seus sentimentos. Ele só tomou uma atitude depois que Dong-jin lhe enviou uma mensagem com um conselho direto: “Não saia de perto dela.”
Mesmo com seu jeito rude e solitário, ele poderia ter feito melhor. Faltou coragem para tornar essa história mais envolvente.
Considerações finais
Não posso negar que Dong-jin reuniu toda a sua coragem e colocou sua vida em risco, acreditando que Mi-jung acabaria se apaixonando por ele. Depois de ler todos aqueles relatórios, ela percebeu que ele havia sacrificado tudo para conquistá-la, abrindo mão de sua própria vida por um amor incerto.
Por outro lado, Mi-jung finalmente teve a chance de experimentar o que é amar e ser amada de verdade. Se não fosse por alguém tão obstinado como ele, quem mais arriscaria tanto por ela?
E, no meio disso tudo, o detetive também encontrou alguém especial para compartilhar a vida, mostrando que até os mais solitários podem ter um final feliz.
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