Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Aclamado como um dos melhores doramas de 2024 e com audiência altíssima, “The judge from hell” traz uma narrativa com personagens complexos, com camadas profundas de dilemas morais e conexões inesperadas. Cada um traz sua própria bagagem, e suas jornadas pessoais se entrelaçam, criando um ambiente denso e cheio de tensão emocional.
Ficha Técnica
Drama: The judge from hell
Hangul: 지옥에서 온 판사
Direção: Park Jin-pyo
Roteiro: Jo Yi-soo
Protagonistas: Park Shin-hye e Kim Jae-young
Gênero: Policial/Suspense/Ação/Fantasia
Duração: 14 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Disney +, Telegram e Fansub
Sinopse
“The judge from hell” gira em torno de Kang Bit-na, uma juíza aparentemente perfeita, com uma beleza estonteante e um currículo de elite. No entanto, há um segredo sombrio por trás de sua aparência impecável: ela é, na verdade, um demônio enviado do inferno, Justitia. Sua missão? Punir pessoas más que, apesar de serem responsáveis por tragédias e mortes, não demonstram remorso. A tarefa de Bit-na é levá-las ao inferno, onde elas pagarão por suas ações.
Mas tudo muda quando ela cruza o caminho de Han Da-on, um detetive de bom coração, com uma mente afiada e uma forte habilidade de observação. Embora tenha uma personalidade calorosa e gentil, Da-on carrega uma dor interior que poucos conhecem.
O encontro entre o detetive e a juíza-demônio promete transformar drasticamente suas vidas, ao mesmo tempo em que levanta questões sobre justiça, moralidade e redenção.
Fonte: Adaptado de https://www.cafecomkimchi.com.br/post/park-shin-hye-the-judge-from-hell-kdrama
Protagonista
Ao contrário de todas as heroínas românticas que desempenhou em sua carreira artística, Park Shin-hye se afasta desse estereótipo e traz uma Kang Bit-na ousada, sombria, debochada e manipuladora. Ela é uma juíza aparentemente perfeita, respeitada por sua beleza e carreira de sucesso.
No entanto, por trás dessa fachada, esconde-se um ser possuído por um demônio, Justitia, cuja verdadeira missão é eliminar aqueles que causam dor sem arrependimento. A personagem representa uma grande transformação na trajetória da atriz.
Han Da-on (Kim Jae-young) é um detetive do departamento de crimes violentos, conhecido por sua gentileza e por conseguir derreter até o coração de um demônio.
Contudo, ele também carrega uma profunda ferida emocional, que o liga de maneira inesperada a Kang Bit-na, criando uma tensão constante entre eles.
E não é que o demônio veio do inferno para tocar o terror na terra
O drama é uma proposta profunda de reflexão sobre o que é um demônio e por qual motivo os seres humanos o temem tanto. O enredo busca a redenção do mal e brinca com o conceito de que, na verdade, é o ser humano que tem o lado mais sombrio.
Pois bem, parece que o escritor e a roteirista deste drama concordam com esta visão da sociedade: o mais sanguinário, cruel e dissimulado dos demônios são os próprios seres humanos, que mentem e matam sem dó e ainda têm a cara de pau de falar em nome de Deus ou deuses.
Os diálogos entre a Juíza Kang Bit-na e os criminosos são impecáveis, fazendo com que o sarcasmo dela confirme a miserável soberba do ser humano, que acha que tem que pedir perdão a Deus pelas suas maldades e não para suas vítimas.
As histórias são muito bem elaboradas e entrelaçadas, fazendo com que você espere, ansiosamente, pelos próximos episódios e seus desfechos. Destaco a escalação do elenco de peso que conta com grandes nomes do cenário dos k-dramas, incluindo Kim In-kwon, Kim Ah-young, Lee Kyu-han, Lee Joong-ok, Lee Mi-do, Choi Dong-go, Han Sang-jin e Kim Hye-hwa.
De volta para os quintos dos infernos
Na verdade, para mim, o drama foi excelente, sem falhas. Mandaria de volta ao inferno os mesmos que Justitia mandou, pela quantidade de maldades e falta de noção de suas ações e posicionamentos.
Em uma recente entrevista, Park Shin-hye destaca como incorporou seu personagem:
“Normalmente, pensamos em vilões como pessoas que fazem mal a outros ou cometem crimes contra a sociedade. Kang Bit-na é mais como um demônio travesso, alguém que gosta de brincar com as situações e manipular os acontecimentos”.
Já o diretor Park Jin-pyo falou que a série vai além de um drama jurídico tradicional, focando na dor das vítimas e de suas famílias.
“Espero que os espectadores vejam a série como um drama de ação e fantasia, no qual o bem e o mal coexistem, e que encontrem um senso de catarse ao assistirem”.
Ué, o demônio virou humano e se apaixonou?
Han Da-on é quem faz o milagre acontecer. Com seu jeito, suas crenças e sua verdade vai mostrando para Kang Bit-na o que é, realmente, ser humano. A interação e o relacionamento com o policial faz Justitia rever todos os seus pontos de vista e ela acaba sendo punida por essa reviravolta. Mas, graças a Deus, sua penitência durou pouco e o casal consegue ficar junto, apesar de o mundo inteiro conspirar contra.
Fica evidente, no desenrolar da trama, que a ganância e ambição são, não só características do mal, mas estão enraizadas na alma de alguns humanos, que se perdem no meio do caminho de suas vidas. Arrependimento? Não! Essas pessoas, realmente, acreditam que suas ações são corretas, e o que importa é o que eles acreditam, e que tudo é possível para conseguir o que almejam. Sacada brilhante do roteirista.
Minha visão do inferno ficou mais colorida
O brilhantismo deste drama ficou ainda melhor com o desempenho de Park Shin-hye como Justitia/Kang Bit-na. A atriz se revelou uma camaleoa ao sair dos papéis de mocinha e abraçar de corpo e alma uma endemoniada de respeito. A maternidade fez com que a atriz amadurecesse e retornasse às telinhas com personagens mais desafiantes, como o também desempenhado em sua reestreia, em Doctor Slump (Médicos em colapso), um dos doramas mais assistidos em 2024 na Netflix.
A complexidade e motivações próprias dos personagens secundários abrilhantam a trama e ressaltam as várias vertentes da natureza humana, o que enriquece o enredo. Isso, sem contar com a fantástica trilha sonora, que é de arrepiar, e os efeitos especiais, que são de tirar o fôlego e acelerar a adrenalina. Tudo tão bom que estão até falando em segunda temporada, o que eu acho não ser necessário, pois a história está impecável.
“The judge from hell” foi comparada a “Black out”, que não só entretém os telespectadores, mas também explora temas profundos e relevantes. Eles exercem uma influência significativa na cultura pop, trazendo reflexões sobre a sociedade, justiça e moralidade.
Considerações finais
Contra fatos não há argumentos, então este drama sagrou-se um dos maiores e melhores do ano, não só em seu gênero, mas em uma análise global, seja em índices de audiência ou em popularidade. A equipe de produção da obra garantiu, na época do lançamento, que Park Shin-hye iria surpreender com uma atuação marcante, e acertou na mosca. A personagem atravessa uma verdadeira transformação, e a atriz já foi elogiada por sua habilidade em transmitir o lado sombrio e vulnerável de Kang Bit-na.
Para abrilhantar a trama, Sunmi, uma das cantoras mais populares da Coreia do Sul, lançou a música Crossroad para a trilha sonora. A música de Sunmi chega para elevar as emoções do k-drama. A cantora fez parte do grupo de k-pop Wonder Girls e construiu uma carreira solo de grande sucesso, conhecida por hits como Gashina e Tail.
Uma das curiosidades em relação ao drama é que Park Shin-hye escolheu o texto de uma roteirista iniciante, Jo Yi-soo, que ficou maravilhada com sua atitude:
“Não consigo expressar em palavras. Isso me motivou a me dedicar ainda mais ao roteiro para garantir que o drama não manchasse a reputação dela como atriz. Lembro-me de pensar que, por receber essa grande bênção, precisava viver minha vida de maneira ainda mais gentil.”
Em relação a Kim Jae-young, a roteirista comentou que o ator a impressionou profundamente no drama Reflection of you (Refletidas). Talvez por assistir avidamente à série, ela se sentiu especialmente envolvida com o personagem do ator. Ao saber que ele interpretaria Han Da-on, declarou:
“Agora que o elenco está perfeito, só falta fazer um bom trabalho”.
Leia também: https://koreanny.com/saiba-tudo-sobre-o-dorama-the-trunk/
Se você assistiu a “The judge from hell”, deixe sua opinião nos comentários.