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Resenha do dorama: My demon



Annyeong haseyo! 

Tudo bem com vocês?

E hoje vamos de resenha do tão aguardado e comentado “My Demon”. Eu esperava mais, pois o elenco estava muito bom, mas achei que o texto não foi bem escrito. Enfim, o drama tem uma fotografia muito bonita e teve bons momentos, apesar do enredo fraco. Uma pena não ter sido bem explorado pelos roteiristas e diretor, já que se trata do gênero fantasia, né?

O céu era o limite mas eles ficaram na terra mesmo, poderia ter sido mais lúdico, mas não rolou. Não acho que a culpa foi dos atores pelo drama não ter sido um mega sucesso e acho que só não flopou de vez por causa da presença da Kim You-jung e do Song Kang, pois as pessoas assistiam nem que fosse para criticá-los. E agora vou dizer a vocês as MINHAS considerações com relação a essa trama. Vamos lá?

 

 

Ficha Técnica

Drama: My Demon
Hangul: 마이데몬
Roteiro: Choi A-Il
Direção: Kim Jang-han
Protagonistas: Song Kang e Kim You-jung
Gênero: Fantasia/Romance/Comédia/Drama
Duração: 16 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2023
Disponível: Netflix, Telegram e Fansubs

 

Sinopse

Do Do-hee é a sucessora do Grupo Mirae. Ela tem uma personalidade arrogante, fria e não confia em ninguém. Por causa disso, ela é bem cética com relação ao amor. Ela se envolve com um demônio chamado Jeong Gu-won e com ele se casa, tudo isso para garantir a sua vida e a sua herança.

Jeong Gu-won é um demônio que pode viver eternamente por fazer negócios com seres humanos que suportam vidas infernais. Ele olha para esses humanos como seres insignificantes e inferiores, que são apenas meios de se manter vivo pela eternidade. Há mais de 200 anos é assim que ele vive, até que ele conhece a Do-hee e, por alguma razão, ele perde os seus poderes e se vê obrigado a casar com ela, para evitar sua própria extinção. Porém, o relacionamento deles se desenvolve romanticamente.

 

Fonte: Adaptado de https://asianwiki.com/My_Demon (com adaptações feita pela autora)

 

Protagonistas

 

Jeong Gu-won (Song Kang) é um demônio que há muito se esqueceu que já foi humano. Tem por eles um grande desprezo e apenas os enxerga como meios para a tingir o seu fim, que é se manter eternamente vivo, poderoso e jovem.

Apesar de se mostrar satisfeito com a sua existência, ele demonstra um vazio, quase um tédio com relação à vida. Vive como se estivesse no automático, fazendo o que precisa fazer pra manter o seu estilo de vida, sem grandes questionamentos.

 

 

Do Do-hee (Kim You-jung) é uma órfã adotada pela Presidente do Grupo Mirae que se torna a herdeira de tudo. Desde que entrou para essa família, ela aprendeu a sobreviver escondendo seus sentimentos, o que a tornou fria e cínica com relação às pessoas. Porém, tem profundo amor por sua mãe adotiva.

 

Desenvolvimento

 

Tudo começa com a história do nosso demônio sendo contada e nos mostrando que ele vem desde muito antes da atualidade, onde os demônios existiam entre os humanos e os protegiam como seus guardiões, mas, na verdade, o que esses seres míticos faziam mesmo era o bom e velho pacto, perdendo as almas dos desesperados em troca de pouco tempo de algum prazer mundano. E assim nosso demônio viveu sua existência feliz e contente até os dias atuais.

 

 

Nossa mocinha é retratada logo de cara como uma grande executiva, dona de sua própria marca na indústria de alimentos, que não possui tempo e nem disposição para romances, apesar de sua mãe adotiva a empurrar obstinadamente aos famigerados “encontro às cegas” para que nossa prota se case o quanto antes. E como toda boa moça que não quer casar, Do-hee sempre dá um jeito de não comparecer a esses encontros, só que dessa vez ela é obrigada a ir a um encontro específico e é quando ela conhece o nosso ex-borboleto, atual demônio.

 

 

Os dois acabam se conhecendo em um restaurante, mas não pelo mesmo motivo. O demônio está lá para comemorar mais um contrato concluído com sucesso e a mocinha para conhecer o seu encontro às cegas. Acontece uma confusão na informação que foi dada a ela e por isso ela acaba acreditando que o Demon é o seu date. Essa cena foi boa, já deu para perceber que o casal nos entregaria uma boa química, mas ela só passou vergonha mesmo, tadinha. E ele zero noção de sensibilidade.

 

 

Surge assim a primeira faísca de antipatia, que viraria amor no decorrer da história. Os dois prometem nunca mais se encontrar, mas como vamos perceber, a nossa heroína está sendo perseguida e sofre repetidas tentativas de assassinato. Durante mais uma dessas tentativas, em um momento de desespero, ela roga por ajuda e quem aparece para realizar o seu desejo? Sim, o nosso demônio!

 

 

Ele aparece para fazer um pacto com ela, mas alguma coisa não acontece bem e os poderes do nosso prota são transferidos para a nossa mocinha, através da tatuagem que antes estava no pulso do demônio. E é aí que a história começa.

Por causa dessa situação, Gu-won se torna um humano que só consegue ser demônio ao segurar o pulso da Do-hee. Sem os seus poderes, ele começa a lembrar de sua existência passada, de quando era humano, começa a despertar seus sentimentos e, também, descobre que sem a sua tatuagem, ele está fadado à extinção.

 

 

Do-hee reconhece que está correndo sério risco de vida quando e Gu-won a salva de ser queimada com ácido. É aí que a mocinha descobre a identidade demoníaca do prota e sugere que ele se torne seu guarda-costas, assim ela ficaria em segurança e ele teria acesso aos seus poderes. Em um primeiro momento, Gu-won se recusa a aceitar o acordo, mas acaba cedendo por perceber que esse é o único meio de ter seus poderes, mesmo que momentaneamente, até que ele descubra o que de fato aconteceu com eles.

 

 

Com o desenrolar da história, vamos percebendo que ninguém que está ao lado da nossa Do-hee é de fato confiável, nem mesmo a sua adorada “Toda Poderosa Madame Ju”, pelo contrário, ela sabe quem é o assassino dos pais da nossa prota e sabe que esse misterioso assassino está rondando o Grupo Mirae.

 

 

E falando na Madame Ju, essa personagem interpretada pela maravilhosa Kim Hae-sook, nos deixa muito cedo na trama; já no terceiro episódio ela é assassinada por alguém misterioso, que ainda não temos ideia de quem seja nem o motivo do assassinato.

Sua morte deixa a nossa mocinha desolada e sedenta por justiça, ainda mais quando ela percebe o quanto a Sra. Ju era odiada pelos próprios parentes; esse ódio é agravado quando os descendentes Ju descobrem, no funeral da Presidente do Grupo Mirae, que Do-hee tinha sido nomeada a sucessora de tudo, com a única condição de que ela se casasse dentro do prazo de um ano da morte da Toda Poderosa.

 

 

Para cumprir a condição, ainda durante o velório, Do-hee pede o nosso demônio em casamento na frente de todo mundo e é prontamente rejeitada. Que raiva dele nesse momento!!! rsrsr.

 

 

Enfim, depois de todo esse circo, os descendentes Ju começam a revelar suas personalidades e interesses; uma atenção especial ao neto e ao sobrinho da falecida, aparentemente dois embustes. A partir daí, o assassino se mostra cada vez mais e vamos entendendo que ele não está agindo sozinho, ele atua sob o comando do Executor, que pode ser qualquer um que convive com a Do-hee.

 

 

Nesse meio tempo, nosso demônio parece lembrar de sua vida humana. A falta da tatuagem e a perda dos poderes acabam humanizando-o, pelo menos um pouco. Vamos percebendo que mesmo que Gu-won acesse seus poderes por meio da Do-hee, eles estão ficando mais fracos.

 

 

Temos também uma gangue que está mais para “Os Trapalhões”, mas somos gratos ao alívio cômico que trazem às cenas. Essa trupe, em um primeiro momento, quer vingar a morte do antigo chefe deles, um contratante do demônio. Tanto que a famigerada cena do tango nos é proporcionada por eles.

 

 

Do-hee, depois de mais um desentendimento com Gu-won, pois o Dark Boy não percebe que fere o orgulho da mocinha a cada fora que dá nela, está no meio de uma elucidação sentimental quando percebe que foi deixada só, no meio da rua. E é justamente quando Gu-won se vê cercado pela gangue e, sem seus poderes, ele é ferido pelos bandidos, mas a mocinha aparece para salvar o seu guarda-costas e também nos é mostrado o assassino filmando tudo o que está rolando, ele desconfia do demônio.

 

 

Então, eles dançam um tango com direito a trocas de olhares. A cena é uma delícia, uma gostosura de se ver porque tem sensualidade, humor, mistério e beleza.

 

 

Depois dessa dança, Gu-won começa a se incomodar com o que sente por Do-hee; ele se preocupa por estar se apaixonando por uma mera humana. E aí eu começo a pensar que, talvez, a razão dele ter se tornado um demônio foi em decorrência de alguma desilusão, alguma dor de amor, porque quando ele se lembra de partes da sua vida, ele parece ser um jovem alegre, bom, romântico, e tem essa mulher misteriosa que parece significar muito para ele, mas que não nos é mostrada em um primeiro momento. E ele sempre fala de destino. Enfim, fica aquela interrogação. E, enquanto demônio, ele atribui à raça humana apenas fraqueza e maldade, talvez seja o trauma dele.

 

 

Se o demônio se martiriza porque está incomodado com a paixão, Do-hee também sente que ele está diferente, mais frio e distante, e decide ir atrás dele na Fundação Sunwol, a casa dele, para esclarecer as coisas. Antes de encontrar a razão do seu dilema, ela encontra primeiro o encosto chamado Estrela Jin, a dançarina de espada, que tem um crush no nosso menino das sombras.

 

 

Ela confronta a Do-hee, marcando o território que ela nunca possuiu. De qualquer maneira, Do-hee chega à sala do Gu-won e vislumbra um pouco do espaço dele, com todos aqueles relógios que são seus contratos, com os vários livros na prateleira e um em especial chama a sua atenção, “O Manual do Demônio”. Quando ela vai pegar o livro, Gu-won aparece bem na hora e evita que ela alcance o objeto.

 

 

Quando a gente sente que tá rolando um climinha entre os dois, aparece a empata clima Estrela Jin, que dá a entender que ela e o demônio são íntimos. Do-hee fica enciumada, Gu-won é grosso com ela e ela vai embora na certeza de que ele não sente nada por ela. Até esses dois engrenarem é uma lenga-lenga, confesso que já estava me cansando.

Gostaria de abrir um parêntese: ele está incrível mostrando o tanquinho dele, apelativo, talvez, mas nós amamos, até eu esqueci o livro, era isso, fecha o parêntese.

 

 

Como o drama não é apenas sobre amor, romance e amadurecimento sentimental, temos o assassino misterioso que vive em um teatro abandonado e que se disfarça para matar. Sabemos que ele não age sozinho, na verdade, ele cumpre ordens de um tal de Executor, que a cada cena me convencia mais de que era o primo, Seok-hoon, porque desde o início tinha birra dele, não sei, aquela cara de bonzinho, sempre esperava o bote dele. Mas, também, tinha desconfiança do Suk-min e do Do-gyeong, filho e neto da Madame Ju, respectivamente.

 

 

E aí a trama nos brinda com situações que nos fazem desconfiar ora de um, ora do outro, e tiveram momentos que eu achei que era um complô da família inteira. Afinal, a Família Ju é envolta em um passado bem misterioso. Teve o acidente que matou os pais da Do-hee e parecia que a Madame Ju estava envolvida, tanto que ela sempre se sentiu pecadora por algo que ainda não sabíamos o que era; tem o passado nebuloso do filho dela que inclusive já foi preso; tem o neto que é todo errado, se mutila, maltrata e mata, enfim, dá para desconfiar de todos eles.

 

 

Em meio a todo esse mistério, o assassino acaba suspeitando das habilidades do Gu-won. Ele percebe que todas as tentativas de acabar com a vida da Do-hee se frustravam quando ele estava por perto; por essa razão, ele começa a investigar o nosso demônio. Outro que também desconfia do Dark Boy é o primo, Seok-hoon.

Em uma das várias tentativas de acabar com a Do-hee, quando ela é pendurada na sacada da casa dela, o demônio vai salvá-la e não percebe que o assassino ainda estava lá e acaba também sendo empurrado por ele, mas como sabemos, eles se salvam porque Gu-won não é qualquer coisa, né?

 

 

Só que eles acabam abraçados nas escadas do prédio dela e quem vê essa cena é o primo, que estranha o fato deles estarem ali. Passado o susto, os três se encontram no apartamento da Do-hee, tentando entender o que aconteceu. Gu-won vê que ela não pode ficar sozinha, sem ele por perto ela corre sérios riscos, e, consequentemente, ele também. O primo diz que ela pode estar sendo perseguida por causa da herança, estar casada pode ser um escudo para ela. Nesta cena, ambos acabam a pedindo em casamento. Ela desposa o demônio por motivos óbvios.

 

 

Quando eles se casam, a gente acha que tudo vai ficar lindo e maravilhoso, né? Só que não. Eles se estranham, ficam constrangidos, os dois já se gostam, mas não dão o braço a torcer. Do-hee se casa para manter sua herança e segurança; Gu-won, os seus poderes. Só que nada sai como o esperado, já que ela continua sendo caçada pelo assassino e o demônio está cada vez mais fraco.

No dia seguinte ao casamento, Do-hee quer investigar quem é o assassino e acaba suspeitando do neto, Do-gyeong. Eles vão segui-lo para ver o que descobrem, mas acabam ficando em apuros por causa da falha dos poderes. Preciso falar que o Suk-min não engole o fato da herança não ser dele e continua atazanando a mocinha e mexendo os pauzinhos para manipular os acionistas e se tornar o Presidente Interino do Grupo Mirae, o que ele acaba conseguindo.

 

 

Voltando ao casal, quando eles estão sendo quase descobertos pelo neto, eles conseguem distraí-lo dando um beijão dentro da cabine de fotos. Tudo certo, se livram daquela situação, mas aparece uma moradora de rua bem estranha e enigmática, que diz coisas sobre o demônio, como se ela soubesse da verdadeira natureza dele. Ele estranha, mas segue o baile. Até porque ele tem problemas maiores do que ficar dando ouvidos a uma pessoa que não parece estar de posse de suas faculdades mentais, afinal, seus poderes falharam e isso não é bom.

 

 

A investigação de Seok-hoon em relação ao Gu-won segue a todo vapor, ao ponto dele perguntar ao nosso Anjo obscuro se ele é um vampiro kkkkk. Ele se sente ofendido! Vampiro não!!! Enfim, ele acaba contando ao Sr. Park sobre as desconfianças do primo da Do-hee e o secretário acha que isso não será bom para o seu chefe. Aliás, esse personagem, Sr. Park, é ótimo! Ele e a secretária Shin têm muita química juntos, já fiz meu casal.

No meio dessas desconfianças e investigações, o assassino acaba invadindo a Fundação Sunwol e encontra o livro que conta tudo sobre a existência e as fraquezas dos demônios – “O Manual do Demônio” – e o furta, além de colocar uma escuta no escritório do Gu-won. Nesse ponto da história temos algumas tensões como a Do-hee se tornar alvo de fake news, o que mancha sua imagem com a opinião pública e atrapalha sua eleição como presidente do Grupo Mirae. Sabemos que isso é obra de um dos herdeiros Ju.

 

 

Ela acaba sendo retida em um interrogatório totalmente infundado sob a morte da Madame Ju e logo percebemos que é apenas um subterfúgio para separar Gu-won dela, já que neste momento o assassino acaba esfaqueando o demônio no coração. É, meu amigos! Enquanto o demônio está morrendo, nossa mocinha se desespera para ajudá-lo, mas não consegue se livrar da polícia. Então, o questionável primo consegue levá-la até o hospital para salvar seu amado.

 

 

O que temos a seguir é uma Do-hee com medo de perder mais uma pessoa que ela ama. Ela entende que alguém dentro do Grupo Mirae quer acabar com ela por causa da herança e da presidência e, por causa disso, ela pede apoio a Seok-hoon e diz que irá renunciar ao seu espólio. Ela também diz isso aos descendentes Ju.

Quando Gu-Won se recupera, ele não concorda com as ações dela e diz para ela não renunciar a nada, não até descobrirem quem é o assassino que está atrás dela e do responsável pela morte da Madame Ju, que desistir de tudo agora não iria resolver nada. Ela assina a renúncia. E diz ao gato que não conseguiria viver bem se ele também morresse por causa dela, já que ela o ama.

 

 

E finalmente o romance acontece entre os dois, melhor fase! Mas como nem tudo são flores, enquanto os dois estão se acertando, Suk-min está tramando, ele não para!! Ele manipula os acionistas, tem a renúncia da Do-hee e é eleito o Presidente do Grupo.

 

 

Quando o Gu-won foi esfaqueado, ele conseguiu ver parte do rosto do assassino, e assim que ele se recupera dos ferimentos, depois de ter se acertado com a esposa, ele vai à delegacia. Lá, ele faz um retrato falado do autor da facada e a polícia consegue descobrir a identidade dele.

Ele já é um velho conhecido da polícia, já foi preso antes pelos mesmos crimes. Com essa descoberta, o Executor se encontra com o assassino e o mata, claramente, queima de arquivo. E nos é revelada a identidade desse mandante; trata-se de Noh Suk-min. Achei decepcionante, esperava mais. Muito óbvio, mas é o que temos. Foi ele quem matou a mãe e a mãe o conhecia muito bem. Os dois são pecadores e têm os seus próprios crimes, ou é nisso que o roteirista quer que acreditemos.

 

 

Enquanto Suk-Min está limpando a sua sujeira, nosso demônio está preocupado porque os seus poderes estão cada vez mais fracos, a ponto dos seus contratos estarem perdendo a validade. É quando ele se lembra da enigmática moradora de rua que encontrou algumas vezes e, em desespero, vai procurá-la, já que ela parece saber o que está acontecendo com ele. E qual não é a nossa surpresa, senhores, ela é nada mais nada menos que Deus. Eu amei!! Achei sensacional colocarem a figura da Divindade Suprema naquela senhora, porque ninguém imagina Deus naquela situação.

 

 

Enfim, o diálogo que se sucede é sensacional. A explicação que ela dá para tudo o que acontece na vida das pessoas e no mundo em que vivemos são frutos das nossas escolhas. E ela diz que ele está se tornando humano, por isso não tem mais os poderes e que a chave para o problema dele é a morte, dele ou da Do-hee! E tudo isso até a próxima lua cheia. Ele fica arrasado e já vamos nos ligando em qual será a escolha dele.

 

 

Até que o demônio decida o que fazer, vamos falar um pouquinho a respeito do núcleo familiar do Noh Suk-min. A esposa tem medo dele e desconfia muito das ações que ele pratica; seu filho é um problema também, porque ele é mau, tal pai, tal filho! Tanto que ele clonou o celular do pai e sabe de tudo o que ele fez. Babado!

 

 

Voltando ao nosso ser das trevas, ele passa um momento muito maravilhoso e fofo com a esposa, Do-Hee. E a gente já sabe que ele irá se sacrificar  por ela. Até que ela demonstra o tanto que o ama e o tanto que ele lhe é caro, na mesma medida que ela é para ele. Tendo essa consciência, ele volta a falar com Deus e diz que já fez a sua escolha e faz uma aposta com a Divindade: ele escolheu que os dois irão viver. A Divindade diz ser impossível mas ele irá provar que não.

Gu-won conta à Do-hee que já sabe como fazer os seus poderes voltarem para ele. Ele diz que, na noite da chegada da lua cheia, eles terão que repetir as mesmas ações, no mesmo lugar e na mesma hora do dia em que a tatuagem se transferiu para o pulso dela. Ela fica feliz com o fato de poderem resolver aquele problema e topa na hora.

 

 

Ela não sabe que o demônio esconde o fato de que se isso não funcionar ele escolheu morrer no lugar dela. Então, eles vão partir rumo a esse destino como se fossem curtir a lua de mel deles. Tudo é festa e flores até que a Estrela Jin encontra Do-hee e conta sobre os planos de Gu-Won, que ele tem a real possibilidade de morte, já que, se a tatuagem não se transferir, ele escolheu deixar a Do-hee viver. Do-hee fica arrasada, mas confia no gato dela.

 

 

Antes de chegarem ao destino deles, eles param em um posto de gasolina e enquanto ele está abastecendo o carro, Do-hee vai até a conveniência comprar um cartão para eles, os dois estão tristemente felizes e esperando que o plano dê certo. Enquanto isso, do lado de fora do posto, Do-gyeong, está a espreita para fazer mais uma maldade, mas, desta vez, a mando do pai dele.

O pai descobriu que foi clonado, torturou o filho com ferro em brasa e pediu que ele desse um jeito na situação e mostrasse seu valor a ele. Ele mostra esse valor jogando o carro em cima da Do-hee na loja de conveniência que explode tudo e deixa nosso demônio em desespero.

Nesta ocasião, chega o primo e a Estrela Jin que veem a explosão! A Estrela Jin fica feliz porque se a Do-hee morresse, o seu amado viveria, e é aí que o Seok-hoon percebe que foi usado por ela. Gu-won entra no fogo para salvar sua esposa e a Estrela Jin tenta impedi-lo, dizendo que se ele entrar lá ele morrerá e ele diz a ela que ele não existe sem a Do-hee. Chuuupa!! É assim que o primo se liga que o demônio verdadeiramente a ama a esposa.

 

 

Nesse momento, sai o demônio do fogaréu com a mocinha nos braços, ambos vivos e a tatuagem no pulso dele!! E é agora que a bagaça começa!! Ou foi isso que eu imaginei que aconteceria, né?

 

 

Porque o que acontece no próximo episódio é o quê? Isso mesmo mostram a vida feliz de recém-casados dos dois cheios de amor e alegria bem ao estilo comercial de margarina, tudo é lindo, tudo é maravilhoso!! O demônio todo serelepe porque recuperou os seus poderes até que chega o momento de fechar mais um contrato e ele dá uma “balançada”, ele já não é mais o mesmo sem coração do início. Ele sente certa compaixão por seu “clientes” e até realiza um desejo sem ter feito o pacto, só por empatia a um velhinho.

 

 

É aí que nós percebemos que ele está humano demais pra ser demônio. E como toda boa dorameira raiz já sabemos que quando um casal está feliz demais é o anúncio para uma tragédia e/ou tristeza para o parzinho, né? E quando a gente vê um demônio humanizado já dá aquela sensação de que logo sofreremos ou pelo menos é o que esperamos.

 

 

Aliás, eu esperei demais do dorama por isso me decepcionei com o desenrolar da trama. Eu esperava que o vilão fosse o primo, Seok-hoon, daria uma ótima reviravolta mas ele foi aquela água de salsicha até o fim.

Outro casal do dorama que ficou apagado foram a Sra. Shin e o Sr. Park e quando eles foram pegos no flagra pelo Gu-won e a Do-hee também poderia ter sido um ótimo gancho para dar mais movimento a história, maaas nada demais rolou e ficou uma bobeira de esconder o namoro de todos bem infantil, inclusive.

 

 

Ai, mesmo depois de ter recuperado os seus poderes Gu-won continuou se lembrando de sua vida humana o que gerou curiosidade nele ao ponto de ir em busca de Deus e perguntar porque aquilo ainda estava acontecendo.

A divindade revela a ele que ele quer continuar sendo humano e a gente vai acreditando que é isso que vai acontecer com ele no final, que ele voltará a ser humano e viverá agora o seu amor injustiçado daquela existência. Enquanto nosso casal está alegre e contente, o vilão da história está lá fazendo as maldades dele. O traste do Suk-min acaba descobrindo que o Gu-won recuperou os seus poderes e para que o vilão não seja descoberto ele induz ao casal principal e a polícia a acreditarem que quem foi o autor de todas as atrocidades que ele fez recaia sobre o seu filho, Do-gyeong.

 

 

Aliás, eu até tive compaixão pelo filho dele porque desde a infância ele sofreu abusos físicos e psicológicos por parte do pai, enquanto a mãe se mantinha omissa a tudo, ela também sofria abusos. Quando ele está na cadeia a mãe vai visitá-lo e dá uma raiva dela porque ela acaba culpando o filho também, sabe?

 

 

Ele surta e acaba se enforcando na cela. Depois disso a mãe sofre de remorsos e culpas o pai não exprime o menor sentimento, mas os psicopatas são assim mesmo, né? Precisou isso tudo acontecer na família dessa mulher para ela entender que se ela não fizer nada a próxima a sucumbir será a dita cuja! Ela me transmitia um misto de raiva, angústia, solidão e medo. Quantas mulheres e crianças não sofrem isso todos os dias, né? O sentimento de impotência impera! Acho que esse tema do abuso poderia ter sido melhor trabalhado na história, enfim.

 

 

Nesse mesmo arco de acontecimentos a Estrela Jin vai atrás da Do Do-Hee para se desculpar por tudo que ela fez ao casal, e, principalmente, à nossa mocinha. Essa cena foi boa, com ressalvas. Já que se resolveram de uma maneira muito rápida, muito rasa até porque não tivemos tanto contexto para o personagem da Estrela Jin, né? Ela foi mais uma que ficou perdida na trama. Tudo bem! Ela foi salva pelo demônio na infância mas não sabemos porque ele continuou sendo “amigo” dela e do Sr. Park, neam? Ele foi um antigo contrato dele há 200 anos atrás que foi para o inferno e quando reencarnou fez outro pacto com ele e do nada viraram amigos?! Será que foi no estilo da gangue que se curvou a ele? Não sei!

 

 

Essas histórias mal contadas não me agradam porque não enriquecem em nada na trama e ainda fica um monte de personagem sem função na história. Eu sei que um enredo não se faz apenas pelos protagonistas mas acho um desrespeito com os atores que ficaram sem papel, sem destino na trama. Um elenco desses, poxa! Poderia ter sido melhor aproveitado.

Continuando na história que nos foi apresentada, o Gu-won, finalmente, se lembra de toda a história da vida humana dele e então ele lembra do porquê dele ter se tornado um demônio. Pois bem, o gato, quando era humano pertencia uma classe abastada na sociedade, ele era um fanfarrão despreocupado até conhecer a sua amada que era uma cortesã, portanto, abaixo dele na escala social. Mas amor bom é amor sofrido (há quem acredite nisso) eles não podiam ficar juntos.

Ela mais realistas, ele um romântico sonhador e com essa fórmula eles se apaixonaram e viveram o amor deles até que o nosso romântico idealista descobre uma nova maneira de pensar através do cristianismo que igualava todos os seres humanos e dizia que ninguém era melhor do que ninguém, apenas Deus era superior e esse ser amava a todos igualmente. Belo, reconfortador e esperançoso ainda mais para um casal que sofria o preconceito das classes.

 

 

Não deu outra! Eles se converteram ao cristianismo e tinham que praticar a fé deles em segredo porque não era muito bem visto. Afinal, assim caminha a humanidade: o novo, o diferente assusta! Causa medo e medo gera violência. E foi o que aconteceu com eles, quando descobriram que havia cristão naquela aldeia o Estado quis acabar com uma possível crescente nesse sentido e juntamente com o clã do nosso mocinho acabaram fazendo a cortesã de bode expiatório e o apaixonado chega bem na hora da execução de sua amada. Naquele momento ele se revolta com tudo, com todos e principalmente com Deus!!

 

 

Ele mata a todos os presentes e se mata dizendo que se o céu é onde Deus está, então, ele não quererá ir para esse lugar. Pesado! Mas humano, gostei! E foi assim que ele se tornou um demônio e esquecendo a sua existência como humano. O símbolo da tatuagem dele é o mesmo do crucifixo que ele carrega no pescoço porque era o mesmo que ele deu a sua amada. O crucifixo era o símbolo do amor deles e que acabou sendo a perdição dos dois. Dele mais um pouco porque ele se transformou em um ser mítico. Uma bela simbologia, né? Afinal, Lúcifer também se revoltou contra Deus mesmo já tendo O amado tanto.

 

 

Depois que ele se lembra da sua vida ele acredita ter sido o responsável pela morte da Do-Hee naquela existência e se sente mal por isso. Ele conta a ela que se lembrou de tudo, do seu primeiro amor mas não diz a ela quem era esse amor, ela fica com ciúmes mas ele não dá maiores detalhes sobre a sua história. Ele vai em busca de Deus e a confronta! A divindade diz que esse é o destino deles, que irá se repetir por isso a tatuagem voltou para ele. Ele tem que pagar pelo que fez na outra vida, acho que o suicídio por blasfêmia mas não sei, porque, nesse momento da história já não aposto em mais nada só sigo o fluxo e espero que acabe logo. Passada a discussão com a “Chefe” dele Gu-won vai falar com Do-Hee e diz que sente medo de que ela sofra e seja infeliz por causa dele mas ela o tranquiliza e apoia e os dois embarcam juntos nesse amor.

 

 

E quando está tudo indo bem em um dorama de romance nós já estamos escoladas e sabemos que vem treta a seguir, tanto que já nos é mostrado a cena da morte dos pais da Do-Hee e nela temos os pais da moça, a Madame Ju e o Demônio!! E nos questionamos quem terá feito o pacto com ele? A mãe? O pai? A Madame Ju?

 

 

Enquanto isso Gu-Won acredita piamente que terá uma segunda chance com a Do-Hee nesta existência e que finalmente eles serão felizes. E aí é aquela chatice de romance arrastado rsrsr o primo e o demônio se tornam amigos, o primo, diz ao novo amigo que Do-Hee tem medo da felicidade porque todas vezes em que ela foi mais feliz uma tragédia se abatia nela, foi assim com a morte dos pais, com a Madame Ju e até mesmo com o Gu-Won afinal ele quase morreu por causa daquela facada. É, queridos! Puxado! Olhando por esse ângulo fica parecendo mesmo que a gata é mau agouro! Mas logo descobriremos que não é bem assim, que se trata apenas de uma perspectiva.

 

 

Vocês devem estar se perguntando “O que aconteceu com o Suk-Min?” Ou não, né? rsrsrs mas ele ainda está na trama fazendo as maldades sem sentido dele. Agora ele é dono e proprietário da presidência do Grupo Mirae como sempre quis, mas, quando se trata de gente gananciosa o céu jamais será o limite! Não basta ele estar destruindo a empresa da mãe dele com as péssimas decisões que tem. Não! Ele tem que ir além, ele quer o que é do outro, e, dessa vez, ele quer que todos membros da família Ju transfiram para ele as suas respectivas ações.

Kim Se-Ra, a esposa dele, enquanto está juntando provas contra ele acaba encontrando o livro “Manual do Demônio” e pega no flagra! E com isso ele acaba internando a esposa no hospital e a mantém afastada de tudo e todos e vigiada 24 horas, esse homem dá vontade da gente gastar o réu primário, viu? Aff….

Depois de tudo isso Suk-Min demite Seok-Hoon do seu cargo e ele vai tirar satisfações com vilão que mostra as suas reais intenções. Seok-Hoon conta tudo a Do-Hee sobre o estilo de gestão dele e ela decide ir ao encontro de Suk-Min e o enfrenta. Questiona como ele pode fazer um estilo de gerir totalmente contrário ao estilo ético, correto e social da Madame Ju.

Como ele sempre odiou a própria mãe, ele não suporta ver a admiração nos olhos de Do-Hee ao se referir à falecida presidente e faz destila seu veneno mas o que ele fala acaba fazendo com que Do-Hee entenda que o verdadeiro assassino é ele!! E ai ele decide hablar e habla mesmo e fala tudo e gata vai ficando com mais raiva e indignação, ele até diz que quem matou os pais delas foi a adorada Madame Ju dela e entrega uma gravação de 20 anos atrás que ele fez da última conversa que a mãe dele teve com o pai dela mas a gata não acredita no que ele diz. E ele tenta matá-la a asfixiando, ela tenta se defender mas ele é mais forte! E vai se formando um clima tenso, meus amigos!

 

 

Ao mesmo tempo que esse balaio tá rolando Gu-Won está no hospital em busca da Se-Ra pra ver se ela vai fazer algo contra o marido, se livrar dele e a pobi se a agarra a essa tábua de salvação e confessa todos os crimes do marido ao demônio!! Que ele matou a mãe, o filho e tentou matar a Do-Hee! E ele nem imagina que está quase matando a Do-Hee neste exato momento, mas, como Gu-Won não é qualquer coisa ele já chega dando voadora no embuste do Suk-Min que vai de encontro à parede e salva a gata.

 

 

Os três são teletransportados para o topo daquele prédio com o relógio de onde Gu-Won observa a cidade. E estar prestes a jogar o Suk-Min de lá de cima quando Do-Hee o impede e diz que ele não pode matar humanos, caso contrário, ele entrará em combustão. Ainda assim, Gu-Won titubeia e quer lançá-lo do precipício mas Suk-Min é mais rápido e se joga. Sumindo naquela imensidão e a gente acha, naquele momento, que ficamos livres do encosto, né? Eu não acreditei na morte dele porque foi fácil demais e ainda tinha muito dorama pra rolar, né?

 

 

Enquanto todo esse furdúncio tá rolando a esposa, Se-Ra, vai a delegacia e testemunha tudo o que sabe para a polícia e vai munida de provas mas ai todo mundo acha que o ranço morreu e ficam esperando o corpo aparecer e aí a gente já sabe que não vai aparecer nada porque ele ainda está vivo, afinal de contas esse dorama não entregou nenhum mistério instigante, sempre foi tudo muito óbvio. Agora, eu queria saber como é que esse ser cai de uma altura daquelas e sai ileso, gente, tudo bem que se trata de uma trama de fantasia mas vamos ter o mínimo de respeito com o telespectador. Essa foi demais até pra mim que tenho uma tendência a passar pano para os absurdo que o gênero nos fornece, eu fiquei até constrangida rsrs

Depois de todo esse rebuliço a Se-Ra devolve o livro para o seu dono, aliás, achei que esse livro teria um maior protagonismo no enredo, sério! Final do dorama e eu ainda acreditando e dando crédito para a pessoa que escreveu essa bomba! Eu não aprendo! Por mais que eu acreditasse que não geraria mais expectativas, vou lá e esperançosamente aguardo o nada que vem. Como a história ainda não acabou, vamos continuar com a saga.

 

 

Depois de ter ouvido a gravação que o Suk-Min lhe deu ela decide investigar as circunstâncias da morte dos pais dela e apesar de ficar com medo do que vai descobrir ela prefere saber e Gu-Won a consola, a apoia. Como ela não tem muito onde procurar informações, ela resolve ir em busca do padre amigo confidente da Madame Ju e quando ela se encontra com o Padre ele já estava a sua espera, entendemos que a Sra. Ju tinha confiado a ele a verdade de 20 anos atrás e que se ela não tivesse contado a Do-Hee pediu que seu confessor o fizesse.

 

 

E assim foi feito, ele contou que a Sra Ju se sentia responsável pela morte dos pais dela porque depois do desentendimento que estava na gravação, ela foi atrás dos pais para evitar que ele a denunciasse para a imprensa por algo que não era ético, durante a perseguição os dois carros se acidentaram.

 

 

A Sra Ju machucou a perna naquela ocasião, a mãe da Do-Hee morreu na hora e o pai foi levado pelo demônio. O que mais assustou a Sra. Ju foi ter visto o Diabo e foi quando ela se sentiu tão culpada e pecadora, ali, ela descobriu que o seu sócio fez o pacto com o demônio e que mesmo implorando para não deixar a filha só foi levado para o inferno.

 

 

O Demônio olhou nos olhos dela e lhe propôs um pacto que ela prontamente recusou, e, isso lhe trouxe o pavor que ela sentia e era por isso que ela vivia rezando. Ela sabia ser a responsável pela morte da mãe da Do-Hee. O pai dela já iria morrer de qualquer forma mas a menina não  ficaria sozinha se não fosse pelo desvario e ganância da Madame. Desde então ela mudou a sua conduta como empresária, e, no início, por culpa ela acolheu a Do-Hee só depois que virou amor.

 

 

Após saber de toda essa história, Do-Hee, não conta nada ao marido o que causa estranhamento nele. Ela acaba se desesperando sozinha e ele não sabe o que fazer para ajudá-la, por isso, Gu-Won vai falar com o padre. O religioso diz para que o demônio se afaste dela e conta tudo o que já falou para a Do-Hee. Nesse climinha gostoso de não ter mais como manter essa relação, eles decidem manter assim mesmo mas sem conversarem sobre o assunto apenas fingindo que nada aconteceu e tentando continuar de onde estavam, de quando eram felizes. Lógico que não tem como isso ir pra frente, né gente?!

 

 

E com a rotina, o dia a dia dos dois, principalmente, a forma de “trabalho” do Gu-Won acaba pesando demais para a Do-Hee que percebe que será que só amá-lo basta? Ser um demônio e conhecer a forma como ele se mantém vivo é chocante demais para agir com naturalidade. É demais para a Do-hee aguentar, ainda assim ela escolher passar por aquilo porque verdadeiramente o ama. Para Gu-Won saber que o pai dela foi um dos contratos dele é mais do que ele pode suportar. Ele quer fazê-la feliz e como isso será possível quando ele se sente o responsável por ter trazido para a vida dela a maior de suas dores? Com isso em mente ele tem um lindo dia com ela e ao final daquele encontro ele diz que a liberta dele, para que ela se salve do inferno e assim possa ser feliz. Aí ele some do mapa! Deixa o crucifixo pra trás e vai dar espaço para a gata esquecê-lo. O que não vai rolar, né?

 

 

E é sempre assim, né gente? Um lado da relação, para que o outro não sofra, acaba escolhendo o que acha ser melhor, e, sempre sem nenhum diálogo. Tem como isso dar certo? Claro que não! Porque os dois sofrem! E a Do-Hee vai sofrer muito sozinha e se afogar nos jobs e Gu-Won cuida dela a distância. Ela sente a presença dele mas nunca o vê e segue mesmo assim. Quando a gente nem se lembra mais do vilão, voltam com aquele “mistério” do corpo que não apareceu. Esse episódio me cansou. Achei arrastado, enrolado e tive a sensação de que não tinham mais história suficiente para os dois últimos episódios e ficaram enchendo linguiça com o sofrimento dos dois e o desaparecimento do vilão.

 

 

Para dar uma agitada no episódio o Sr. Park entrega para a sofrida Do-Hee o crucifixo do Gu-Won. Quando ela está em casa sozinha ela coloca o cordão no pescoço e acaba sonhando com a vida passada dela, dos dois. Agora ela terá a lembrança dela do passado.

 

 

Ela lembra que foi uma cortesã injustiçada e tinha a intenção de se matar. Quem a salvou do ato de desespero foi o Gu-Won mesmo sem saber que a impediu, ele fez isso quando se encantou por ela! E continuou evitando a morte dela cada vez que ia atrás da moça, de maneira inusitada, querendo vê-la mas fazendo tudo parecer que foi obra do acaso. Sempre que achava estar só para continua com o seu intento, lá aparecia o playboy com sua conversinha até que ela não resistiu e se encantou por ele também. O resto já sabemos. A novidade é que ela nunca o culpou pela morte dela, pelo contrário, ela era grata porque ele a salvou da morte. E ela finalmente descobriu que ela foi o primeiro amor dele.

 

 

Depois dessa revelação ela decide ir atrás do gato dela mas é sequestrada pelo tranqueira do Suk-Min chocando um total de zero pessoas! Ele não conseguiu ser rastreado pelo demônio porque queimou o próprio rosto para não ser reconhecido. Tá, ele precisou se desfigurar porque cair de um arranha-céu daquele porte não deixou nenhuma cicatriz nele rsrsrs… vamos acreditar porque já tá acabando mesmo, né?

Ele quer se vingar dos dois: da Do-Hee e do Gu-Won. E porquê? Porque estava no roteiro já que razão ele não possuía, né? Ele disse que os dois acabaram com a vida dele e blá blá blá aquele discurso de gente que não tem razão e quer colocar a culpa das besteiras que fez nos outros, tipo o Hommer Simpson “A culpa é minha e eu coloco em quem eu quiser”. Ele dá uma torturada nela para que o Gu-Won venha em seu socorro mas a moça diz que os dois se separaram e ele não está mais com ela e não faz ideia de onde ele esteja, o bandido não acredita. Quando ela está sofrendo nas mãos do traste o salvador aparece e fica pistola com o bandidinho e é impedido de o matar porque Do-Hee o impede, caso contrário ele desapareceria.

 

 

Como vaso ruim não quebra! Esse vilão é meio Highlander, né? Não morre nunca! Cai um concreto nele e ele ainda sai todo serelepe e forte, nem a visão fica turva!! Ele tem mais poder que o Gu-Won!! Pode isso, Arnaldo? De qualquer maneira o cara consegue atirar no casal e para evitar que o seu Dark Boy seja atingido, Do-Hee o protege e acaba sendo atingida!

 

 

E aí eu fiquei sem entender, sabe? Porque ele desapareceu? Só para copiar o Goblin? Quem foi atingida foi a humana, certo? Porque que ela não deixou ele receber a bala? Ele se regenerava! Ai ela leva o tiro e ele não pode curá-la? Ele não poderia trazê-la à vida mas não tem nada dizendo sobre cicatrizar. Um furo do roteiro, talvez? O que é mais um entre tantos, não é mesmo? Acho que eles queriam deixar a cena triste mesmo bem ao estilo do Goblin mas aqui não teve função nenhuma.

 

 

Precisamos falar mais um pouco do ser Suk-Min. Ele caiu de uma altura impossível, um bloco de concreto cai nele, ele apanhou, levou poderes sobrenaturais e ainda ficou vivo!! Tanto que ele foi preso e estava feliz porque tinha conseguido destruir a felicidade do casal, ele soube que o Gu-Won desapareceu e a Do-Hee ficou em estado de choque.

 

 

Não apenas isso mas a moça passou a sofrer muito com a ausência do marido. Ela perdeu o rumo na vida por causa da angústia, solidão e desespero depois que o amor dela desapareceu do planeta. Os amigos são só preocupação pelo estado de saúde mental da moça, medo dela tentar a morte mas isso ela não fará porque o amor dela deu a vida pela para que ela continuasse vivendo. E ela vai se arrastando na rotina dela e Deus só observando tamanha dor.

 

 

Um belo dia, no dia do Natal, ela vai lá naquele lugar onde os poderes dele se transferiram para ela e em desespero roga por um pacto com ele e do nada ele tá de volta!! Sérioooo eu não sei o que dizer. Que volta mais sem clímax, mas voltou! E eles ficam felizes e o demônio vai falar com Deus que diz que ouviu o pedido de natal da Do-Hee e esse era o presente da divindade. Ai os dois seres míticos fizeram as pazes e irão trabalhar juntos pela humanidade, cada um na sua competência.

 

 

Éééééé, queriiiiidas! Ele voltou demônio mesmo! Não sei se assim como eu, você, também, aventou a possibilidade dele restabelecer a sua condição humana. Pois é! Não rolou! Logo, mais uma referência a Goblin. O cara vai continuar um ser mágico casado com uma humana que vai morrer antes dele; ele continuará esperando as reencarnações dela enquanto vai sempre passar pela dor da morte. Não sei se foi um final feliz mesmo. Vamos colocá-lo no agridoce. Porque ele continuará sendo punido pelo ato de 200 anos atrás.

 

 

Enquanto os pombinhos estão vivendo o comercial de margarina deles, Do-Hee, pede que Gu-Won conte o porquê o pai fez um pacto com ele. Ele diz que foi para salvar a filha, já que no dia que ela ia nascer a mãe sofreu um acidente e não tinha ninguém para socorrê-la. Mãe e filha morreriam e foi quando o desespero do pai atraiu o demônio que concordou em salvá-las em troca da alma dele. Logo, não foi um trato por dinheiro, poder ou fama, foi um pacto de amor. Eles se perdoam e se aceitam e ela agradece por mais uma vez Gu-Won a salvar. Tudo lindo, tudo maravilhoso, se não fosse pelo absurdo do contexto.

 

 

Primeiro, na Coreia do Sul, um hospital ia mandar uma mulher grávida acidentada com parto acelerado ir andando procurar outro hospital?! kkkkkkkk gente, na boa? Não dá! Segundo, o cara levou seu pai pro inferno e você o agradece porque ele salvou a sua vida mais uma vez?! Amada? Mais uma vez: quem escreveu esse roteiro não estava muito bem das ideias. Olha…..enfim.

Seguindo nessa trama sem noção, vamos comentar brevemente sobre o final dos outros personagens. Do-Hee vai à prisão visitar Suk-Min e tripudia sobre ele dizendo que está muito feliz com o marido. O vilão fica pistola e ainda quer matar a mocinha mas é assombrado pelo fantasma da mãe e dá uma enlouquecida. Se-Ra relembra do seu filho, Do-Gyeong, e de como ele era um bom menino até que o pai o destruiu mentalmente. Ele queria se proteger e proteger à mãe dos abusos do pai e lembrando de tudo isso chora amargamente e como forma de se redimir decide abrir um Centro de Proteção para as crianças que sofrem abusos.

 

 

A Estrela Jin que tinha decido ir embora da Coreia para recomeçar sua vida longe de tudo acaba desistindo do plano quando salva uma garotinha na mesma situação que ela passou na infância, ela pôde ser o anjo de alguém assim como Gu-Won foi o dela. O final dela foi bonitinho já que ela encontrou a sua redenção mas poderiam ter melhor aproveitado esse personagem na trama.

 

 

E assim seguiu a vida deles, Gu-Won se tornou um demônio mais humanizado, mais sensato já que nem todos os humanos eram ruim, alguns deles faziam os pactos por desespero, por algo mais nobre que prazeres terrenos. Com isso, antes de expirar um contrato ele investiga a pessoa para ver se ela merece mesmo ir para o inferno. Isso eu achei legal.

 

 

E a Presidência do Grupo Mirae tão disputada e fonte de todo o imbróglio ficou para o sobrinho da Madame Ju, Seok-Hoon, já que ele realmente era honesto, ético e gentil. Sempre foi uma boa pessoa! Tinha potencial para um grande vilão mas quis o roteirista deixá-lo sem função nenhuma no enredo. Pelo menos ele ganhou fama, poder, fortuna sem precisar fazer pacto com ninguém. E foi isso!

 

Consideração final

 

A impressão que eu tive é que a pessoa que resolveu fazer esse roteiro pensou “Tive uma ótima ideia” mas na hora de colocar no papel não conseguiu. Acabou perdendo o ritmo, a criatividade e uma ótima oportunidade de ter feito um doramão. O famoso meme da “Expectativa x Realidade”. Nossa! Um elenco tão bom e tão subaproveitado. Porque aqueles três do escritório não tiveram função nenhuma!! A irmã do Su-Min foi outra, coitada! Eu vou dar 3 estrelas para esse dorama por causa do elenco, porque a história foi fraca demais!!!

Ah! E não acho justo quererem colocar no colo dos atores o flop desse enredo. Os atores são contadores de histórias, eles apenas contam o que foi escrito por outra pessoa. Eles constroem os personagens em cima do que foi dado a eles, logo, têm um limite de criação. Eu acho que esse elenco tirou leite de pedra, fizeram o que dava com o que tinham.

 

 

Sobre o Song Kang eu o acho mega talentoso, belíssimo e com um grande potencial e futuro promissor, mas, a construção do personagem dele para esse drama ficou aquém das habilidades dele. Eu senti uma dificuldade nele nesse papel, achei que ele não conseguiu encontrar um equilíbrio, teve momentos em que ele era meio bobo, em outros muito sério sem passar tanta credibilidade, e em outros eu achei que o que era pra ser cômico saiu mais como uma tragédia.

Sobre a Kim You-Jung ela é outra atriz que tem talento de sobra, bem como beleza. Também não curti essa personagem dela, achei fraca, sem conteúdo. Parece que não foi tão bem trabalhada. É por isso que eu acho que o texto influenciou tanto na construção dos personagens de todos os atores. A Do-Hee tinha tudo pra ser uma mega heroína mas ficou apagada na trama, inexpressiva, sem atitude. No início, tinha aquela aura fria e distante mas não desenvolveu as características da personagem. E faço crítica a todos os personagens. É por essa razão que acho que foi uma falha no texto. Porque, quando um ou dois do elenco não conseguem se sair bem, a culpa pode estar nessa pessoa, mas quando todo o elenco passou pela mesma falta de profundidade, a culpa é do roteiro.

Acho que o elenco não teve muito material no qual trabalhar. Mesmo a atriz maravilhosa que fez Deus caiu no limbo da repetição porque não tinha muito o que fazer. E, por tudo o que já escrevi ao longo desse texto eu acho sim que a culpa foi do roteiro, do enredo que não existia.

Porque não diminuíram o número de episódio? A minutagem por episódio também poderia ter sido mais enxuta, mais coesa. Posso elogiar a fotografia desse dorama que foi belíssima, também sou toda elogios aos figurinistas, o elenco mega talentoso e caríssimo foi subaproveitado e acabaram com essa vergonha no currículo. Nem tudo são flores na vida, né? Mas não recomendo esse dorama pra ninguém e muito menos para quem ainda está iniciando nessa vida de dorameira. E é aqui que eu me despeço de vocês, divirtam-se!

 

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