Annyeong haseyo!😊
Tudo bem com vocês?
Devo admitir que essa é a primeira vez que tenho medo de escrever uma resenha, It’s okay to not be okay não foi brincadeira! Foi tão intenso que me faltam palavras. Porém, há muita coisa que eu quero falar (tô perdida).
Ficha Técnica
Drama: It’s okay not be okay
Hangul: 사이코지만 괜찮아
Roteiro: Jo Yong
Direção: Park Shin-woo
Protagonistas: Seo Ye-jin, Kim Soo-hyun e Oh Jung-se
Gênero: Drama
Duração: 16 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2020
Disponível: Netflix
Sinopse
Moon Gang-tae é um cuidador da ala psiquiátrica de um hospital. Ele é responsável por cuidar de seu irmão, Moon Sang-tae, que possui transtorno do espectro do autismo. Quando a mãe deles morreu, eles precisaram fugir para não serem separados e sempre que chega a primavera, eles precisam mudar de cidade por causa das borboletas, pois Sang-tae tem pavor delas. Um dia, eles conhecem Ko Moon-young, uma escritora de livros infantis com uma personalidade excêntrica e um comportamento antissocial. Ela tem sérios problemas emocionais, nunca recebeu amor e, consequentemente, não sabe amar. Ela fica obcecada por Gang-tae e passa a persegui-lo.
Suas investidas conseguem fazer com que eles se aproximem e depois de se conhecerem, eles começam a curar as feridas emocionais um do outro.
O passado dos três está entrelaçado e quando tudo é resolvido, eles conseguem, enfim, a liberdade para serem felizes.
“Não assuma que é anormal.
É estranho, não aponte o dedo.
Não deixe isso sair do seu humor.
Eles são um pouco peculiares, então eles são terrivelmente solitários.
Querido, dê um caloroso consolo.”
Sem dinheiro, sem pais, sem esperança! Tudo o que ele tem é um irmão com espectro autista. Uma mulher estranha, como a bruxa de um conto de fadas, aparece em sua vida novamente.
A rainha da literatura infantil, que empunha uma caneta em vez de uma espada para governar e manipular tudo e todos à sua volta. Além disso, ela, que não pôde conhecer os sentimentos do amor devido à sua deficiência congênita, está presa a um homem que rejeita o amor como ‘destino’. Os respingos de sangue que começaram assim e o inicio de uma guerra interna! Será que seu conto de fadas cruel, sangrento, mas bonito, pode chegar a um final feliz? Um caloroso drama humano de cura, que preenche a privação uns dos outros calorosamente!
Segundo as estatísticas, 80% dos nossos cidadãos sofrem de psicose e 20% deles necessitam de medicamentos. Quem pode distinguir entre normal e anormal nesta época? O isolamento e o confinamento são a única resposta para aqueles que não falam e não entendem?
“Deus fez do homem um ser solitário.
É por isso que o instinto humano é encontrar algo que preencha sua solidão.
Afinal, as respostas a todos os questionamentos feitos durante o drama estão nas próprias pessoas.
As pessoas são feridas por causa de sua aparência exterior, mas são curadas por seu calor”
Este drama também quer ser a cura e espero que você seja consolado como os protagonistas, que estão cheios de escassez de sentimentos e cicatrizes e são curados e crescem com o calor uns dos outros.
Let’a go!
Ko Moon-young (Seo Ye-ji) é uma jovem escritora de livros infantis, incapaz de sair de seu casulo.
Acostumada a ter tudo o que quer, na hora que quer, com seu temperamento nada simpático, faz as pessoas andarem pisando em ovos a todo momento.
Em sua alma há uma grande ferida aberta por seus pais, a falta de paternidade fez ela não ter limites, seu melhor lado é entender o sentimento dos outros e, mesmo sendo um pouco autoritária, ela se doa! Ela aprende a conviver com as pessoas, ela aprende a amar, ela aprende a viver com pessoas. E sente o que é ser amada e cuidada.
A evolução dessa personagem é triste, mas cômica, trazendo suas irritações para o lado do humor.
Dona de si mesma, empresária e muito decidida, enfrenta seus desejos de frente, não liga para rótulos, se ela quer, ela tem!
Perder uma oportunidade? Óbvio que não! Ela prefere ouvir um “não” a passar vontade.
Ela quebrou tabus em situações nas quais a mulher é fraca e precisa esperar atitudes do homem para satisfazer seus desejos! Isso não existe mais no século 21, mulher pode, sim, emonstrar desejos.
Ela tem uma tara maluca por objetos afiados e brilhantes, uma compulsão por ter, mesmo que tenha que roubar! Ela faz acontecer, ela faz o mundo girar à sua volta.
Seu momento de fraqueza absoluta, o momento em que ela já sabia o que era amar, ela sabia o que era ter alguém ao seu lado, ela construiu uma família. Agora ela tinha o que perder, agora ela precisava sair do casulo. Ela não precisa mais de máscaras.
Ela só era alguém que precisava de um abrigo.
Moon Sang-tae (Oh Jung-se), o personagem mais incrível que já vi, é um homem com espectro autista.
Ele cresceu ouvindo de sua mãe que seu irmão mais novo nasceu para cuidar dele, assistiu ao sofrimento do irmão e ouviu muitas coisas pesadas.
Ele é uma pessoa fechada, teimoso, pronto para uma briga, que precisa se abrir para o mundo. Ele assistiu à morte de sua mãe, o que o levou a ter medo de borboletas.
Seu relacionamento com o irmão passa de uma obrigação para um sentimento mútuo.
Após uma briga entre eles, Sang-tae é obrigado a mudar, sim, pois sem essa briga ele não ia enxergar o irmão mais novo, o crescimento dele foi incrível e emocionante.
Seu primeiro amadurecimento foi quando ele pagou uma refeição ao irmão mais novo e lhe deu uma mesada, ali ele assumiu o papel de irmão mais velho e assumiu o seu lugar de direito. Ser responsável por alguém e não só ser cuidado como um ser frágil.
Só aquele que sente a mesma dor é capaz de nos ajudar. Aqui foi um exemplo de que onde há dor há cura! Sang-tae não mediu esforços para ajudar um amigo.
A cura foi mútua, os dois precisavam passar por uma porta, cada um no seu tempo entendeu que construir algo novo em cima do que foi velho e triste pode trazer uma sabedoria que não seria alcançada de outra maneira.
Sang-tae agora sente-se livre para cortar o cordão que o mantinha preso, ele podia seguir seu sonho, ser quem ele quisesse ser, sem precisar estar com alguém medindo seus passos.
Ele sabia que era capaz, ele matou seus demônios e construiu uma família e mais, ele protegeu sua família.
Moon Gang-tae (Kim Soo-hyun) precisou crescer muito rápido! Sua vida foi cuidar do seu irmão a qualquer custo, sem nunca criar raízes em um lugar, foi triste demais ver o sofrimento dele. Eu ouso falar que ele foi o que mais sofreu, porque ele precisou lidar com a dor de todos, sem poder mostrar a sua própria dor!
Sério gente, essa cena foi pesada demais! Ele estava vivendo essa dor desde o primeiro episódio, sendo obrigado a matar seus sonhos, a se esconder para o benefício de outras pessoas.
Pois é anjinho, eu entendo sua carinha, foi um trabalhão cuidar desses dois!
Emocionante, talvez! Incrível, talvez! Eu ainda não achei a palavra certa para definir esse sentimento, esse alívio de “finalmente tudo deu certo”, Gang-tae lutou até o final, sobreviveu a situações que muitas pessoas, talvez, não suportariam.
Leia também: https://koreanny.com/resenha-its-okay-to-not-be-okay-parte-2/
É isso, amigas! Quem aqui amou este drama, escreve nos comentários.