Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
“Face me” traz dois talentos que muito admiro: o protagonista Lee Min-ki, que merecia mais destaque no mercado, e o Lee Yi-kyung, que vai de um vilão psicopata neste drama à um príncipe maravilhoso em Marry you, que estão sendo exibidos simultaneamente. Uma grata surpresa para quem gosta de thriller de mistério e suspense, envolvendo o ambiente médico.
Ficha Técnica
Drama: Face Me
Hangul: 룩앳미
Direção: Ahn Sang-hoon
Roteiro: Hwang Ye-jin
Protagonistas: Lee Min-ki e Han Ji-hyun
Gênero: Mistério/Suspense/Thriller
Duração: 12 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Viki,Telegram e Fansub
Sinopse
Cha Jung-woo é um excelente cirurgião plástico com uma aparência atraente e habilidades de elite. Ele tem experiência em cirurgia plástica e medicina de emergência. Ao ver a lesão de um paciente, ele consegue visualizar rapidamente as circunstâncias do acidente e o método de tratamento necessário. Ele também é frio com os pacientes e geralmente não se conecta emocionalmente com eles, mas muda gradualmente quando conhece a detetive Lee Min-hyung.
Quando ela conhece Cha Jung-woo, que de repente se oferece para apoiar vítimas de crimes, se aproxima dele e começa a entender o que ele nunca revelou a ninguém, uma ferida profunda em sua mente, que se instalou depois do assassinato da noiva.
Outras pessoas ao redor de Cha Jung-woo são o cirurgião plástico Han Woo-jin, que é seu amigo, e o cirurgião plástico Kim Seok-hoon, que é seu mentor.
Fonte: Adaptado de https://asianwiki.com/Face_Me
Protagonistas
Cha Jung-woo (Lee Min-ki) é um médico de emergência que, após o assassinato da noiva e ter sofrido um grave acidente com a perda de memória, decide se dedicar à cirurgia plástica. Introspectivo e recatado, vive atormentado pelo que aconteceu no seu passado.
Lee Min-hyung (Han Ji-hyun) é uma detetive que trabalha no departamento de crimes violentos. Ela é destemida, confiante e empática com as vítimas, e também é apaixonada por capturar criminosos.
Quem vê cara, não vê coração
Sem muita propaganda, “Face me” surpreende pelo roteiro bem amarrado e recheado de suspense, que te prende do início ao fim. A história se aprofunda na relação de dois amigos, que viviam como irmãos, mas um deles escondia uma inveja mortal de tudo que o outro fazia e possuía, a ponto de querer destruí-lo a qualquer preço. Muito normal nas relações de hoje em dia, cujas pessoas não tratam do interior e do bem estar emocional.
Também conta a história de um viciado em drogas que estava no lugar errado e na hora errada, e que acabou preso injustamente, fazendo a vida da mãe e da irmã detetive um inferno, além da narrativa dos casos de várias vítimas de crimes violentos, principalmente mulheres e adolescentes. Um alerta para a humanidade. Todos baseados em casos verídicos.
Assisti sem criar grandes expectativas, mas me surpreendi, pois não enrolação tem. Drama top, que nos faz refletir e pensar sobre como existe uma linha tênue entre nossas emoções e comportamentos. Muito bom! Basta dizer que terapia não faz mal a ninguém, e é altamente recomendável.
Abafa o caso…
Todo bom drama tem uma mãe ruim, que até tenta ser boa e justificar seus atos em nome dos sentimentos maternos. E este não é diferente. A professora Yoon Hye-jin (Ha-young) prefere mandar o filho para longe e mantê-lo na escuridão total sobre o seu caso, do que apoiá-lo e ser honesta com ele. Chega ao ponto de subornar o chefe de polícia para manter o irmão da prota enjaulado, garantindo que o assassino da nora que ela odiava, pagasse o pato.
Mas também foi a única coisa que me deixou azeda, o resto foi puro mel.
O médico não era o monstro
A química de trabalho e confiança entre os protagonistas acabou levando a relação para outro rumo. O médico percorreu um longo caminho, mas depois de recuperar a memória e descobrir que preferiu apagar da mente que o assassino psicopata era o melhor amigo, que até o final queria levar ele à destruição, curou suas feridas, se desculpou com quem devia, se acertou com a mãe e seguiu em frente com a vida.
Já nossa detetive teve que encarar que estava errada em relação ao irmão, enfrentou o chefe corrupto, conseguiu desvendar todos os casos, e acabou sendo promovida no trabalho. No final, é que o romance vai estar no ar. Nossos pombinhos começam a descobrir que estão atraídos um pelo outro, e o clima esquenta. Plausível, somente um ar de romance, porque estamos falando de um thriller.
Rapte-me camaleão
Eu gosto muito do Lee Min-ki, desde de suas atuações em “Because this is my first life”, “The beauty inside”, “My liberation notes” e “What’s wrong with Secretary Kim. Não vi ainda “Behind your touch”. Acho ele um ator versátil, que muda completamente de um personagem para o outro, dificultando até que o reconheçamos. Um verdadeiro camaleão na aparência e na interpretação.
Já Han Ji-hyun começou como modelo no ensino médio e estourou como atriz na odisseia da série “The penthouse”, muito aclamada pela crítica e pelos dorameiros de plantão. A atriz também se mostrou muito eclética com os papéis mais diversos que aceitou em sua carreira. Boa combinação!
Já abordei por aqui a excelência do Lee Yi-kyung, que apesar de ser um chaebol coreano, filho do CEO da LG Innotek, veio se destacando em todos os dramas que participou, por seus personagens complexos e sua pesquisa para compô-los. Com uma vasta filmografia, iniciou sua carreira em 2011 em papéis secundários, mas rapidamente ganhou destaque. Um ator de primeira, e já não um amador.
Considerações finais
Apesar de sua transmissão em um streaming de grande amplitude, “Face me” foi pouco divulgado e sem muito apelo comercial. Sua audiência, segundo a Nielsen Korea, se manteve estável durante sua exibição, com uma média em torno de 3,1%. Nada mal para os dramas exibidos às quartas e quintas. Merecia mais destaque, pois foi um dos melhores thrillers do ano. Imperdível para quem gosta do gênero.
Nada de mi mi mi, foi tudo profundo e intenso o tempo todo, mil reviravoltas bem orquestradas e assuntos muito profundos, que perpassam por nossa atualidade a serem abordados e discutidos. Uma verdadeira lição de vida. Quem ainda não deu o play, não sabe o que está perdendo.
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