Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Hoje irei divagar sobre uma história interessante e cheia de superação, ambientada na indústria do entretenimento: “Namib”.
Ficha Técnica
Drama: Namib
Hangul: 나미브
Roteiro: Eom Sung-min
Direção: Han Sang-jae e Kang Min-gu
Protagonistas: Go Hyun-jung, Ryeoun, Yoon Sang-hyun e Lee Jin-woo
Gênero: Drama
Duração: 12 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Fansubs, Telegram e Viki
Sinopse
Fonte: Adaptado de https://filmow.com/namib-t371100/ficha-tecnica/
Protagonistas
Kang Su-hyeon (Ko Hyun-jung) é uma produtora musical destituída de seu cargo de CEO por algumas questões escusas; é uma mulher forte, determinada e cheia de questões e traumas pessoais para serem organizados enquanto busca encontrar o artista que será o cara!
Yoo Jin-woo (Ryeo Un) é um trainee extremamente problemático, cheios de traumas e questões com rejeição; apesar do grande talento não possui autoconfiança e faz de tudo para ficar em um nível mediano, até encontrar a produtora certa – Kang Su-hyeon.
Nem tudo são flores nas carreiras de sucesso
Logo de cara somos presenteados com a canalhice de pessoas próximas! Este dorama foi bem interessante, sabe? Com uma história profunda e ao mesmo tempo otimista. Trata-se de uma CEO mulher mega empoderada e provedora do lar enquanto o marido faz as vezes de cuidador da casa e família. Esta mulher incrível, Kang Su-hyeon trabalha no polêmico mundo do entretenimento coreano.
A história é de certa forma bem corajosa, sabe? Porque traz á tona questões sensíveis desse ramo. Eles mexeram em um vespeiro, mas o fizeram de maneira cândida, eu diria. Os dois personagens principais – a CEO e o Trainee – são as duas faces da mesma moeda, são produtos desse meio. Ambos traumatizados, machucados e em busca de um ideal.
Apesar do mega talento do garoto e da super competência da empresária, nada disso bastou para mantê-los seguros e confiantes em suas posições porque há sempre quem queira puxar o tapete de quem está indo bem. E logo no começo vamos percebendo o tanto que o dinheiro realmente manda no mundo, afinal bastou alguém com dinheiro, sentimento de vingança e um sonho para destruir toda a carreira da Su-hyeon.
Uma crítica à forma como houve essa tomada de poder é que foi ridícula a justificativa e bem pouco crível, mas entendi que tinham que tirar a Queen do trono para que ela pudesse florescer em outro lugar e recomeçar dos degraus iniciais.
O mundo tóxico do entretenimento
Eu sempre fico muito impactada quando este tema vem à luz nos doramas. É impressionante o tanto que este tipo de obra serve de alerta e crítica às condições físicas e psicológicas que as crianças se tornam trainees, internos de agências nas quais eles devem morar e praticamente romper com a família.
Uma trajetória que dura anos e sem ter a certeza de que vai dar certo. E aí, quando o negócio não vinga, essas crianças que não sabem fazer mais nada a não ser treinar para serem celebridades, são descartados como se nada fossem. É muita crueldade!
Há vários personagens retratando as diferentes situações em que esses trainees são colocados. Temos o jovem rapaz que após anos de treino não consegue debutar e se torna um gangster ressentido com a CEO; tem a garota rica que sonha em ser famosa, mas sofre com o nepotismo; tem a outra que é morta porque teve que ceder às pressões da própria indústria.
Tem ainda os endinheirados que despejam fortunas nessas agências em troca de crimes sexuais; temos também a questão das drogas e o incansável trabalho das agências em encobrir os “deslizes” de suas estrelas e não porque se preocupam com eles, mas por valerem muito dinheiro para elas.
Também vemos quando artistas menos influentes e no início da carreira podem ser maltratados por essas mesmas agências e o tanto que esses jovens sofrem todo tipo de transtornos de personalidade como ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, enfim, um esgoto a céu aberto.
E tudo isso fomentado e mantido pela opinião pública, que acaba também ditando as regras desse jogo tão sórdido e perigoso.
Mas há luz no fim do túnel
Com tudo isso não existe nada de bom nesta história? Claro que não! Pelo contrário! Acho que tudo o que eu falei foram pontos positivos, inclusive. Porque, apesar de não ser escrachado, esta história nos chama aos problemas das pessoas que acabam se vendendo para terem uma carreira de sucesso, um meio de vida dentro de uma sociedade tão competitiva.
Outra coisa legal na trama é como os personagens, todos eles, vão se desenvolvendo e evoluindo. Vamos humanizando as pessoas que acabam sofrendo muito para alcançarem um sonho, e o mais importante é quem eles vão se tornando no processo.
Uma mãe ressentida e extremamente culpada por se sentir responsável pela deficiência que provocou no filho; um jovem talentoso que nunca sentiu o amor dos pais que sempre o viram como uma fonte de renda e que o abandonaram na tal agência e só voltaram a se interessar pelo garoto quando ele alcançou notoriedade.
E aqui temos um cara com sérios problemas de autoestima, extremamente carente e com uma grande necessidade de atenção, de ser amado, de ser querido.
Ele acaba sofrendo de fortes crises de ansiedade e sofre com automutilação, e quando encontra a CEO que vê nele potencial, mal acredita que seja real; demora um pouco para confiar nela e quando o faz nasce uma relação muito bonita entre eles, uma relação de confiança e entrega. É uma história sobre a construção da autoestima embasada nas escolhas que fazemos na vida.
Considerações finais
Apesar de ter sentido bastante a dor e angústia do Jin-woo, eu achei libertador ele ter alcançado o sucesso, mas o mais importante foi ele ter encontrado o seu lugar no mundo. Ele encontrou uma família que o acolheu realmente, curou suas feridas passadas e pode seguir em frente com a sua trajetória.
Aqui me pegou muito! Porque a gente sempre acha que a vida de alguém que está no topo é perfeita, né? E quem vê close, não vê perrengue! Todo mundo que está em algum lugar tem a sua história de dor para contar, não é mesmo? E isso ficou ressoando em mim.
A CEO também teve a epifania dela. Conseguiu ser perdoada e o mais importante foi ela ter se perdoado e ido em busca de seu caminho, da sua verdade. Achei que foi uma bela história, cheia de lições, emoções e ao mesmo tempo não foi pesada demais.
Vale muito a pena ser assistido.
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