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Saiba tudo sobre “Unmasked”



Annyeong haseyo! 

Tudo bem com vocês?

Com um elenco talentoso, uma trama cheia de mistérios e um enredo repleto de tensão, “Unmasked” traz um roteiro com uma energia vibrante que mistura o sombrio com o intrigante em casos jurídicos descuidados pelas autoridades.  A Disney+ entrega um dorama que equilibra mistério, ação e crítica social de maneira cativante.

 

 

Ficha Técnica

Drama: Unmasked
Hangul: 트리거
Direção: Yoo Sun-dong
Roteiro: Kim Ki-ryang
Protagonistas: Kim Hye-soo, Jung Sun-iI e Joo Jong-hyuk
Gênero:  Comédia/Mistério/Suspense/Thriller/Policial
Duração: 12 episódios
País: Coréia do Sul
Lançamento: 2025
Disponível: Disney +, Telegram e Fansub

 

Sinopse

A trama acompanha Oh So-ryong, a chefe determinada do programa investigativo Trigger/Gatilho, que assume casos ignorados pelas autoridades, Han Do, um recém-chegado à equipe com um passado misterioso e Kang Ki-ho, o mais jovem diretor de produção da equipe, que não conseguiu, ainda, ser efetivado.

Ambientada na moderna Seul, a série segue os repórteres de um programa de reportagem investigativa que, após a transmissão de uma matéria polêmica, têm suas carreiras ameaçadas. Para salvar seus empregos, a equipe precisa descobrir a identidade de um informante que está vazando informações sobre eles e, ao mesmo tempo, resolver um caso arquivado há 20 anos: o desaparecimento misterioso de um famoso ator em ascensão.

 

Fonte: Adaptado de https://disneyplusbrasil.com.br/jornalistas-em-crise-e-um-caso-arquivado-no-k-drama-unmasked/

 

Protagonistas

 

Oh So-ryong (Kim Hye-soo) é a líder destemida da equipe de jornalismo investigativo Trigger. Determinada e implacável, ela é conhecida por sua habilidade em resolver casos que desafiam até mesmo as autoridades policiais. Sua experiência em perseguir vilões e desenterrar verdades ocultas torna sua personagem fundamental na trama. Um de seus objetivos é descobrir o porquê do suicídio da mãe e quem são os culpados.

 

 

Han Do (Jung Sun-iI) é o diretor de produção da equipe Trigger, um individualista com uma mente afiada e habilidades investigativas, que esconde seu passado de discórdias com o pai, um policial já falecido.

 

 

Kang Ki-ho (Joo Jong-hyuk) é um jovem ambicioso diretor de produção da equipe Trigger, que admira a chefe, mas que faz de tudo para ser efetivado, inclusive, passar por cima do que acredita.

 

De arrepiar os cabelos

 

Com a trama central voltada para investigação do desaparecimento de um ator famoso, cuja carreira estava em ascensão, Unmasked traz, paralelamente, histórias muito interessantes para serem desvendadas. Os dois primeiros episódios apresentam casos impactantes: o culto Haven of Trust e o mistério do assassino de gatos, quando entra em cena um ator mirim que vem se destacando em várias produções, Moo Woo-jin, na pele desse psicopata para lá de doido e narcisista. Ambos são tratados com profundidade suficiente para nos instigar, especialmente pelo uso de reviravoltas que desafiam expectativas.

A história de Yumi também nos faz refletir sobre violência x poder. Ela é filha de um famoso promotor, que além de agredir a esposa, violenta sexualmente a filha, há anos. Inconformada com essa situação, ela castra o pai, o que o deixa em coma, e a Promotoria arma para lhe dar pena máxima em sua condenação.

Há, também, a questão do Sr. Koo Hyeong-tae (Shin Jung-keun), CEO da emissora KNS, que se corrompeu para chegar ao poder e, com isso, teve que fechar os olhos e encobrir o caso do ator desaparecido, pois envolvia uma das famílias mais poderosas da Coreia do Sul.

Outros casos aparecerem no decorrer da trama abordando falta de ética, perseguições, impunidade, acusações, armações, enquadramento e tráfico humano sexual infantil, surpreendendo pela criatividade e engendramento. Amei a engenhosidade do roteirista, juntando todas essas narrativas ligadas à trama central, com muita sutileza, inclusive a morte do pai de Han Do. Extremamente perspicaz.  Roteiro nota 10.

 

O que era ruim, não podia ficar pior

 

Não consegui pensar em nada de negativo neste drama, a não ser que não é uma história para quem gosta e espera romance, e não suporta situações violentas. A narrativa é cruel, a maldade e a ganância são desnudadas, do princípio ao fim.  Apesar de pequenas falhas no tom humorístico, que na minha opinião foi adotado para quebrar um pouco a densidade da trama, a série compensa com personagens complexos e bem constituídos.

Uma coisa muito ruim foi o caso do Deputado milionário e CEO do Grupo Hanju, Cho Jin-man (Choi Dae-hoon), um pedófilo de carteirinha, que seguiu os passos do pai e da irmã em termos de maldade, e fez um cemitério clandestino no açude de suas terras para desovar aquelas crianças que ele drogou e estuprou. Foi de embrulhar o estômago, mas um alerta para uma situação que existe e que, muitas vezes, é encoberta pelo dinheiro e poder.

 

Não vale tudo

 

Gostei muito da evolução da história, que mesmo diante de todas as dificuldades e perseguições, inclusive do chefe da emissora KNS, mostrou a equipe investigativa seguindo firme até o final, ao ponto de conseguir desvendar todas as tramas. As histórias pessoais de cada personagem, que causavam trauma e insegurança neles,  também conseguem ser sanadas. Vale lembrar que nem sempre vale tudo para se conseguir o que se deseja. O papel da mulher na sociedade, altamente questionado, mas valorizado ao ponto de mostrar que não se deve ceder às pressões, mesmo encurraladas por aqueles que têm poder. No final, foram lavadas todas as roupas sujas e quem era culpado, foi punido, exceto a assassina do ator, a filha do dono do Grupo Hanju, Cho Hae-won (Cha Ja-hyun), que pegou sua parte da herança e fugiu do país, depois de forjar sua morte, mostrando que a impunidade, também, é uma realidade.

Surge uma faísca de atração entre Oh So-ryong e Han Do, mas acredito que o romance vai ficar para uma segunda temporada, pois ficou uma expectativa no ar. O Dr. Trigger/Gatilho, que era na verdade Han Do, acabou por vazar a foto nua e sensual da chefe, tudo para questionar o seu verdadeiro caráter e, também, seu possível adultério. Ela sabe que quem tirou a foto foi o namorado traidor, o também jornalista, Hwang Ji-u (Heo Joon-seok), e o colocou para correr. Além disso, ele se demite da KNS, acusado de ter vazado o post, e de ser infiel. O bom é que ela consegue dar a volta por cima e mudar a opinião pública, sem negar os fatos, pois afinal eram, em parte, verdade.

 

Luz, câmera, ação

 

Na minha opinião, a fotografia é um destaque à parte, capturando a tensão e a claustrofobia das investigações, evidenciando uma cinematografia impressionante. A trilha sonora, embora eficiente, poderia ser mais ousada para amplificar o impacto de algumas cenas cruciais. Mas o destaque está em contar com um elenco de peso, escolhido a dedo, que faz todo o diferencial nas histórias. Uma coisa que me chamou a atenção foi a produção, que vai além de um simples thriller investigativo, abordando também questões sobre o impacto da mídia na sociedade e as pressões enfrentadas por aqueles que buscam expor a verdade, independentemente das consequências.

Durante uma coletiva de imprensa em Seul, a atriz Kim Hye-soo ressaltou o tom único da série, que equilibra temas profundos, como questões sociais e crimes, com uma abordagem surpreendentemente leve e divertida, o que eu discordo.

 

“Isso imediatamente chamou minha atenção; à medida que me aprofundei no roteiro, fui atraída pelo equilíbrio entre inteligência e humor, combinado com a sinceridade de como a narrativa era transmitida”, ela disse.

 

Kim Hye-soo, conhecida por papéis intensos, afirmou que para dar vida ao seu personagem em Unmasked se inspirou em repórteres reais, até mesmo consultando profissionais da área e utilizando seus trajes típicos para garantir autenticidade ao seu papel.

A química entre os protagonistas também é um ponto forte da trama. O enredo não se arrasta, tem agilidade e emoção no ponto certo. A maneira como a história se desenvolve e como o roteirista constrói a expectativa para a semana seguinte é genial. Muito assertivo, no que diz respeito ao gênero.

 

Considerações finais

 

A conclusão é que o drama entregou mais do que prometeu. O roteiro se manteve fiel à narrativa da história, sem passar panos quentes nos fatos, mas deixando brechas para você refletir e deduzir sobre as questões abordadas. No início, o papel de Kim Hye-soo é comparado com o de seu personagem na série Hiena, de 2020, que foi super elogiado. Mas, no decorrer da história, nos deparamos com uma atuação aprimorada, diferenciada e tão forte como a produção anterior, mas, inegavelmente, totalmente diferente e complexa, um show dessa atriz polivalente.

Este é um bom programa para quem aprecia um thriller psicológico. Agora apostamos em uma segunda temporada para dar um desfecho às questões que ficaram em aberto e ao engate do romance dos protagonistas, que deixou um gostinho de quero mais. Será que vai rolar? Esperamos que sim. Se você já viu, comenta aqui o que achou.

 

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Se você assistiu a “Unmasked”, deixe sua opinião nos comentários.

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