Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Se você se opõe à maneira como a sociedade trata uma criança ou adolescente vítima de abuso e à negligência das autoridades em relação a essa questão, sugiro que evite assistir a este filme. Ele é baseado em eventos reais, retratando a história de uma jovem vitimada pela indiferença de uma sociedade egocêntrica.
Ficha Técnica
Filme: A girl named Ann
Japonês: あんのこと
Roteiro: Irie Yu
Direção: Irie Yu
Protagonistas: Kawai Yuumi
Gênero: Drama/Psicológico/Suicídio
Duração: 99 minutos
País: Japão
Lançamento: 2024
Disponível: Telegram
Sinopse
Este filme é um drama humano inspirado por um artigo publicado em um jornal em junho de 2020, que descreve a vida heroica de uma garota. Ann nasceu e foi criada por uma família disfuncional. Ela foi abusada por sua própria família e tornou-se viciada em drogas. Ela encontra esperança ao conhecer pessoas de coração generoso, como um detetive e um jornalista de revistas. Ela é tocada por sua bondade incondicional. Ann lentamente abre sua mente para eles, mas, assim que ela vislumbra esperança em sua vida, a realidade fria e brutal de sua existência a atinge novamente.
Fonte: Adaptado de https://mydramalist.com/760183-an-no-koto
Protagonista
Ann (Kawai Yuumi) é uma jovem abusada por sua família que se torna dependente de drogas, descobre um vislumbre de esperança para mudar sua vida; no entanto, o destino pode ser extremamente cruel.
Uma fagulha de esperança
É angustiante conhecer a jovem Ann, vítima de sua mãe alcoólatra que a forçou a se prostituir aos 12 anos. Adentramos a imensa dor de sua existência, sem amigos e sem uma família que a ame e cuide. Todos ao seu redor a negligenciam. Até que ela conhece um policial e um repórter que iniciam projetos para transformar sua vida.
Como telespectadores, acreditamos que será uma narrativa de superação; podemos até vislumbrar a esperança nos olhos da jovem Ann. A conquista de deixar a casa de sua mãe e fugir para um lugar onde há esperança, retomar os estudos e até conseguir um emprego, porém, com o início da pandemia, todas as suas conquistas começam a desmoronar.
Um abismo de escuridão
Ann registra em seu diário todas as suas conquistas, incluindo o número de dias que ela está livre da metanfetamina. No entanto, com a pandemia impedindo-a de trabalhar e participar de suas aulas noturnas, ela enfrenta um novo desafio. A jovem descobre que o policial que uma vez a ajudou foi preso por uso de drogas e agressão. Em quem ela vai agora olhar para cima e confiar? A transformação drástica da personagem e do ambiente que ela habita é evidente – uma vez vibrante com a luz do sol, agora um ambiente hostil, sombrio e sórdido. “Acredite: é só ladeira abaixo…”
Um sinal de esperança ou prenúncio de obscuridade?
Dentro de sua residência, Ann recebe a visita da vizinha, que deixa seu filho aos cuidados dela e parte apressadamente, informando que precisará que Ann cuide da criança por uma semana. Sem muita experiência com crianças, a jovem começa a explorar um novo universo e decide zelar pelo bem-estar do pequeno. Até mesmo aprende a cozinhar, pois a criança possui alergias.
Contudo, mais uma vez a mãe de Ann intervém e abala seu equilíbrio psicológico, forçando a jovem a trabalhar e entregando a criança para adoção sem seu consentimento. Como é possível que nenhuma autoridade intervenha contra essa mãe que, além de abusiva, submeteu sua própria filha à prostituição?
Ann desiste de tudo, além de queimar seu diário e apelar uma última vez para a maldita droga! Agora, a janela de sua casa, que antes refletia a luz do sol, reflete sua tristeza quando ela pula para fora, cometendo suicídio.
Nunca mais irei assistir a este filme, ele me deixou profundamente perturbada
É uma atrocidade que todos os adultos da história tenham explorado essa jovem! A progenitora alcoólatra, o agente da lei que tenta encobrir sua corrupção e até mesmo a inércia das autoridades. O fato de ser uma história verídica, narrada por meio de seu diário – o único vestígio que restou após ser consumido pelo fogo – provocou em mim uma profunda repulsa.
Considerações finais
Ann, uma jovem que ansiava por amor, foi atormentada e rejeitada. Eu acreditava que o Japão estabelecesse um padrão exemplar para políticas públicas eficazes; no entanto, a história revela o desserviço e a falta de empatia exibidos por cada figura de autoridade. Saber que sua história foi recontada através de uma página queimada apenas aumenta a sensação de indignação.
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