Annyeong haseyo! 
Tudo bem com vocês?
Hoje vou falar sobre uma história gostosinha e despretensiosa sobre recuperar a juventude e poder viver o que não se viveu. Um sonho, né? Será? Vamos divagar sobre “Who is she”, que foi baseado em um filme homônimo. Vem comigo!
Ficha Técnica
Drama: Who is she
Hangul: 수상한 그녀
Roteiro: Heo Seung-min
Direção: Park Young-soon
Protagonistas: Kim Hae-sook, Jung Ji-so, Jung Jin-young e Chae Won-bin
Gênero: Drama/Mistério/Fantasia/Comédia
Duração: 12 episódios
País: Coreia do Sul
Lançamento: 2024
Disponível: Fansubs, Telegram, Viki e Netflix
Sinopse
Fonte: Adaptado de https://filmow.com/who-is-she-t315176/ficha-tecnica/
Protagonistas
Oh Mal-Soon (Kim Hae-sook)/Oh Doo-ri (Jung Ji-so) são a mesma mulher em corpos diferentes, uma loucura! Uma dona aspirante à cantora na juventude, que acabou se tornando uma mãe solo e dona de um pequeno restaurante, mas que sempre ficou amargurada por sua chance de sucesso ter sido tirada de suas mãos pelas mãos de uma “amiga”.
Daniel Han (Jin Young) é um ex-membro de um grupo popular que se torna CEO da agência de sua mãe. Durante sua busca por novos talentos acaba descobrindo uma misteriosa mulher que canta muito bem e possui talento, nesse processo os dois acabam se apaixonando, mas há um mistério em volta de sua amada.
Por que tudo começa com um absurdo?
Só para contextualizar vocês, trata-se da história de uma senhora, na casa dos 70, que tem o seu núcleo familiar composto pela filha, o genro e a neta. Além de ser ativa na comunidade local e fazer parte do clubinho da melhor idade da sua região, ela é dona de um pequeno restaurante de sopa.
Aí você pode pensar que ela está mega feliz vivendo a sua vida dessa maneira, né? Mas não está! A Sra. Mal-Soon é uma senhora rabugenta, rsrsrs, que vive tendo atritos com a sua única filha, a Ban Ji-suk, que também vive de cara amarrada e mal-humor. Depois de brigar feio, as duas acabam se separando por causa de uma magia, rsrsrs.
Sim, meus caros, a Sra. Mal-Soon, de maneira misteriosa, acaba recuperando a juventude de outrora, a gatona volta a ter a aparência e a saúde dos 20 e poucos anos! Um sonho, eu diria. E é nesse absurdo bem ao estilo “Deus me livre, mas quem me dera!” que a gente vai refletindo durante toda a história.
Deus me livre, mas quem me dera…
Ah, gentem! Eu queria voltar a ter 20 anos, mas com a experiência de hoje! E a Sra. Mal-Soon consegue essa façanha que a gente tanto anseia, rsrsrsr. E aí fiquei divagando na história dela e entendendo todos os arrependimentos, as frustrações e os medos, porque quando você readquire sua juventude ela não te traz as coisas materiais que você conquistou, né?
Isso também te leva aos amigos que tinha, sua família, seu trabalho, sua segurança e até o seu estilo de vida. Afinal, não é fácil ter que se readaptar à nova realidade, à nova linguagem e a estabelecer novas relações. Tudo bem que construir novas pontes é totalmente possível e viável, mas, nesse caso, não é agregador já que ela tem que deixar o convívio com os seus.
Eu ia pensando sobre isso conforme a história ia avançando, sabe? E ia me perguntando do porquê daquela volta, mas fui deixando o enredo me consumir e viver aquele sonho juntamente com a nossa protagonista, que me mostrou o mundo encantado e nostálgico do “Trot Coreano”, o estilo que era o auge em seu tempo de juventude e o ritmo que ela sabia cantar.
Ééééé, queridas! Ela até voltou a ser “xóvem”, mas sua alma ainda era a de uma senhorinha, rsrsrs. E foi mais uma coisa que ela precisou aprender a se adaptar: se ela quisesse fazer sucesso naquele corpinho, ela teria quer ser uma kpopper dos pés à cabeça. E não foi apenas o estilo musical que ela teve que se acostumar, mas ela também pôde se enamorar e eu achei isso lindo demais, porque ela se enamorou e foi correspondida por um jovem da atualidade.
Nem tudo são flores, meus amores
Ter a chance te recuperar a juventude trouxe também velhas mágoas e ranços, trouxe a chance de reconciliação com o seu passado, proporcionou um recomeço entre mãe e filha. Aliás, achei muito simbólico e poético a forma como esta história trouxe um assunto tão delicado: perder sua mãe. Porque essa foi a lição.
De uma forma lúdica, essa mulher preparou todo o terreno para a ausência que ela daria à família e ao grande amigo. Depois de ter sido diagnosticada com demência, ela acabou sendo agraciada com uma nova oportunidade e, já que ela iria esquecer todo mundo, em razão de sua doença, lhe foi permitido uma chance de viver como ela sempre quis.
Realizar o antigo sonho de ser cantora e famosa, viver um amor e ser correspondida e ainda deixar a filha livre para também ser feliz nas próprias escolhas e caminhos mesmo depois da maturidade. Logo, a família dela também ganhou uma oportunidade de viver uma nova realidade, todo mundo se curou, se perdoou e se permitiu ir atrás de seus próprios sonhos, sem ressentimentos e mágoas. Achei lindo e tocante.
Considerações finais
Este dorama não teve muitos episódios, foram apenas 12, mas confesso que poderia ter tido bem menos, uns 8, talvez. Porque é um texto adaptado de um filme, logo, acho que tentaram esticar demais a história que não existia e, por essa razão, eu achei que acabaram dando um enrolada.
Fora esse pequeno detalhe, a lição que eu tirei dele foi muito positiva, porque não vamos conseguir recuperar nada do que passou, mas podemos sempre mudar do ponto em que estamos. Sempre há a possibilidade de novos amores, de novas relações, novas situações e nunca estamos velhos demais para sonhar e conquistar coisas novas.
Somos efêmeros e precisamos entender isso para vivermos com mais leveza, mais amor, mais empatia e menos arrependimentos. E acho que a história é sobre isto: viver sem arrependimentos, não perder oportunidades e não deixar as chances passarem, porque viver remoendo não é saudável.
E só mais um ponto que me pegou muito: amei o tal do trot coreano, rsrsrsrs.
Leia também: https://koreanny.com/saiba-tudo-sobre-o-dorama-namib/
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